7.14.2013

Grupo de diabéticos entra com ação por medicamentos

Do G1 BA, com informações da TV Subaé
Um grupo de pessoas com diabetes entrou com uma ação no Ministério Público da Bahia (MP-BA) para conseguir os medicamentos necessários para o tratamento da doença.
A decisão foi tomada depois que pacientes que faziam tratamento com a Insulina Lantus souberam que o medicamento só seria dado gratuitamente em Feira de Santana, município a cerca de 100 Km de Salvador, até o fim deste mês de julho. A partir de agosto, os pacientes terão que passar por uma nova triagem, para receber a insulina através da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), em Salvador.
A coordenadoria da Assistência Farmacêutica de Feira de Santana informou que a insulina Lantus não vai ser distribuída para novos pacientes. Quem já recebe de graça vai ser avaliado a cada três meses para saber se deve continuar a usar este tipo de insulina. Segundo a coordenadoria, a determinação é do Ministério da Saúde.
Vera Lúcia, Madalena e José Xavier são diabéticos e fazem o tratamento no Centro de Atendimento ao Diabético e Hipertenso (CADH), em Feira de Santana. Há mais de 10 anos eles recebiam a insulina Lantus de graça, tipo de medicamento mais forte, que é fornecido para cerca de 300 pacientes com um nível mais avançado da doença em Feira de Santana. 
"Essa insulina nossa foi cortada e nós não temos condições de comprá-la. R$ 99", afirma Vera Lúcia da Cunha, pensionista.
"Foi dito que em Salvador, na Secretaria do Estado ia entrar em contato aqui conosco para ser avaliado por um endocrinologista de lá", diz Madalena Oliveira, pensionista.
José Xavier, que já amputou os dedos do pé direito e está perdendo a visão, diz que toma cinco doses diárias da insulina Lantus e não tem condições de comprá-la.
"Controlei a glicemia... E antes com a insulina humana eu não conseguia controlar", observa José Xavier Dantas, aposentado.
Mais de 1.500 pacientes estão cadastrados no CADH para tratamento da diabetes. Uma enfermeira explica que outros tipos de insulina estão sendo distribuídos.
"Os hipoglicemiantes orais preconizados pelo SUS e as insulinas regular e NPH de graça", pontua Jane Fernandes, enfermeira.

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