O secretário-geral da Sociedade Mundial de Ortopedia e Traumatologia, José Sérgio Franco, lembra que quando o motorista se distrai no trânsito — pelo uso de celular ou ao trocar estação de rádio, por exemplo —, o risco de colisões com outros carros e de atropelamentos aumenta. A consequência é a ocorrência de fraturas, tanto nos pedestres, quanto nos motoristas. “Tornozelo, joelho e fêmur são as regiões mais atingidas. Mas coluna, punho e crânio também podem sofrer danos, tanto em quem é atropelado, quanto em quem está dirigindo quando acontece a batida”, afirma Franco.
De acordo com o médico, o trauma pode ter consequências irreversíveis. “Traumatismo craniano leva a danos cerebrais, fratura na coluna danifica a medula, e braços e pernas podem ficar tortos”.
O estudo será apresentado hoje no XXV Fórum Internacional sobre Prevenção de Acidentes de Trânsito e é base da campanha nacional contra o uso de celulares ao dirigir, a ser lançada também hoje pela Sbot.
Maioria não olha ao atravessar rua
Quem não está de carro também é responsável pela ocorrência de acidentes. A pesquisa da Sbot mostrou que conversar, ter pressa e falar ao telefone algumas atitudes comuns dos pedestres ao atravessar a rua. E isso, de acordo com José Sérgio Franco, é tão perigoso quanto se distrair ao volante.
“O pedestre que atravessa a rua entre os carros, além de demorar mais para fazer o trajeto, ainda corre o risco de ser atropelado por uma moto”, afirma o secretário-geral.
O estudo mostrou ainda que o pedestre carioca corre mais riscos que o paulista pois é mais distraído. No Rio, mais de 70% não olham para os dois lados da rua antes de atravessar. Já em São Paulo, o número cai para 59%.
O Dia
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