8.27.2010

MENOPAUSA

Quando se fala em menopausa um assunto é sempre certo, os famosos calores. Enquanto muitas mulheres passam por esta fase tranquilamente, outras convivem com esse verdadeiro transtorno e até incômodos maiores, entre eles, depressão, falta de libido, perda da lubrificação vaginal, além de infecções nesta área ou até mesmo incontinência urinária.

A menopausa é o momento na vida da mulher em que cessa a função cíclica dos ovários e a menstruação.

A menopausa começa no final da última menstruação. No entanto, esse fato só é comprovado mais tarde, quando não há fluxo menstrual durante, pelo menos, 12 meses. A idade média em que a menopausa começa é por volta dos 50 anos, mas a menopausa também aparece normalmente em mulheres com apenas 40 anos. Os ciclos menstruais regulares podem continuar até à menopausa, mas em geral as últimas menstruações têm uma duração e uma quantidade de fluxo variável. Progressivamente, cada vez menos ciclos são acompanhados da libertação de um óvulo.

Com o passar do tempo, os ovários respondem cada vez menos à estimulação provocada pela hormona luteinizante e pela hormona foliculoestimulante, segregada pela hipófise.
Em consequência, os ovários segregam, progressivamente, menos quantidade de estrogénios e de progesterona e a libertação de óvulos (ovulação), finalmente, pára.

A menopausa prematura é a que acontece antes dos 40 anos.
Entre as suas causas destacam-se uma predisposição genética e doenças auto-imunes, nas quais se criam anticorpos que podem lesar várias glândulas, entre elas os ovários. O hábito de fumar também é associado à menopausa prematura.

A menopausa artificial deriva de uma intervenção médica que reduz ou interrompe a secreção hormonal dos ovários. Estas intervenções incluem a cirurgia, para extrair os ovários ou para reduzir a quantidade de sangue que recebem, e a quimioterapia ou a radioterapia sobre a pélvis (incluindo os ovários), para tratar o cancro. A intervenção cirúrgica em que se extrai o útero (histerectomia) tem como consequência a suspensão da menstruação, mas não afecta a quantidade de hormonas desde que os ovários continuem intactos e, portanto, não provoca menopausa.

Sintomas

Durante o período anterior à menopausa (tecnicamente denominado climatério, mas mais recentemente chamado perimenopausa) pode não haver sintomas ou estes serem suaves, moderados ou agudos. Os afrontamentos afectam 75 % das mulheres. Durante um acesso de calor, a pele, em especial a da cabeça e do pescoço, fica vermelha e quente e a sudação pode ser intensa. A maioria das mulheres têm afrontamentos durante mais de um ano e entre 25 % e 50 % sofrem-nos durante mais de cinco anos. Duram entre 30 segundos e 5 minutos e podem ser seguidos de calafrios. Os sintomas psicológicos e emocionais como fadiga, irritabilidade, insónia e nervosismo podem ser provocados pela diminuição de estrogénios. A sudação nocturna é um factor de perturbação do sono e agrava o cansaço e a irritabilidade. Por vezes, a mulher pode sentir-se enjoada, ter sensação de formigueiro (picadas) e sentir os batimentos do seu coração, que parece palpitar com força. Também pode sofrer de incontinência urinária, inflamação da bexiga e da vagina e ter dores durante o coito devido à secura vaginal. Às vezes, surge uma sensação dolorosa nos músculos e nas articulações.

A osteoporose (o intenso adelgaçamento dos ossos é o principal problema para a saúde que a menopausa provoca. As mulheres brancas magras e as que fumam, ingerem quantidades excessivas de álcool, tomam corticosteróides, ingerem pequenas quantidades de cálcio ou têm uma forma de vida sedentária correm maior risco de sofrer desta doença. Durante os primeiros 5 anos posteriores à menopausa, perdem-se entre 3 % e 5 % de massa óssea por ano e, depois, entre 1 % e 2 % por ano. Daí que ocorram fracturas a partir de lesões menores e até, nas pessoas de idade avançada, sem que exista nenhuma lesão. Os ossos que se fracturam com maior frequência são as vértebras (o que provoca encurvamento e dor de costas), o fémur (ancas) e os ossos dos pulsos.

