8.30.2014

Adilson Batista não resiste à goleada e deixa o comando do Vasco


Treinador deixa o cargo que ocupava desde o fim de 2014

Ricardo Napolitano
Rio - Após a derrota para o Avaí em São Januário por 5 a 0, o treinador Adilson Batista está fora do Vasco. O comandante não resistiu ao vexame em casa, somado a sequência de quatro jogos sem vencer do clube carioca.

"Lamentavelmente estou aqui para anunciar a saída do Adilson. Foi uma decisão pode se dizer que comum acordo. Partiu do Adilson,  a ideia de sair hoje, falo isso com mta tristeza. Durante esses oito meses, vivenciei um profissional altamente comprometido, capacitado. Infelizmente o ambiente criado contrário a este profissional, volto a dizer, conspira muitas vezes para a gente presenciar uma situação dessa. Estamos na ponta, classificados na Copa do Brasil e com poucas derrotas no ano. Foi uma decisão tomada há pouco e não estavamos prevendo isso. Não é falta de planejamento. Ninguém espera o pior. Não pensamos em nenhum nome. Nem temos contato. Só vamos pensar a partir de domingo. Confesso que não gostaria de está aqui. Se nós não tivermos um nome, um auxiliar pode assumir", afirmou o gerente de futebol cruzmaltino, Rodrigo Caetano.

Adilson deixou o comando do Vasco
Foto:  André Mourão

Depois do anuncio de Rodrigo, Adilson Batista concedeu uma entrevista para falar sobre o seu período como treinador do Vasco. O ex- comandante agradeceu a oportunidade no clube carioca.
Agradecimentos
Só queria agradecer ao clube. Sei da grandeza do Vasco. Foi um privilégio de ter trabalhado aqui. Com as pessoas que convivi: Rodrigo, Ercolino, Roberto. Os atletas. Indicamos muitos atletas. Tentamos encontrar alternativas no mercado. Tetamos jogar com mais tranquilidade, com paz. Sei da minha capacidade. Tenho mais uns 15 anos para trabalhar. Sempre vou respeitar o Vasco, o título estadual não veio, estamos bem na Série B, na Copa do Brasil. Guardo carinho do Vasco.
Motivo da saída
Deixo por causa da atmosfera. Se avaliar friamente o jogo, você tem o dominio, cria, sofre um apagão, tem duas bolas paradas e gol. Depois cria de novo, tem o pênalti, e depois sofre mais dois gols de bola parada. Não é em função deste jogo. Penso muito no clube. A vaidade fica longe. Acho que seria a melhor escolha sair para as coisas fluirem. Espero comemorar com os atletas a vaga para a Série A
Rejeição da torcida
Foi um prazer trabalhar no Vasco. Já tinha enfrentado várias vezes. Sei a grandeza, da dificuldade de jogar em São Januário. Tinha vontade de fazer históiria. Mas parte da torcida nunca gostou do meu nome, nunca apoiou. E eu vou continuar na minha linha. Nunca vou pagar ninguém. Sou sério e vou procurar fazer o que acho certo. Infelizmente temos de conviver com determinadas situações. A maioria dessa turma considerada torcida organizadas... são bem organizadas, pois a gente sabe como funciona. Tenho muito respeito pelo Vasco
Pressão
Eu consigo suportar a carga negativa, o burro, mas isso passa para os jogadores. Prefiro que eles joguem mais soltos. Daqui a pouco vem alguém que eles apoiem. Temos de pensar no Vasco. Há algum tempo, o Rodrigo tá segurando. É um ano político. Há interesse e muita coisinha que atrapalha o rendimento. Quero que flua. Os meninos têm capacidade de vencer a competição. Por isso prefiro sair agora para ajudar. Houve algo orquestrado.
O comandante estava no cargo desde o fim de 2013. No clube carioca, Adilson foi o técnico das últimas rodadas do Brasileiro, quando o Vasco conseguiu uma pequena reação, mas acabou rebaixado para a Série B. Em 2014, no comando do clube carioca, o treinador sofreu cinco derrotas, sendo duas no Carioca e três na Série B

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