7.05.2011

Suspensa a venda e propaganda do emagrecedor DietMax no Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve publicar hoje no Diário Oficial a suspensão da propaganda e da venda de DietMax no Brasil. Trata-se de um produto para emagrecer vendido pela internet que se autodenomina fitoterápico e promete perda de peso rápida e de forma natural.
Divulgação

Imagens da cantora Ivete Sangalo foram usadas sem autorização
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Segundo a Anvisa, o produto é ilegal e não possui registro - todo fitoterápico precisa do aval da agência. Ele é vendido no País desde abril e diz que a pessoa pode perder até 11 quilos em quatro semanas. Em uma das propagandas divulgadas no Facebook, o DietMax usa imagens da cantora Ivete Sangalo e da atriz Juliana Paes, dizendo que elas perderam 15 quilos após usarem o produto.
Ambas negam terem usado o emagrecedor e não autorizaram o uso da imagem. Ivete acionou advogados e postou uma mensagem no Twitter para alertar os fãs. Juliana estuda providências.
Tuvalu. Ao clicar no link com as imagens de Ivete e Juliana, o consumidor é direcionado para uma página que teve o domínio registrado em Tuvalu, uma ilha no Pacífico. Nesse site, aparecem supostas reportagens que teriam sido publicadas elogiando o DietMax - o que pode induzir o consumidor a erro.
Essa página leva ao site oficial do DietMax, onde a compra é efetivada. Cada pote custa R$ 98 e demora cerca de 20 dias para chegar. A empresa responsável pelas vendas no Brasil é a Nutralogistic, com sede em Curitiba. Mas seu CNPJ indica que ela faz consultoria em gestão empresarial e comércio atacadista de equipamentos de informática - nada relacionado efetivamente a vendas de produtos de saúde.
Segundo Ricardo Guimarães, representante de vendas no Brasil, o DietMax é composto por psyllium, quitosana, biotina, gelatina e glicerina umectante. "A quitosana tem a capacidade de eliminar os adipócitos (células de gordura), o psyllium auxilia na moderação do apetite", diz.
Sobre a propaganda no Facebook, ele diz que a empresa tem um programa de afiliados que divulgam o produto conforme as leis, responsabilizando-se por suas páginas.
A endocrinologista Gláucia Carneiro, do ambulatório de obesidade da Unifesp, diz que nenhum desses compostos é capaz de atuar no emagrecimento. "Se existisse algum produto que eliminasse os adipócitos, seria a cura da obesidade no mundo"
Estadão

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