9.17.2010

Pesquisa liga hipertensão à apneia do sono

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) inicia nesta semana estudos que poderão confirmar a tese de que a apneia do sono – caracterizada por paradas respiratórias durante a noite – pode estar relacionada com o aumento da pressão arterial. De acordo com a Agência Brasil, se os exames chegarem a esse resultado, será indicada a necessidade de incluir o tratamento da doença no Sistema Único de Saúde (SUS).

Em entrevista à Agência, a médica Elizabeth Muxfeldt explica que a apneia estimula o sistema nervoso autônomo e a atuação dos hormônios, o que provoca o aumento da pressão arterial. De acordo com ela, pacientes com a doença têm maior risco de sofrer com arritmias graves e problemas coronarianos.

O uso da máquina de pressão positiva de vias aéreas superiores, a CPAP, é o tratamento ideal e mais eficiente contra a apneia, mas o preço mínimo do equipamento é de 3.000 reais e não é fornecido pela rede pública de saúde. Os pesquisadores acreditam, porém, que se confirmado que a doença agrava os quadros de hipertensão, o benefício poderá passar a ser gratuito. O laboratório onde serão feitos os exames custou 900.000 reais e foi custeado pela Financiadora de Projetos e Pesquisas (Finep) e pelo Ministério da Saúde.

Saiba sobre Apneia do Sono
Apneia do sono ou Apneia noturna (AO 1990: apneia) é uma desordem do sono caracterizada pela suspensão da respiração durante o sono. Estes episódios de apneia (do grego em grego: ἄπνοια (ápnoia), falta de respiração) podem durar alguns segundos, por tempo suficiente para que uma ou mais respirações sejam perdidas, após os quais é retomada a respiração normal, e ocorrem repetidamente durante o sono. A definição padrão de qualquer evento apneico inclui um intervalo mínimo de 10 segundos entre as respirações, com despertar neurológico (monitorado por EEG) ou dessaturação da oxiemoglobina de mais de 3-4%, ou ambos. Na maior parte das vezes, as apneias não são suficientes para despertar a pessoa, mas há uma alteração no padrão de sono, passando do sono profundo para um sono mais superficial. Como este sono não é repousante, as manifestações típicas são uma sensação de "noite mal dormida" ao despertar, assim como fadiga e sonolência durante o dia. A apneia do sono é diagnosticada com um teste chamado polissonografia, ou "estudo do sono".

Níveis clinicamente significativos de apneia do sono são definidos como cinco ou mais episódios por hora de qualquer tipo de apneia (pela polissonigrafia). Existem três formas distintas de apneia do sono: central, obstrutiva e mista, ou complexa (i.e., uma combinação da central e obstrutiva), constituindo 0.4%, 84% e 15% dos casos respectivamente. Na apneia do sono do tipo central, a respiração é interrompida pela "falta de esforço respiratório"; na apneia do sono do tipo obstrutivo, a respiração é interrompida por um bloqueio físico ao fluxo aéreo "apesar de esforço respiratório". Na apneia do sono complexa (ou mista), há uma transição de características centrais para obstrutivas durante os eventos.

Em qualquer um dos tipos, o indivíduo com apneia do sono está raramente consciente de que tem dificuldade para respirar, mesmo depois de acordado. Apneia do sono é reconhecida como um problema por outras pessoas que testemunham o indivíduo durante os episódios ou é suspeitada devido a seus efeitos no corpo (sequelas). Os sintomas podem estar presentes por anos (ou mesmo décadas) sem identificação.

A Síndrome da Apneia-Hipopneia Obstrutiva do Sono (SAHOS) é uma condição crônica de obstrução cíclica da via aérea superior durante o sono, combinada com sinais e sintomas de distúrbios do sono. (COSTA, 2006)

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