A incidência das doenças cardiovasculares aumenta mais rapidamente depois da menopausa, devido ao facto de os estrogénios diminuírem. Uma mulher que tenha sofrido a extracção dos ovários e que, em consequência, tenha menopausa prematura, e que não se submeta a uma terapia de reposição de estrogénios, tem o dobro de probabilidades de sofrer de doenças cardiovasculares do que uma mulher pré-menopáusica da mesma idade. As mulheres pós-menopáusicas que tomam estrogénios sofrem muito menos de doenças cardiovasculares do que as que não os tomam. Por exemplo, entre as pacientes pós-menopáusicas que sofrem de doenças das artérias coronárias, as que tomam estrogénios têm, em média, uma maior esperança de vida. Estas vantagens devem-se, em parte, aos efeitos favoráveis dos estrogénios sobre a quantidade de colesterol. A diminuição de estrogénios provoca um aumento no chamado colesterol mau (lipoproteínas de baixa densidade – LDL) e uma diminuição do chamado colesterol bom (lipoproteínas de alta densidade – HDL).

Tratamento

Os sintomas tratam-se restituindo os níveis de estrogénios a números semelhantes aos da pré-menopausa.

Os principais objectivos da terapia de reposição de estrogénios são os seguintes:

Aliviar sintomas como os afrontamentos, a secura vaginal e as perturbações urinárias;
Prevenir o aparecimento da osteoporose;
Prevenir a arterosclerose e as doenças das artérias coronárias.
Os estrogénios apresentam-se em forma não sintética (natural) ou sintética (produzida em laboratório). Os estrogénios sintéticos são cem vezes mais potentes que os naturais e, por consequência, não é recomendável a sua administração a mulheres menopáusicas, uma vez que com doses muito baixas de estrogénios naturais já se evitam os afrontamentos e a osteoporose. Por outro lado, as doses muito altas podem provocar problemas, como um aumento na tendência para sofrer de enxaquecas.

Os estrogénios são administrados sob a forma de comprimidos ou de bandas adesivas cutâneas (estrogénios transdérmicos). Também podem ser aplicados na vagina em forma de creme quando as razões principais para o seu uso são evitar o adelgaçamento da superfície da parede vaginal (o que reduz o risco de infecções urinárias e de incontinência) e a dor durante o coito. Parte dos estrogénios administrados são absorvidos e passam para o sangue, sobretudo à medida que o revestimento vaginal melhora.

Devido ao fato de os estrogénios provocarem efeitos secundários e implicarem riscos a longo prazo, a par de vantagens, a mulher e o seu médico devem avaliar as vantagens e as desvantagens antes de decidir a administração de uma terapia de reposição de estrogénios. Os efeitos secundários incluem náuseas, incómodo mamário, dor de cabeça e mudanças de estado do espírito.

As mulheres pós-menopáusicas que tomam estrogénios sem progesterona correm maior risco de sofrer de cancro do endométrio (cancro do revestimento interior do útero). A incidência é de 1 a 4 em cada 1000 mulheres, por ano. O aumento está estreitamente relacionado com a dose e com a duração do tratamento. Se uma mulher tiver uma hemorragia anormal pela vagina, pode fazer-se uma biopsia (obtenção de uma amostra de tecido para ser examinada ao microscópio) do revestimento interior do útero para determinar se tem cancro do endométrio. As mulheres que sofrem desta doença e que estão a tomar estrogénios, normalmente têm um bom prognóstico: cerca de 94 % sobrevivem 5 anos. A administração de progesterona, juntamente com os estrogénios, elimina quase totalmente o risco de sofrer de cancro do endométrio e redu-lo ainda mais nas mulheres que não tomam estrogénios (uma mulher a quem tenha sido extraído o útero não pode desenvolver este cancro). A progesterona não parece anular os efeitos benéficos dos estrogénios sobre as doenças cardiovasculares.

Uma questão importante é se o fato de tomar estrogénios aumenta a incidência do cancro da mama. No entanto, não ficou demonstrada, de forma evidente, qualquer associação entre o tratamento substitutivo com estrogénios e o cancro da mama. O risco de cancro aumenta quando se tomam estrogénios durante mais de 10 anos. A mulher com um risco elevado de desenvolver cancro da mama não deverá tomar estrogénios. No entanto, para as mulheres propensas à osteoporose e a doenças do coração e para aquelas com pouco risco de desenvolver cancro da mama, o benefício obtido graças à terapia com estrogénios compensa amplamente os riscos possíveis.

O risco de contrair uma doença da vesícula biliar durante o primeiro ano do tratamento substitutivo com estrogénios, é ligeiramente maior.

Em geral, a terapia substitutiva com estrogénios não é prescrita a mulheres que tenham ou tiveram cancro da mama ou um cancro do endométrio avançado, que tenham hemorragias genitais de causa desconhecida, que sofram de uma doença hepática grave ou de alterações na coagulação sanguínea. Contudo, por vezes os médicos administram estrogénios a mulheres que foram tratadas por um cancro da mama nas suas primeiras fases e que não sofreram nenhuma recidiva pelo menos nos últimos 5 anos. Em geral, a terapia substitutiva com estrogénios não é indicada em casos de doença crónica do fígado ou de porfiria aguda intermitente.
A menopausa é uma das várias alterações naturais que ocorrem na mulher durante sua vida. A menopausa não é uma doença, nem mesmo um estado psicológico.

