Confusão começou quando grupo entrou na Aristides Espínola. PM usou bombas de gás para dispersar ativistas
Policiais avançaram em direção aos
manifestantes pelas ruas adjacentes atirando bombas de gás lacrimogênio a
esmo. Muitos correram para as areias da Praia do Leblon. Neste momento,
os PMs se dividem em frentes e percorrem as vias do bairro. A fachada
de uma loja de roupas e a portaria do shopping Leblon Office Towers
foram destruídas. Pontos de ônibus também foram depredados Comerciantes
fecharam as portas após o início da confusão e muito lixo foi jogado no
asfalto e incendiado.
O cenário de destruição se estendeu por
pelo menos quatro quarteirões. A polícia chegou a usar um caminhão de
jatos d'água em um grupo, que exclamou: "Levem essa água para a
Baixada!". Grande parte dos ativistas se dispersaram, mas ainda há focos
de resistência.
O protesto, que reúniu mais de mil
pessoas e reinvidicou a saída de Sérgio Cabral do Governo Estadual, a
desmilitarização da PM, o fim da privatização do Maracanã, entre outras
demandas, seguia sem registrar incidentes. Quinze representantes da
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acompanharam a passeata.
Antes da confusão, os manifestantes fizeram
questão de dizer que os protestos vão continuar no Rio. “Foram décadas
de silêncio e inércia”, afirmou o estudante de Direito da Uinersidade
Federal do Rio Janeiro (UFRJ) , Thiago Rodrigues, de 32 anos. “Vamos
continuar nos mobilizando pela internet e organizando protestos ”,
adiantou outro estudante, Paulo Reis, 20 anos.
Sérgio Cabral reafirmou, em nota, que a oposição quer “antecipar o calendário eleitoral”. “O governador, legitimamente eleito por 67% dos votos nas últimas eleições, reitera o seu compromisso de continuar a manter o Rio na rota do desenvolvimento social e econômico”, diz o documento.
Pelo Twitter, a Polícia Militar alegou
que "cerca de 30 pessoas vestidas de preto estão pichando e depredando
veículos na Ataulfo de Paiva e jogando pedras nos policiais na Avenida
General San Martin". A corporação alegou ainda na rede social que
"manifestantes preparavam um novo ataque aos policiais" e divulgou que
quatro deles se feriram.
Clima ficou tenso durante protesto
Um princípio de tumulto ocorreu quando
uma emissora de TV foi expulsa pelos manifestantes. Outro momento de
apreensão ocorreu quando um homem que parecia drogado ou alcoolizado
tentou derrubar a grade da via, fechada desde 17h30 por policiais
militares.
O rapaz foi retirado do local pelos
próprios ativistas, sob acusação de ser agente do serviço reservado da
PM (P2) e miliciano. Mais cedo, manifestantes queimaram um boneco
representando Cabral, junto a uma placa de trânsito. Em seguida, índios
da Aldeia Maracanã fizeram uma pajelança no trecho. Questionado sobre a
maré de azar do governador, o cacique Uratau, da etnia Guajajara disse
que "Cabral mexeu com ancestrais e índios de todo o brasil ao fechar o
Museu do índio. O prédio é simbólico para todos nós", afirmou.
Um comentário:
Acho q nesse momento do país, qualquer um q estivesse ocupando o cargo de governador, estaria passando pelo mesmo... o cabral ainda foi um dos melhores governadores dos ultimos anos...
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