Nota da entidade que representa trabalhadores rurais de Xapuri, no Acre, reclama de política ambiental criada pela ex-ministra
O texto ataca a política ambiental
implantada por Marina, ainda em prática. Além disso, a vice-presidente
da entidade, Dercy Cunha, lamenta que a candidata tenha se referido a
Chico Mendes, criador do sindicato, como integrante da elite. “Ela foi
completamente contraditória. Chico nunca fez parte da elite, ele era uma
pessoa simples”, desmente Dercy.
A nota diz que as diretrizes governamentais
para o meio ambiente, idealizadas por Marina, prejudicam os pequenos
agricultores de áreas florestais e favorecem os empresários. “Na
intenção de transformar a floresta num santuário, abandonaram à própria
sorte os pequenos agricultores que tiram a subsistência da terra”,
critica Dercy. Segundo a nota, o manejo da floresta esbarra em um alto
grau de burocratização, que só grandes empresas conseguem cumprir para,
então, “legalmente devastar”.
As críticas são ainda mais incômodas por partirem de ex-companheiros, do tempo em que a ex-ministra defendia os seringueiros contra a extração indiscriminada de madeira. Dercy conheceu Marina na década de 80, ao lado de Chico Mendes, na criação da CUT do Acre. De lá para cá, reconhece, ela evoluiu bastante, tornou-se ministra e presidenciável com chances reais de ganhar a a eleição. “Pena que esta evolução tenha acontecido sem manter a preocupação com as populações mais pobres que ajudaram nessa trajetória”, diz a sindicalista.
A reportagem de O DIA procurou a assessoria da candidata Marina Silva para se posicionar sobre as críticas do sindicato de Xapuri, mas os assessores não retornaram as ligações.
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