O
Instituto Brasileiro de Política e Direito da Informática (IBDI) entrou
na justiça para obter esclarecimentos do Google sobre a coleta de
informações sigilosas de brasileiros, pelo Google, durante o mapeamento
das ruas para o serviço Street View. Segundo o órgão, a justiça concedeu
uma liminar no último dia 9 obrigando a companhia americana a fornecer
as informações em até cinco dias após a intimação pessoal, que ainda não
aconteceu.
Os carros do Google Street View começaram a circular no
País em 2009. Segundo o IBDI, "por meio do acesso a redes de internet
sem fio abertas, a empresa coletou dados sigilosos e pessoais de
brasileiros, assim como fez em cerca de 30 países onde já há denúncias
similares". "A empresa americana já foi condenada no exterior por
interceptar comunicações eletrônicas, e-mails, senhas, fotos e dados
pessoais nas cidades em que os automóveis circularam, e assumiu ter
feito o mesmo no Brasil", afirmou o instituto em nota.
O IBDI afirma que já havia notificado extrajudicialmente
o Google para saber se a mesma coleta indevida de informações havia
ocorrido no Brasil, o que teria sido confirmado pela empresa, "mas disse
que havia desinstalado os equipamentos dos carros em maio de 2010,
alegando que o objetivo deles era apenas ter acesso a redes de internet
sem fio. Segundo o Google, as informações foram coletadas sem intenção e
estão guardadas de modo inacessível".
O IBDI resolveu acionar a Justiça após ter negado o
acesso a detalhes dos equipamentos utilizados e dos locais em que as
informações sigilosas estavam armazenadas. O advogado do IBDI
responsável pelo caso, Sérgio Palomares, disse que, caso o Google não forneça as informações, o órgão irá ajuizar uma ação coletiva contra a companhia.
No começo deste ano, o IBDI entrou com um processo contra a Apple por "obsolência planejada".
O foco da ação era o iPad 4, lançado em 23 de outubro do ano passado,
sete meses depois da geração anterior. Segundo o órgão, a Apple lançou
um aparelho sabendo que ficaria ultrapassado num tempo menor que o
usual.
Nenhum comentário:
Postar um comentário