Conheça a fundo um dos problemas mais comuns entre homens e mulheres.
A incontinência Urinária é uma doença que atinge cerca de 10 milhões de brasileiros, algo como 5% da população, e consiste na perda involuntária da urina. Felizmente, médicos de todo o mundo estão celebrando as novas tecnologias que permitem a cura deste problema que causa diversos constrangimentos, pouca qualidade de vida, reclusão social, distúrbios na vida sexual e, às vezes, até depressão.
“A população, em geral, acredita que incontinência urinária é doença de idoso e que isso faz parte, naturalmente, do envelhecimento. É um conceito errado. Deve ser esclarecido que incontinência urinária não é normal em nenhuma idade e que o tratamento deve ser adequadamente conduzido”, afirma o urologista Carlos Sacomani, responsável pelo Ambulatório de Disfunções Miccionais do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo.
De acordo com o especialista, o tipo mais comum é a Incontinência Urinária de Esforço (I.U.E.), caracterizada pela perda de urina ao rir, tossir ou em qualquer movimento ou esforço. A I.U.E. atinge exclusivamente mulheres e pode ocorrer por fraqueza do esfíncter e do assoalho pélvico, além de múltiplos partos ou queda do hormônio feminino após a menopausa.
Atualmente, um dos tratamentos mais eficazes e seguros é a implantação de um sling, uma fita sintética colocada para sustentar a uretra, que restabelece os ligamentos e evita a perda de urina.
“Os slings são bastante efetivos em mulheres com I.U.E. Recentemente foram desenvolvidos “slings” de implantação mais fácil”, explica Sacomani. Os slings mais modernos utilizam procedimento minimamente invasivo, com tecnologia que garante a fixação e precisão na colocação da fita, com materiais próprios para garantir suporte e proteção do corpo.
Outra causa da incontinência urinária é a bexiga hiperativa, ou seja, quando o músculo da bexiga se contrai involuntariamente, sem relação com a vontade de urinar. A bexiga hiperativa é tratada com medicamentos e fisioterapia, além de uso de toxina botulínica e neuromoduladores, que funcionam como um marcapasso da bexiga.
Para homens, a incontinência urinária está relacionada a procedimentos cirúrgicos na próstata, que podem afetar o funcionamento do esfíncter. Neste caso, quando a estrutura que controla o ato de urinar está comprometida, a solução mais eficaz em casos graves é a utilização de um esfíncter artificial.
“O esfíncter artificial é um recurso muito usado nesses casos há pelo menos 20 anos no Brasil”, explica o especialista. A tecnologia substitui o mecanismo natural de continência por meio de uma prótese, que é acionada pelo próprio homem quando tem vontade de urinar, fechando assim que a bexiga se esvazia.
Tratamento para a Incontinência Urinária
Homens Mulheres
Após a retirada de próstata
- “Slings” uretrais
- Cirurgia para implantação de esfíncter artificial
Incontinência Urinária de Esforço
- “Slings” urertrais
Bexiga Hiperativa
- Toxina Botulínica
- Neuromodulador sacral
- Medicamentos
- Fisioterapia Pélvica
Incontinência Urinária Feminina em Números
- Atinge 5% da população, algo como 10 milhões de brasileiros; duas vezes mais comum nas mulheres;
- Estima-se que 50% delas podem apresentar o problema em alguma fase da vida;
- Estudos mostram que cerca de 50% não buscam tratamento;
- Pesquisa da UNIFESP demonstrou que 56% das mulheres com incontinência urinária têm disfunção sexual;
- 44% delas perdem urina durante o ato sexual.
- 30 a 40% das mulheres na menopausa têm perda de urina involuntária
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