Simplesmente a menopausa consiste em uma alteração natural, fisiológica, em que há uma diminuição nos níveis de hormônios femininos, estrogênio e progesterona.

Derivada das palavras “meno”, que significa mês e “ pausis” que quer dizer pausa, a menopausa significa o fim de sues períodos menstruais, ou seja, a menstruação. A menopausa ocorre porque os ovários deixam de produzir os hormônios que controlam a menstruação – estrogênio e progesterona.

Este processo pode durar de 4 a 5 anos e durante esse período a mulher pode vir a ter menstruações irregulares, antes de terminarem completamente. Na maioria das mulheres, entre os 45 e 55 anos, os ciclos menstruais irai finalmente parar, o que significa que a menopausa ocorreu.

A primeira fase da menopausa – chamada pré-menopausa – pode iniciar-se entre os 40 e 45 anos, contudo é impossível determinar exatamente quando essa fase começará. Nem a idade da sua mãe, nem a idade com a qual a mulher teve sua primeira menstruação são indicativos seguros.

Eis alguns dos primeiros sinais que indicam que a menopausa está próxima:

A menstruação aparece com intervalos cada vez maiores, chegando mesmo a ficar ausente por vários meses antes de recomeçar. Pode ainda ocorrer com maior freqüência – cada 21 ou 25 dias, por exemplo.

O fluxo menstrual pode alterar-se tornando-se mais ou menos intenso.

O QUE PROVOCA A MENOPAUSA

A menopausa é o sinal da natureza de que a função reprodutora está terminando. Com isso o organismo produzirá menos estrogênio e progesterona, que são os dois principais hormônios que controlam o aparelho reprodutor feminino.

Para entender porque os níveis de estrogênio diminuem na menopausa temos de voltar um pouco no tempo. Quando uma menina atinge a puberdade, por volta dos 12 a 14 anos, ela possui nos ovários todos os óvulos de que necessitará durante toda sua vida reprodutiva. Durante a fase reprodutora de uma mulher (da puberdade à menopausa), habitualmente em cada mês é liberado um óvulo para uma possível fecundação (gravidez). Essa liberação do óvulo ocorre juntamente com a produção cíclica de hormônios pelo ovário. Nas duas primeiras semanas o ciclo, logo após a menstruação, os ovários produzem estrogênio e, quando os estrogênios atingem a máxima produção, ocorre a ovulação. Durante as duas semanas seguintes, ocorre a produção de progesterona. Quando esta produção acaba, ocorre novamente a menstruação. Estes hormônios produzem não só modificações no corpo de uma adolescente, como também são responsáveis pela ocorrência mensal das menstruações. Com o passar do tempo, a mulher possui cada vez menos óvulos e seus ovários vão tendo cada vez menos atividade. Normalmente em torno dos 45 aos 55 anos, ela deixa de ovular e seus ovários deixam de produzir hormônios.

Isso significa que não só a gravidez deixa de ser possível, como também não terá mais menstruações e nem os hormônios que desempenham importante papel no seu organismo para a reprodução e para a sua saúde em geral.


OS PRIMEIROS SINTOMAS DA MENOPAUSA

Apesar da mulher talvez estar ansiosa para nunca mais menstruar, o seu corpo poderá sentir falta do estrogênio que os ovários costumavam produzir. A maneira como seu organismo revela a falta de estrogênio é através dos seguintes sintomas:

- Ondas de calor (fogachos) são sentidas por 75% a 80% das mulheres que estão na menopausa;

- Aproximadamente 255 das mulheres sofrem com os fogachos durante 5 anos ou mais;

- Suores noturnos, ondas de calor que ocorrem à noite. Freqüentemente levam a perda de sono e a sensação de cansaço durante o dia.

- Insônia;

- Menor desejo sexual;

- Irritabilidade;

- Ressecamento vaginal, 30% das mulheres sentem a vagina seca, bem como perda de elasticidade do tecido vaginal após a menopausa. Isto pode levar a um aumento do risco de infecções.

- Dor durante o ato sexual;

- Vontade freqüente de urinar, acompanhada de dor e ardor;

- Mesmo antes da menstruação cessar completamente, 80% das mulheres começam a apresentar sintomas de falta de estrogênio.

