Estudante Érica Felício, 18 anos, pesava 121 kg em janeiro de 2012.
Mudança de vida começou após ouvir que 'seria bonita se fosse magra'.
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Transformação começou em janeiro de 2012 (Foto: (Foto: Gabriela Pavão/G1 MS e Arquivo Pessoal/ Érica Felício))
“Consegui! Estou no peso ideal, mas não vou parar de malhar. Agora não
quero mais emagrecer. Quero tonificar músculos e eliminar um pouco de
pele”. A frase dita pela estudante Érica Felício, 18 anos, representa a
felicidade em atingir a meta de peso que disse ao G1, em janeiro de 2013, quando pretendia chegar aos 70 kg.A jovem conta que antes de começar a emagrecer era considerada, segundo os médicos, obesa mórbida, com Índice de Massa Corpórea (IMC) de 41,8. "Eles [médicos] falavam que eu tinha que emagrecer ou então fazer cirurgia bariátrica", lembra.
Da obesidade mórbida para uma rotina saudável. A transformação na vida da estudante começou em janeiro de 2012, quando a jovem pesava 121 kg, e terminou em junho de 2013.
Ela diz que apesar de ter chegado no peso ideal para sua idade e altura, depois de 17 meses, os planos para o futuro incluem continuar a musculação e manter o hábito de vida saudável.
Érica lembra que muita gente duvidou que fosse possível perder tanto peso só com musculação três vezes por semana e alimentação saudável. “Hoje quando eu falo que perdi 51 kg as pessoas perguntam se eu fiz cirurgia bariátrica, e eu respondo com orgulho que não. Um 'não' curto e grosso. Não fiz”, afirma.
Érica faz musculação três vezes por semana.
(Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS)
A jovem acredita que a rotina de exercícios físicos e a boa alimentação
foram fundamentais para a perda de peso. “Fiz o óbvio. Comecei a
musculação, melhorei a alimentação e tive determinação para superar
minhas dificuldades”, explica.(Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS)
Pontapé
A mudança de hábitos de Érica começou depois de ouvir diversas vezes que 'seria uma garota muito bonita se fosse mais magra'.
"Queria emagrecer, sem fazer cirurgia. Procurei uma academia e comecei a luta", explica. O personal trainner, Rômulo Fernandes, que acompanhou o processo de emagrecimento da estudante diz que o importante agora é conscientizar Érica que não precisa mais emagrecer.
“A intenção inicial era perder peso, o máximo possível, de forma saudável. Agora ela quer tonificar aumentar a massa muscular, mas pra isso a gente tem que explicar pra ela que o peso ainda pode aumentar agora”, afirma Fernandes.
Ele explica que as oscilações de peso no ganho de massa muscular podem chegar a 3 kg, por isso é importante explicar que o peso na balança pode voltar a subir. “Ela acabou se acostumando a ver o corpo mudar nesses meses todos, por isso corre o risco de achar que sempre tem que mudar mais", afirma.
Érica mostra foto tirada no ano passado: orgulho de ser inspiração para os outros
(Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS)
Segundo o personal, essa insatisfação com a aparência física pode se
transformar em uma doença chamada vigorexia. "É quando ela se olha no
espelho e nunca está satisfeita com a aparência”, afirma Rômulo.(Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS)
Érica garante que não corre esse risco, mas confessa que os pais também se preocupam com tanta mudança em pouco tempo. “Não estou obcecada. Comecei a perder peso mais por questão de bem-estar do que de estética. Eu não quero ser modelo, eu não quero ser magrela. Eu queria simplesmente me sentir bem. E finalmente consegui. Achei que tudo valeu a pena”, comemora.
Ela conta que os pais antes se preocupavam com o excesso de peso, e que agora, depois da transformação, têm medo de que ela fique muito magra.
Segundo o personal, o resultado final só foi obtido com sucesso porque a estudante mudou drasticamente os hábitos de vida. “Pra perder peso tem que ter 50% de exercício e 50% de alimentação. A Érica mudou totalmente de vida e de hábitos, por isso chegou no resultado”, finaliza.
A estudante se orgulha em dizer que serve de inspiração para outras pessoas que querem perder peso. “Muita gente me fala que tomou vergonha na cara depois de ver que eu consegui emagrecer tanto com atividade física e boa alimentação. Isso me deixa feliz”, conta.
Pais se preocupam e tem medo que Érica fique magra demais (Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS)
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