Estudo mostra benefícios de uma boa alimentação durante a luta contra esse mal.
O que pouca gente sabe é que a alimentação tem se transformado em uma arma, seja por aqueles que fazem de tudo para espantar a possibilidade de desenvolver um câncer, ou por aqueles que já sentem na pele o quão terrível é passar por esta dor. De acordo com pesquisas, uma dieta adequada é essencial durante o tratamento contra o câncer e para isso é muito importante que o paciente tenha acompanhamento de um nutricionista especializado em oncologia.
“Alguns pacientes precisam aumentar a ingestão de determinados alimentos, enquanto outros precisam evitar alguns”, comenta Lia Buschinelli, nutricionista do Instituto Paulista de Cancerologia (IPC). “Pacientes em quimioterapia podem sofrer alguns efeitos colaterais como náuseas, mudanças no paladar e perda de apetite. O ideal é trabalhar preventivamente, pois o estado nutricional adequado do paciente é fundamental para o sucesso do tratamento”.
Mas, o que na teoria é perfeito, na prática não acontece. A taxa de desnutrição em pacientes com câncer pode chegar a 80% dos casos. “Para melhorar este cenário, a atuação de uma equipe multiprofissional é fundamental para o bem estar do paciente com câncer em todos os sentidos. O nutricionista está inserido nesta equipe e o seu trabalho é muito importante para o paciente e para o médico, pois a desnutrição é muito prejudicial para o tratamento”, afirma Ricardo Antunes, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia e diretor da unidade São Paulo do IPC.
Os tratamentos mais comuns para o câncer são cirurgia, quimioterapia e radioterapia e podem desencadear alguns efeitos colaterais que interferem diretamente na ingestão alimentar, causando desnutrição e perda de peso. A náusea – um dos efeitos colaterais mais comuns – pode ser controlada com algumas drogas e com a orientação nutricional adequada.
“Um estudo recente mostrou o alívio de náuseas decorrentes da quimioterapia com o uso do gengibre, que pode ser consumido ralado, na forma crua, utilizado em chás ou como temperos”, ressalta Djanine Tonial, nutricionista do IPC unidade Mogi das Cruzes.
Outro aspecto importante para quem está em tratamento é a hidratação. A ingestão diária de pelo menos dois litros de água, água de coco, sucos naturais e chás é fundamental. Suplementos antioxidantes comumente consumidos na forma de cápsulas e comprimidos como vitamina C e vitamina E, por exemplo, devem ser evitados durante o tratamento.
CÂNCER DE ESTÔMAGO: MUDANÇA DE HÁBITO REDUZ EM 50% A CHANCE DE DESENVOLVER A DOENÇA
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Porém, apesar de ser uma doença grave, alguns cuidados simples podem prevenir o seu desenvolvimento. O presidente da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED), Sérgio Bizinelli, afirma que mudanças de hábitos reduzem em 50% a probabilidade de o câncer se desenvolver. A ingestão de frutas, verduras, legumes crus, controle do peso e moderação no consumo de bebidas alcoólicas, alimentos gordurosos e do fumo são alguns cuidados.
Prevenção
Um dos métodos de detecção e prevenção do câncer de estômago é a endoscopia digestiva, já que, se o exame for feito quando a doença estiver em estágio inicial, o tratamento e contenção é mais fácil e mais eficaz. O diagnóstico é feito por meio de uma biópsia, realizado por um patologista. O exame consiste na retirada de um pedaço do tecido do estômago contaminado para análise em laboratório. O tratamento consiste desde a retirada do órgão ou parte dele, até sessões de quimioterapia ou radioterapia.
Sintomas
De acordo com o médico patologista e presidente da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Carlos Renato Melo, o câncer gástrico não tem sintomas peculiares no início da doença, mas é importante o paciente ficar alerta caso tenha náuseas, vômitos, desconforto abdominal, sensação de estômago cheio e perda de peso constante, pois estas reações atingem pessoas com doenças facilmente curáveis, mas também podem indicar algo mais grave.
Já no estágio avançado, o patologista afirma que há o aumento do fígado e da região superior do abdome, que são visíveis, podendo ainda haver sangramentos estomacais, porém esses não são muito comuns.
Causas
- Condições ambientais (falta de saneamento básico, limpeza urbana e maus costumes da população, que propiciam infecções no organismo, gastrite, úlcera, que podem se transformar em um câncer);
- Fumo (a nicotina e outras substâncias estimulam doenças como gastrite e úlcera para uma neoplasia maligna);
- Hábitos alimentares inadequados (alimentos gordurosos, muito salgados, mal conservados e sem a limpeza correta);
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