8.27.2014

Saiba por que o cigarro eletrônico ainda é proibido no Brasil



Existe um consenso entre fumantes e ex-fumantes de que abandonar o vício do cigarro é uma tarefa bastante complicada. Para que isso se torne possível, muitos acabam adotando as mais diversas estratégias e tratamentos antitabagismo, como adesivos, chicletes, terapias e, é claro, uma boa dose de boa vontade e perseverança.
Apesar de existirem estudos que comprovem que o cigarro possui substâncias que viciam, há quem defenda que boa parte dos fumantes fuma apenas pelo hábito, e não porque são de fato viciados. Levando em conta essa premissa, foi criado há alguns anos um produto que poderia ajudar viciados nessas condições: o cigarro eletrônico, também chamado de e-cigarro.
"O cigarro eletrônico é um aparelho que imita o formato do cigarro, funciona com uma bateria e serve para simular o ato de fumar. Essa bateria movimenta um dispositivo que faz a vaporização de água, que passa por uma base onde geralmente é colocada a nicotina".
De acordo com a Associação de Defesa da Saúde do Fumante (Adesf), estão presentes no cigarro mais de 4.000 substâncias tóxicas, que podem causar sérios problemas de saúde, como o câncer de boca, que pode ser detectado com exame preventivo feito por dentistas.
Com o e-cigarro, acredita-se que os riscos à saúde são minimizados, já que o contato com produtos químicos prejudiciais é menor quando comparado ao cigarro tradicional. Porém, vale ressaltar que o cigarro eletrônico ainda possui nicotina.
Outros efeitos e benefícios
Uma clara vantagem do cigarro eletrônico em relação ao convencional, especialmente para fumantes habituais, é o fato de que ele deixa menos cheiro e não deixa os dentes tão amarelados, além de não queimar e não soltar fumaça.
"Assim, quem fuma o e-cigarro fica livre do contato da alta temperatura da fumaça nos tecidos do aparelho respiratório. Essa condição é importante porque esse aumento da temperatura provocado pela fumaça do cigarro convencional pode causar câncer nos tecidos do aparelho respiratório", ressalta Arlindo.
Apesar de oferecer tais vantagens, ainda não se sabe ao certo o efeito desse equipamento no corpo humano. Mesmo que alguns especialistas defendam que ele pode ajudar o fumante a parar de fumar e que é menos maléfico, ainda não há nada cientificamente comprovado.

Proibição em alguns países
No mês de maio, a França anunciou que irá proibir o uso do e-cigarro em locais públicos e por menores de 18 anos. Antes disso, outros países já haviam aderido à proibição ou imposto restrições, como é o caso da Austrália, Canadá e Alemanha e do Brasil, que em 2009 proibiu a comercialização de cigarros eletrônicos em todo o território nacional.
"Tal proibição ocorreu por não se saber cientificamente os efeitos que esse aparelho pode provocar no corpo humano, apesar de alguns especialistas defenderem que ele seria menos prejudicial à saúde do que os cigarros convencionais".
Por Arlindo Aburad 

Estudo mostra que cigarros eletrônicos oferecem pouco risco à saúde

  (Bibliomed). O primeiro estudo desenvolvido sobre os cigarros eletrônicos foi apresentado no congresso deste ano na European Society of Cardiology (Sociedade Européia de Cardiologia) em Munique, na Alemanha.
De acordo com a pesquisa, os cigarros eletrônicos parecem não ter efeitos adversos agudos na função cardíaca. O pesquisador Dr. Konstantinos Farsalinos afirma que, “os cigarros eletrônicos não são um hábito saudável, mas eles são uma alternativa mais segura para os cigarros de tabaco. Os humanos foram feitos para inalar ar limpo, então eu acho que qualquer outra coisa que você inale não é saudável; Eu não posso dizer que isso é absolutamente saudável. O cigarro eletrônico é um produto de redução de dano de tabaco, vendido como uma alternativa para (o consumo de cigarros normais); eles não são vendidos para que o não-fumante comece a usar esse aparelho”.
O pesquisador explica também que apesar de os cigarros eletrônicos estarem sendo comercializados há anos e utilizados por milhões de pessoas em todo o mundo, o produto não é regulamentado e a Organização Mundial de Saúde pediu que estudos fossem feitos para a comprovação de possíveis danos que eles possam causar ao organismo.
Os cigarros eletrônicos são compostos de uma bateria, um cartucho com líquido e um dispositivo de calor que transforma a água em vapor. O líquido é uma mistura de diversas substâncias (além da nicotina) e laboratórios afirmam que ele é muito menos tóxico do que cigarros de tabaco.
Para o estudo de Farsalinos, ele e sua equipe mediram a função miocárdica em 20 jovens antes e depois de eles fumarem um cigarro de tabaco por sete minutos. Os dados obtidos foram comparados ao uso de um cigarro eletrônico durante sete minutos em 22 pessoas que já faziam uso do aparelho. Os participantes eram fumantes diários que estavam entre as idades de 25 e 45 anos.
Os cigarros eletrônicos escolhidos tinham uma quantidade de 11mg/mL de nicotina no líquido, sendo que a concentração de nicotina nos aparelhos pode chegar a 23 mg/mL.
A análise dos resultados do experimento mostrou que o consumo de um cigarro de tabaco prejudicou significativamente quatro parâmetros da função ventricular esquerda, sendo que os mesmos efeitos não foram vistos em pessoas que fumaram o cigarro eletrônico. Os cigarros de tabaco também causaram elevações na pressão sanguínea e na taxa de batimentos cardíacos (+8% PS sistólica, +6% PS diastólica, e um aumento de 10% nos batimentos cardíacos). A elevação em usuários de cigarros eletrônicos foi de apenas 4% na pressão sanguínea diastólica. 
Uma das explicações possíveis para essa diferença é que não ocorre combustão no cigarro eletrônico e dessa forma as substâncias químicas criadas e absorvidas são menos tóxicas. Além disso existe a possibilidade de que o usuário absorva mais nicotina ao usar cigarros normais.
Farsalinos explica que os cigarros eletrônicos abordam o vício pela nicotina e o vício comportamental. O vício comportamental e psicológico vem de o usuário acender o cigarro, segurá-lo na mão, inalar e exalar e ver a fumaça. A literatura médica mostra que esses gestos são uma motivação para o ato de fumar tanto quanto a necessidade pela nicotina.
Apesar de a pesquisa de Farsalinos indicar que os cigarros eletrônicos são uma opção mais saudável para quem está tentando se livrar do tabagismo, o estudo é apenas preliminar. Os cientistas avaliaram menos de 50 pessoas e este é apenas o segundo estudo feito sobre o tema, sendo que o primeiro – que avaliou o efeito do aparelho na função pulmonar – mostrou efeitos adversos de curto prazo causados pelos cigarros eletrônicos.
Esses aparelhos podem ajudar no controle do vício, mas as companhias que os comercializam escolhem evitar essa afirmação por não quererem que eles sejam regulamentados como produtos médicos.
Fonte: Medscape, 25 de agosto de 2012

Um comentário:

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