3.14.2013

O papa e a ditadura na Argentina.

Fotos aumentam polêmica sobre supostos vínculos de Francisco com a ditadura argentina

Jorge Mario Bergoglio aparece em imagens anônimas ao lado do ex-ditador

Terra

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Algumas fotos que circulam na internet vinculam o cardeal Jorge Mario Bergoglio, eleito papa nesta quarta-feira, a ditadores argentinos. As imagens aumentam as suspeitas sobre o vínculo do Papa Francisco com o regime repressor, embora não tenham autoria divulgada e não se informe onde nem como foram encontradas.

A mais polêmica delas é a imagem publicada na capa do jornal Pagina12, no dia 27 de maio do ano passado, onde Bergoglio aparece dando a comunhão a Jorge Rafael Videla, presidente argentino entre 1976 e 1981. Sua veracidade é questionada, pois não revela o rosto do sacerdote, que poderia não ser Bergoglio. Porém, há outras fotos que também o ligam à ditadura argentina.

A imagem publicada pelo jornal está vinculada a uma matéria que revela que o episcopado confirmou ante a Justiça que, desde 1978, sabia que a ditadura militar assassinava pessoas que prendia. Com isso, reconhece a autenticidade de um documento publicado pelo mesmo jornal no dia 6 de maio de 2012 sobre um diálogo entre a Igreja e Videla ocorrido no dia 10 de abril de 1978.

Além disso, o episcopado admite que suas máximas autoridades discutiram com o chefe supremo da ditadura para saber como lidar com a informação dos crimes.

Em um dos depoimentos como testemunha de casos de lesa humanidade realizados nos em 2010 e 2011, Bergoglio justificou os encontros, afirmando que "durante a ditadura foram constantes as reuniões com os ex-integrantes da Junta Militar Rafael Videla e Emilio Eduardo Massera para pedir a liberação dos sacerdotes jesuítas que foram sequestrados". Os casos conhecidos de sacerdotes desaparecidos são os dos jesuítas Orlando Yorio e Francisco Jalics. Há suspeitas de que o próprio Bergoglio os expulsou da igreja e os delatou ao regime opressor.

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