Presidente palestino confirma cessar-fogo permanente com Israel
Trégua ainda não foi confirmada oficialmente por Israel
O Dia
Palestina - O presidente palestino, Mahmoud
Abbas, confirmou nesta terça-feira que chegou a um acordo com Israel
para um cessar-fogo permanente na Faixa de Gaza. A trégua ainda não foi
confirmada oficialmente por Israel. Pelo acordo, segundo Abbas, os ataques estão
encerrados desde as 19h do horário local (13h no horário de Brasília).
Desde 8 de julho, a mais recente investida israelense na Faixa de Gaza
provocou a morte de 2.130 palestinos – a maioria civis – e 68
israelenses. O Hamas declarou vitória e rajadas de tiros de
comemoração irromperam em toda Gaza, mas os termos do acordo ficou muito
aquém da demanda do Hamas para "que se abram as fronteiras de Gaza a
Israel e Egito." Galeria de Fotos: Palestinos comemoram cessar-fogo permanente com Israel
Palestinos comemoram o cessar-fogo com Israel
Foto: Reuters
Sob o acordo mediado pelo Egito está a
facilitação das importações para Gaza por Israel, incluindo ajuda e
material para a reconstrução da área. Documento também permite que os
palestinos pesquem mais perto da costa.
Israelenses e palestinos chegaram a
um acordo de cessar-fogo que está em vigor desde as 13h (horário de
Brasília). Acordo foi mediado no Egito, informou um porta-voz do Hamas
em Gaza nesta terça-feira.
Após anunciar o acordo, Israel
concordou em abrir as fronteiras com a Faixa Gaza para liberar a entrada
de ajuda humanitária e materiais de construção no enclave palestino,
disse em comunicado o Ministério de Relações Exteriores do país.
Conversas indiretas entre Israel e
palestinos sobre outras questões também serão retomadas. "Conversas
indiretas entre as duas partes sobre outras questões serão retomadas em
um mês a partir do cessa-fogo", diz o comunicado.
Ataques Mais cedo Israel voltou a bombardear as
construções mais altas da Faixa de Gaza, derrubando um prédio de
apartamentos e escritórios com 13 andares e destruindo a maior parte de
um edifício residencial de 16 andares, após ter alertados os moradores a
deixarem o local. Os militares israelenses se recusaram a
comentar especificamente sobre os ataques que derrubaram a Torre Basha e
danificaram o chamado Complexo Italiano, dizendo apenas ter atacado 15
"locais de terrorismo", incluindo alguns em prédios que abrigavam
centros de controle e comando do Hamas. O Hamas, grupo militante que domina a Faixa de
Gaza, acusou Israel de um "ato sem precedentes de vingança contra
civis", com o objetivo de dissuadir os palestinos de apoiar o movimento
islamista. Um representante do Hamas, Osama Hamdan, disse
que o Egito propôs um novo cessar-fogo e aguarda a resposta de Israel,
após a derrocada de uma trégua de cinco dias e o insucesso das
negociações indiretas entre israelenses e palestinos no Cairo há uma
semana. Preso a uma guerra que já dura sete semanas e
prometendo interromper o lançamento de foguetes a partir do enclave,
Israel começou a atacar os três edifícios mais altos de Gaza no sábado,
quando derrubou a torre Al Zafer, de 13 andares. Nenhuma morte foi registrada nesses ataques,
que foram precedidos por mísseis não-explosivos de alerta que forçaram
os moradores a fugir. Vinte pessoas ficaram feridas no ataque ao prédio
Complexo Italiano, e duas outras morreram em ataques israelense a outras
localidades da Faixa de Gaza, disseram autoridades médicas. Foguetes palestinos danificaram uma casa na
cidade costeira de Ashkelon, no sul de Israel, ferindo levemente 10
pessoas, disse a polícia. Outro foguete foi interceptado sobre a região
de Tel Aviv, afirmou uma porta-voz do Exército.
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