Saiba o que fazer para aliar os sintomas

NUTRIÇÃO

Uma boa dieta é fundamental para uma boa saúde em todas as idades. Durante a menopausa a mulher pode necessitar de uma quantidade extra de vitaminas e sais minerais, especialmente cálcio. A ingestão de alimentos ricos em cálcio é igualmente importante para a manutenção da massa óssea.

FUMO

O hábito de fumar é um fator que, por si só, aumenta a possibilidade de doenças cardíacas e pode também favorecer o aparecimento da osteoporose. Assim, se você é fumante procure eliminar esse hábito.


TRANQÜILIDADE E REPOUSO

Um sono tranqüilo é sempre bom. Dê a si mesma tempo suficiente para dormir e evite beber café ou chá antes de deitar. E procure repousar e estar descontraída e livre do estresse e tensões.

EXERCÍCIO

Em conjunto com uma dieta adequada, o exercício é a melhor forma para manter o tônus muscular. Evite engordar durante e após a menopausa. A manutenção do peso e boa forma física irão ajudar a mulher a sentir-se mentalmente positiva.


TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL

Independentemente do que come, do quanto dorme ou do tipo de exercícios que faz, a mulher pode ainda ser afetada pelos sintomas da menopausa originados pela falta de estrogênio. Para muitas mulheres a terapia de reposição hormonal tem sido uma boa resposta. Como este é um método ainda polêmico é aconselhável que a mulher procure reunir todas as informações disponíveis sobre o assunto, conversar detalhadamente com seu médico, a fim de decidir qual o tratamento mais indicado, em seu caso, para diminuir os efeitos da menopausa sobre seu organismo.

OUTROS EFEITOS DA FALTA DE ESTROGÊNIO


Além dos sintomas descritos existem outros efeitos mais sutis que podem começar na mesma época. O organismo da mulher pode não sentir imediatamente os efeitos, mas a longo prazo eles podem tornar-se graves. Esses efeitos são a osteoporose e o aumento de risco de doença cardíaca.

OSTEOPOROSE

Termo médico que significa “ossos porosos” , a osteoporose é uma situação resultante da perda de massa óssea – os ossos passam a apresentar poros e enfraquecem, começando a causar dor. Tal fato aumenta o risco de fraturas ósseas, o que dificulta a vida no dia-a-dia e, pode nos casos mais graves, levar a mulher a ficar imobilidade na cama.

Uma em cada 4 mulheres sofre uma fratura decorrente da osteoporose por volta dos 60 anos. Aos 75 anos esse risco aumenta para uma em cada 2 mulheres. É importante lembrar que mais de 50% da quantidade total da perda óssea ocorre nos primeiros 7 anos da menopausa.

AUMENTO DO RISCO DE DOENÇA CARDÍACA

Antes de chegar na menopausa as mulheres têm muito menos problemas cardíacos ou de circulação sanguínea que os homens. Quando os níveis de estrogênio começam a diminuir na fase da menopausa, o risco de doença cardíaca ou circulatória aumenta consideravelmente nas mulheres. No entanto, estudos têm demonstrado que o estrogênio ajuda a evitar alterações indesejáveis nos níveis de colesterol, uma das causas que se encontra na origem de algumas doenças cardíacas.

Às mulheres que não podem tomar estrogénios podem ser prescritos fármacos ansiolíticos, progesterona ou clonidina para reduzir o mal-estar que os afrontamentos provocam. Os anti depressivos também aliviam a depressão, a ansiedade, a irritabilidade e a insónia.

Administração de progesterona com estrogénios
A progesterona é administrada juntamente com o estrogénio para reduzir o risco de cancro do endométrio. Normalmente, o estrogénio e a progesterona tomam-se diariamente. Este esquema provoca uma hemorragia vaginal irregular durante os primeiros 2 ou 3 meses do tratamento, mas costuma desaparecer por completo no decorrer de um ano. Alternativamente, pode fazer-se um esquema cíclico: a mulher toma estrogénio diariamente durante cerca de duas semanas, progesterona com estrogénio durante os dias seguintes e depois nenhuma hormona durante os últimos dias do mês. No entanto, este esquema é menos conveniente porque é frequente a hemorragia nos dias em que não se tomam hormonas.
A progesterona sintética apresenta-se em formas diferentes, que podem ser administradas por via oral ou intravenosa. Os efeitos secundários da progesterona incluem inchaço abdominal, mal-estar nas mamas, cefaleias, instabilidade emocional e acne. Também tem alguns efeitos adversos sobre os níveis de colesterol.

Fonte: Merck
http://www.comerciarios.com.br/saude/menopausa.htm

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