Sobe para 7 o nº de policiais civis presos suspeitos de tráfico em SP
Operação detém policiais civis suspeitos de tráfico em SP
Estão sendo cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão.
Uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, e da Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo cumpre, na manhã destasegunda-feira (15), mandados de prisão e de busca e apreensão contra policiais civis suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas e outros crimes em Campinas e na capital paulista.
Segundo integrantes da Corregedoria da Polícia Civil, estavam sendo cumpridos 13 mandados - 11 em São Paulo e dois em Campinas nesta manhã. Até as 12h, sete policiais civis já haviam sido presos. Eles foram levados ao prédio da corregedoria, no Centro de São Paulo. No início da tarde, o Ministério Público informou aos jornalistas que os mandados totalizavam 20, entre os de prisões e os de buscas e apreensões.
"Os mandados de prisão estão sendo cumpridos pela corregedoria e Ministério Público como parte da investigação que começou em outubro de 2012, quando policiais civis passaram a ser suspeitos de diversos crimes, entre eles, formação de quadrilha, corrpução, concussão, extorsão e tortura", afirmou o promotor Amauri Silveira Filho, do Gaeco de Campinas. Uma segunda etapa da operação deverá ser deflagrada nesta tarde.
Entre os presos estão dois delegados do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc). O supervisor da Unidade de Inteligência do Denarc, Clemente Calvo Castilhone Junior, foi detido. O delegado geral da Polícia Civil, Mauricio Blazeck, informou ao SPTV que Castilhone foi preso por suspeita de ter vazado informações que poderiam comprometer as investigações.
O advogado de Castilhone, João Batista Augusto Junior, afirmou ao G1 desconhecer os motivos que levaram à prisão temporária por 30 dias de seu cliente. Augusto Junior, entretanto, alegou que o delegado é inocente de qualquer acusação que lhe venha a sr atribuída. O defensor irá tomar conhecimento das acusações para tentar na Justiça revogar a prisão.
Os mandados de prisão foram expedidos pela Justiça de Campinas contra delegados, investigadores, escrivães e carceireiros suspeitos de crimes. Também estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão na casa desses policiais e nas delegacias onde trabalham.
Participam da operação cerca de 60 policiais civis. A ação foi deflagrada após investigações promovidas pelos promotores do Gaeco de Campinas, segundo policiais envolvidos na operação. Entre as provas contra os suspeitos estão interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça.
Extorsão
O Ministério Público chegou até os policiais civis suspeitos de envolvimento com o tráfico quando monitoravam uma quadrilha de sequestradores e traficantes ligada a Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, condenado a mais de 400 anos de prisão. Ele está no presídio de segurança máxima de Presidente Venceslau, no interior paulista, desde 2002.
Segundo o MP, os policiais civis davam proteção ao traficante e extorquiam dinheiro de parentes de Andinho para não combater a venda de drogas. De acordo com a Promotoria, os policiais civis cobravam uma anuidade de R$ 300 mil dos traficantes da região de Campinas para não serem presos, além de uma mensalidade cujo valor ainda não foi divulgado.
O diretor do Denarc, o delegado Marco Antônio Pereira Novaes de Paula Santos, acompanhava os promotores do Gaeco e os policiais da Corregedoria nas buscas e apreensões que estavam sendo feitas no prédio do departamento por volta das 10h20. Ele preferiu não comentar o assunto. Foram feitas buscas também no Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo (Decap) e no Departamento de Investigações Criminais (Deic).
Ao SPTV, o secretario da Segurança Pública (SSP), Fernando Grella, disse que vai promover uma reformulação no Denarc.
Assista ao vídeo no Portal G1
Ao todo, 13 mandados de prisão foram
expedidos contra os policiais envolvidos, mas apenas sete foram
cumpridos até a tarde de segunda-feira. Entre os presos, estão dois
delegados
A
investigação desencadeada pelo Ministério Público de São Paulo e pela
Corregedoria da Polícia Civil apontam que policiais envolvidos com o
tráfico de drogas recebiam entre R$ 200 mil a R$ 300 mil anualmente para
passar informações para as quadrilhas dos traficantes.
O grupo ainda recebia uma quantia mensal que ainda está sendo averiguada pela polícia. Ao todo, 13 mandados de prisão foram expedidos contra os policiais envolvidos, mas apenas sete foram cumpridos até a tarde de hoje. Entre os presos, estão dois delegados.
O chefe do setor de inteligência do Denarc (departamento de narcóticos), Clemente Castilhone Junior, está entre os presos. O advogado dele, João Batista Augusto Júnior, afirmou que seu cliente não tem envolvimento com os crimes que estão sendo investigados. No entanto, ele não teve acesso ao processo e não quis dar mais informações sobre o caso.
A operação de hoje é resultado de uma investigação iniciada em outubro do ano passado, contra o Wanderson Nilton Paula Lima, o Andinho, preso desde 2002. Ele está atualmente na penitenciária 2 de Presidente Venceslau, mas, segundo as investigações, ainda comanda o tráfico na região de Campinas (a 93 km de São Paulo).
Escutas telefônicas usadas durante as investigações, levaram à identificação dos policiais envolvidos. Eles são investigado por formação de quadrilha armada, extorsão, extorsão mediante sequestro e corrupção. Parte dos policiais detidos durante a operação de hoje, no entanto, não pertenceria à quadrilha, mas vazou informação da ação desencadeada para a prisão dos suspeitos.
Os investigadores, coordenados pelo Gaeco (grupo de promotores que investiga o crime organizado) de Campinas, também cumpriram dois mandados de busca e apreensão no Denarc e em no 10º DP de Campinas.
O grupo ainda recebia uma quantia mensal que ainda está sendo averiguada pela polícia. Ao todo, 13 mandados de prisão foram expedidos contra os policiais envolvidos, mas apenas sete foram cumpridos até a tarde de hoje. Entre os presos, estão dois delegados.
O chefe do setor de inteligência do Denarc (departamento de narcóticos), Clemente Castilhone Junior, está entre os presos. O advogado dele, João Batista Augusto Júnior, afirmou que seu cliente não tem envolvimento com os crimes que estão sendo investigados. No entanto, ele não teve acesso ao processo e não quis dar mais informações sobre o caso.
A operação de hoje é resultado de uma investigação iniciada em outubro do ano passado, contra o Wanderson Nilton Paula Lima, o Andinho, preso desde 2002. Ele está atualmente na penitenciária 2 de Presidente Venceslau, mas, segundo as investigações, ainda comanda o tráfico na região de Campinas (a 93 km de São Paulo).
Escutas telefônicas usadas durante as investigações, levaram à identificação dos policiais envolvidos. Eles são investigado por formação de quadrilha armada, extorsão, extorsão mediante sequestro e corrupção. Parte dos policiais detidos durante a operação de hoje, no entanto, não pertenceria à quadrilha, mas vazou informação da ação desencadeada para a prisão dos suspeitos.
Os investigadores, coordenados pelo Gaeco (grupo de promotores que investiga o crime organizado) de Campinas, também cumpriram dois mandados de busca e apreensão no Denarc e em no 10º DP de Campinas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário