Sete em cada dez crianças tem, ao menos uma vez na vida, infecção no ouvido. Entenda o porquê disso e como impedir sua evolução.
As otites são uma das causas
mais frequentes de visita ao pediatra na infância.
Isso acontece porque quando um processo infeccioso agride a
orelha da criança, ele logo provoca uma intensa dor
– que para o desespero dos pais, vem acompanhada de
irritação e choradeira dos pequenos. Esse
quadro, chamado de otite, nem sempre é identificado
rapidamente e, se não tomados os cuidados corretos,
pode se tornar recorrente, o que representa uma dose extra
de angústia para a família e para a
criança.
As otites podem ser causadas por
vírus ou bactérias, e podem atingir a parte
externa ou média da orelha (para dentro do
tímpano). “A otite externa aparece mais
frequentemente depois dos quatro anos de idade, quando a
criança fica muito tempo em contato com a
água, por exemplo. A umidade excessiva pode retirar a
proteção do canal auditivo – o cerume.
Por isso, quem faz natação e tem
irritações frequentes nos ouvidos deve
consultar um especialista e se necessário usar
protetores nos ouvidos”.
Já
a otite média aguda é a mais comum nos
primeiros três anos de vida, e, na maioria das vezes,
aparece como consequência de uma
infecção respiratória. “Isso
porque os vírus causadores de gripes e resfriados
prejudicam o sistema imunológico, deixando livre o
caminho para que outros microorganismos entrem no corpo: as
bactérias”. Quando as
bactérias entram em cena, elas vão para a
orelha média e causam a dolorosa
infecção.
As otites costumam causar grande desconforto para as crianças, sendo a dor o principal sintoma da otite - independente da idade do pequeno, da causa do problema e a sua gravidade. É por causa do incômodo que as mães conseguem perceber algumas mudanças no comportamento do filho, como irritação e dificuldade para dormir e se alimentar – nos bebês, o ato de sugar o peito ou a mamadeira pode levar ao choro. Em alguns casos, a otite também pode provocar febre e comprometer a audição.
Para
proteger a criança da otite, o ideal é manter
as vias respiratórias dela sempre limpas, já
que são as infecções e
inflamações nessa área que muitas vezes
causam a doença. “A lista de cuidados
também inclui evitar mudanças bruscas de
temperatura, ambientes muito frios e a fumaça de
cigarro. Também é importante investir no
aleitamento materno e seguir as orientações do
pediatra em relação às vacinas
indicadas para cada faixa etária, sem especial a
vacina contra as otites”.As otites costumam causar grande desconforto para as crianças, sendo a dor o principal sintoma da otite - independente da idade do pequeno, da causa do problema e a sua gravidade. É por causa do incômodo que as mães conseguem perceber algumas mudanças no comportamento do filho, como irritação e dificuldade para dormir e se alimentar – nos bebês, o ato de sugar o peito ou a mamadeira pode levar ao choro. Em alguns casos, a otite também pode provocar febre e comprometer a audição.
É sempre bom lembrar que a otite média não é causada por sujeira ou cera. Ou seja, cutucar o local com haste flexível – o cotonete – só prejudicará as coisas. “O objeto pode lesionar as paredes do canal auditivo e o tímpano ou até mesmo direcionar a cera para o interior do ouvido, prejudicando sua eliminação natural”, alerta a especialista, que indica que a limpeza da parte externa da orelha deve ser feita no banho ou logo depois da saída do banho.“ Basta enxugar com a toalha ou uma fralda de tecido até onde o dedo alcançar”.
Dra. Rita de Cássia Cassou Guimarães
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