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8.22.2010
A decisão de ser mãe solteira
Ser mãe solteira: saiba como criar os seus filhos sozinha "
Mãe e pai ao mesmo tempo
Ser mãe solteira é... De madrugada, dá aquela dor de barriga no seu filho e ele grita por você, chorando. Você acorda, olha para o outro lado da sua cama de casal - que está vazio - e pensa: é muito difícil ser mãe solteira! Tudo que a mulher quer nessa hora é ter um companheiro para pegar o remédio, aconchegar o filho, levá-lo ao médico. Fazer tudo sozinha é complicado.
"Hoje, a maioria das mulheres é meio mãe solteira. O importante é ter diálogo com o filho em qualquer situação e ser feliz com ele".
Mesmo assim, nunca será uma situação ideal. Criar um filho com um parceiro já é um dos maiores desafios da vida. Sem ele, então, é trabalho dobrado! "O importante é enfrentar os problemas com carinho, amor e dedicação", afirma a psicóloga Laura Cavalcanti.
A culpa não é sua!
O principal é não se sentir culpada. "Não se cobra de uma mãe que ela seja pai. O pai tem o lugar dele, nem que seja uma cadeira vazia", diz Laura. Veja como encarar esse desafio, mas nunca se esqueça: filhos são bênçãos. Você tem muita sorte!
Rio - Paula, 41 anos, se separou do marido há oito. Não teve filhos durante o casamento e, de lá para cá, veio adiando seu grande desejo de ser mãe. Chegou à sessão de terapia decidida: “Não dá mais para esperar. Já estou com mais de 40, daqui a pouco não será possível. Quero ter um filho de qualquer jeito. Só não decidi ainda como vou escolher o pai.”
Paula não está sozinha. Muitas mulheres, com mais de 35 anos, vivem esse tipo de ansiedade. Existe uma instituição nos Estados Unidos, ‘Mães solteiras por opção’, que já inaugurou dezenas de sedes nos Estados Unidos e no Canadá. É claro que não faltam críticas a essas ideias. Muitos se chocam, acusando essas mães de só pensar nelas em detrimento da criança. É comum se dizer que, criada sem a presença do pai, a criança terá dificuldades emocionais pela vida afora. Mas será que é verdade mesmo ou apenas mais uma das afirmações que as pessoas repetem apenas por hábito?
Hoje, sabemos que o simples fato de uma criança ser educada dentro de uma família tradicional não é garantia de uma vida adulta saudável pra ela. Agora, a respeito da ausência da figura paterna, surgem novos questionamentos. Alguns defendem ser fundamental a criança se sentir amada, respeitada e valorizada, e que não há necessidade de duas presenças físicas, uma masculina e outra feminina, para que isso ocorra.
A pesquisadora americana Shere Hite foi mais longe ainda. Ela afirma que em suas pesquisas descobriu que os meninos criados apenas pelas mães, e não pelo casal, parecem ter mais facilidade, quando adultos, em estabelecer relações humanas responsáveis, e se tornam homens mais corajosos e mais íntimos no relacionamento humano. O motivo seriam os pais machistas, que costumam ser distantes dos filhos e até fisicamente agressivos. Esse modelo de comportamento transmitido levaria os filhos a fugirem das emoções calorosas, da empatia e da compreensão.
É claro que muitos já se libertaram do mito da masculinidade e não ensinam aos filhos a esconder os sentimentos, nem cobranças do tipo: homem não chora! Atualmente, há pais emotivos e afetuosos com seus filhos e assim contribuem de forma positiva para sua formação.
Seria ótimo se homens e mulheres usufruíssem, em condição de igualdade, do prazer de criar um filho.
Mas para não serem excluídos de todo esse processo de mudança das mentalidades, que está ocorrendo, os homens precisam ter coragem de, por conta própria, aceitar o fim da ideologia de dominação que sempre impediu uma sociedade de parceria.
O Dia
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