2.07.2012

CARNAVAL SEM DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS

Carnaval sem doenças sexualmente transmissíveis

Carnaval sem camisinha não! No combate às doenças sexualment transmissíveis a camisinha não pode ser esquecida.

Carnaval não combina com tristeza, muito menos, com hospital. Para cair na folia e não se arrepender depois, o uso da camisinha tem que ser obrigatório, tanto para homens quanto para mulheres. Números indicam que as doenças sexualmente transmissíveis ainda são motivo de preocupação no Brasil, já que no país há 608.230 casos registrados da Aids. No início do mês de fevereiro, mais uma campanha de prevenção foi lançada.
Com o foco tanto no público homossexual quanto no heterossexual, serão distribuídos 70 milhões de camisinhas durante o Carnaval 2012 para evitar que este número cresça ainda mais na festa mais quente do ano.  De acordo com o Ministério da Saúde, de 1998 a 2010, o percentual de casos de Aids na população homossexual de 15 a 24 anos subiu 10,1%, conforme boletim epidemiológico de 2011.
As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) são transmitidas por contato sexual sem o uso de camisinha com uma pessoa que esteja infectada e, geralmente, se manifestam por meio de feridas, corrimentos, mau cheiro, ardor ao urinar, dor nas relações sexuais, bolhas ou verrugas. Segundo especialistas, o tratamento de algumas doenças é simples e rápido, mas se for feito a tempo. Para evitar o contágio, a única forma continua sendo o uso das camisinhas feminina e masculina.
Entre as DSTs mais conhecidas estão:
Aids: causada pela infecção do organismo humano pelo HIV, vírus que compromete o funcionamento do sistema imunológico humano, impedindo-o de executar adequadamente sua função de proteger o organismo contra as agressões externas, tais como: bactérias, outros vírus, parasitas e células cancerígenas.
Gonorreia: nas mulheres, essa doença atinge principalmente o colo do útero.
Sífilis: começa como uma pequena ferida nos órgãos sexuais e com ínguas nas virilhas. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Após um certo tempo, a ferida desaparece sem deixar cicatriz, dando à pessoa a falsa impressão de estar curada. Se a doença não for tratada, continua a avançar no organismo e surgem manchas em várias partes do corpo, queda de cabelos, cegueira, doença do coração, paralisias.
Herpes: manifesta-se através de pequenas bolhas localizadas principalmente na parte externa da vagina e na ponta do pênis. Ao se coçar, a pessoa pode romper a bolha, causando uma ferida.
Teste rápido
Com o término do Carnaval, o governo federal vai chamar os foliões para fazer o teste rápido da Aids, que dá o resultado em menos de 20 minutos. Este teste estará disponível em pontos espalhados nas cidades de Salvador, Olinda (PE), Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, Florianópolis, Belo Horizonte, Diamantina (MG) e São Paulo.

DSTS: CONHEÇA AS MAIS COMUNS

DSTs: conheça as mais comuns
Especialista tira todas as suas dúvidas!

Falar sobre DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) ainda é um tabu para a maioria das pessoas. O grande problema é que tanto pudor pode fazer com que sintomas de distúrbios graves passem despercebidos. Um exemplo é o fator dermatológico. A maioria das pessoas não estabelece relação entre estes problemas e DSTs, que estão entre os males que mais afligem a população atualmente.

“Este certamente é um erro muito comum e bastante perigoso. Isso porque, uma grande parte dos sintomas e manifestações das DSTs acabam acontecendo na pele, tanto nos órgãos genitais como nas áreas próximas a eles”, aponta o Dr. Marco Antônio de Oliveira, especialista em Dermatologia Clínica e Cirúrgica e em Câncer de Pele e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Como exemplo, ele cita verrugas isoladas ou aglomeradas, que traduzem sinais de infecção pelo vírus do HPV; lesões avermelhadas e pequenas ulcerações que provocam coceira e dor podem ser sinais de doenças como herpes, sífilis e cancro; sinais vermelhos de picadas com coceira intensa podem ser típicos de infestação pela fitiríase, popularmente conhecida como “chato”; pequenas bolinhas amareladas, entre 3 a 10 mm, que se proliferam na pele dos órgãos genitais podem ser sinal do chamado “molusco contagioso”.

“O surgimento de sintomas dessa natureza indica a necessidade de procurar um médico com urgência. As pessoas não devem tentar resolver a situação apenas consultando amigos ou um farmacêutico. São doenças sérias, que podem ter consequências ruins quando não diagnosticadas e tratadas corretamente”, enfatiza o Dr. Marco Antônio.

Entre as DSTs mais comuns, que apresentam sintomas dermatológicos claros, estão:

Herpes simples – produz vermelhidão, vesículas e úlceras na pele que, inicialmente, apenas coçam e depois se tornam doloridas nas áreas genitais. A doença é transmitida de uma pessoa para outra pelo contato das áreas genitais.

Verrugas genitais (Vírus do Papiloma Humano – HPV) – o HPV causa lesões na forma de verrugas, lembrando uma pequena couve-flor, que crescem em tamanho e número e são transmitidas pelo contato de uma pessoa a outra. Certos tipos de HPV podem produzir lesões enegrecidas ou da cor da pele e podem estar associadas ao câncer de colo de útero. As verrugas são tratadas por métodos cirúrgicos ou químicos e podem reaparecer após o tratamento, o que requer várias visitas ao dermatologista.

Molusco contagioso – produz pequenas pápulas amareladas brilhantes, que se espalham pela pele. O molusco pode aparecer isoladamente em indivíduos adultos saudáveis, tornando-se persistentes e até mesmo se espalhar. Existem muitos tratamentos efetivos, incluindo, curetagem, criocirurgia e medicações tópicas.

Chato ou piolho pubiano – são pequenos parasitas que infectam os pelos pubianos e causam prurido ao botar pequenos ovos no folículo piloso. A infestação continua até ser tratada com medicação que mata os parasitas. Higiene adequada é necessária para eliminar o problema e prevenir o retorno da infecção.

Escabiose – causada por um parasita microscópico que se esconde sob a pele e causa vermelhidão, pontos avermelhados e coceira severa. Ele se espalha por contato físico, não necessariamente sexual, devendo ser tratado com medicações que matam esses animais.

Clamídia – é uma infecção que pode causar a saída de uma secreção da vagina ou pênis, mas que também pode não apresentar sintomas, tornando-a indetectável. Sem sintomas, a infecção pode rumar para uma doença inflamatória pélvica em mulheres, dificultando a gravidez. Se uma mulher com clamídia engravida, o recém-nascido pode ser infectado.

Gonorréia – pode ser assintomática, mas também pode produzir uma descarga de secreção amarelada da vagina ou pênis, provocando uma sensação de queimação durante a micção e podendo causar doença inflamatória pélvica e esterilidade em mulheres.

Sífilis – causa úlceras não dolorosas, mais frequentemente nos genitais e na boca. São lesões avermelhadas que podem evoluir se não forem tratadas. Sífilis pode afetar o coração, vasos sanguíneos, cérebro e sistema nervoso. Uma criança pode se tornar infectada durante a gravidez.

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