9.16.2010

GINKGO BILOBA E MEMÓRIA

Cabelos brancos, rugas no rosto, dores nas costas e Ginkgo Biloba fazem parte integral da velhice, hoje em dia. Conheço poucos idosos que não tomam, de uma forma ou de outra, cápsulas e comprimidos de Ginkgo para melhorar a memória, a atenção e as funções neurológicas, que se deterioram com a idade. Os efeitos benéficos aparecem já nas primeiras três a quatro semanas de uso, segundo o rótulo e a bula. Será?
O dr. Paul Solomon, do Williams College, de Massachusetts (EUA), realizou um estudo em 230 voluntários saudáveis, homens e mulheres, com idade superior a 60 anos, para avaliar o efeito neurológico do Ginkgo. O trabalho foi publicado esta semana na prestigiosa revista Jama.
Sortearam os participantes e os dividiram em dois grupos. Um recebeu durante seis semanas consecutivas Ginkgo (três vezes ao dia) e o outro ingeriu placebo (comprimido sem efeito, também três vezes ao dia), sem que os voluntários soubessem a que grupo pertenciam.
Os pesquisadores estudaram a atenção, a concentração e a memória, antes e depois do tratamento. Não foi encontrada nenhuma vantagem no grupo que usou Ginkgo. Pelo menos em pessoas idosas com saúde, o Ginkgo não parece ajudar muito, para a frustração de todos nós. Ficamos por enquanto com os cabelos brancos, as rugas e as dores e aposentamos o Ginkgo até provas em contrário.
Terra

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