Cabelos
Estudo descobriu que hormônio relacionado ao stress ajuda a desencadear um processo que tira do folículo piloso células produtoras de pigmento
O culpado: estudo encontra evidências de que o stress realmente pode desencadear cabelos brancos
(Thinkstock)
CONHEÇA A PESQUISAEsse estudo começou quando os pesquisadores estudaram, em camundongos, as células-tronco de melanócitos, que são produtores de melanina, o pigmento escuro presente em grande concentração nos pelos.
Título original: Direct migration of follicular melanocyte stem cells to the epidermis after wounding or UVB irradiation is dependent on Mc1r signaling
Onde foi divulgada: periódico Nature Medicine
Quem fez: Wei Chin Chou, Makoto Takeo, Piul Rabbani, Hai Hu, Wendy Lee, Young Rock Chung, John Carucci, Paul Overbeek e Mayumi Ito
Instituição: Universidade de Nova York, Estados Unidos, e outras instituições
Resultado: Hormônios relacionados ao stress ajudam no processo migratório dos melanócitos (que produzem melanina) presentes no folículo piloso para a pele. Com isso, os folículos ficam sem melanócitos suficientes, o que tira o pigmento dos fios.
A equipe descobriu que quando a pele dos animais é danificada ou então atingida por raios ultravioleta, os melanócitos presentes nos folículos pilosos migram para a pele a fim de ajudar a reparar o dano na região e a repor os melanócitos na epiderme. Porém, ao migrarem, essas células não se replicam, os folículos ficam sem a quantidade ideal de melanócitos e, portanto, sem pigmento. Os fios da região que sofre com falta de melanócitos, então, perdem a cor.
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Ao estudar melhor essa migração dos melanócitos, a equipe observou que um dos receptores fundamentais para que esse processo ocorra é o chamado Mc1r, produzido justamente por hormônios associados ao stress, incluindo o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH). Segundo os autores do estudo, portanto, um dos motivos pelos quais uma pessoa passe a ter cabelos grisalhos pode ser, sim, altos níveis de stress.
Os pesquisadores acreditam que essa descoberta possa ajudar em novos estudos que buscam tratamentos contra outros problemas, como o vitiligo (despigmentação da pele) e a hiperpigmentação da pele.
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