Apoptose é a "morte celular programada (a definição correta é "morte celular não seguida de autólise"), um tipo de "auto-destruição celular" que ocorre de forma ordenada e demanda energia para a sua execução (diferentemente da necrose). Está relacionada com a manutenção da homeostase e com a regulação fisiológica do tamanho dos tecidos, mas pode também ser causada por um estímulo patológico (como a lesão ao DNA celular). O termo é derivado do grego, que se referia à queda das folhas das árvores no outono - um exemplo de morte programada fisiológica e apropriada que também implica renovação.
Chega, com o atraso de dez anos ao Brasil, o livro Sexo e as Origens da Morte, de William R. Clark, professor de imunologia e biologia molecular da Universidade da Califórnia (EUA).
O
tema central do livro pode ser chocante, mas é absolutamente real:
somos biologicamente programados para morrer. E somos programados para
morrer porque fazemos sexo. Imortais são apenas as bactérias! Várias
tradições religiosas falam de uma época ancestral, anterior ao pecado,
em que o homem não conhecia a morte. Clark demonstra, com efeito, que só
as bactérias conhecem esse paraíso. O cientista aplica, na verdade, as
teses do zoólogo britânico Richard Dawkins, expostas no clássico “O Gene
Egoísta”.
Segundo
Dawkins, o homem nada mais é que uma máquina de replicação genética a
serviço do DNA. Diz Clark que, passada a idade reprodutiva, a manutenção
do corpo torna-se cara. As células reprodutivas já tiveram a chance de
cumprir sua missão. Portanto, não há mais sentido em conservar as demais
células, que deixam de se renovar. As células velhas acabam morrendo,
em um processo chamado “apoptose” – uma morte programada, verdadeiro
suicídio celular.
Aos
poucos, o corpo como um todo, vai envelhecendo. E também morre. Os
seres assexuados que povoaram os mares primitivos do planeta morriam só
por acidente. Os parentes próximos desses seres primevos são as
bactérias que, em ambiente de cultura em laboratório se reproduzem
infinitamente.
A
diferença da bactéria para o homem é que ela é a sua própria célula
reprodutiva. Basta realizar uma divisão celular para criar outra
bactéria idêntica.
Seres
pluricelulares como o homem são muito mais complexos e necessitam
articular as células germinativas (espermatozóide e óvulo) através do
ato sexual. Feito isso, o que resta não tem necessidade mais de
sobreviver, pois já cumpriu sua missão. Passada a fase reprodutiva, as
células não se renovam mais, sobrevindo a morte.
Não
é para menos que podemos observar que casais jovens e cheios de vida,
logo após terem gerado o primeiro filho, já começam a apresentar os
sinais da velhice.
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