A organização que regulamenta a classificação de medicamentos nos Estados Unidos (FDA)
classificou os medicamentos que são proibidos na gravidez, de acordo
com a gravidade e consequências para a vida e saúde do bebê e da mãe,
que o uso de cada remédio pode trazer. Segue uma lista dos princípios
ativos que oferecem maiores riscos:
Os medicamentos com risco D não devem ser utilizados durante a gravidez pois não há evidências de risco em fetos humanos. Só usar se o benefício justificar o risco potencial como em situação de risco de vida ou em caso de doenças graves para as quais não se possa utilizar drogas mais seguras, ou se estas drogas não forem eficazes.
O uso de medicamentos por mulheres grávidas ou que amamentam deve ser evitado, mas existe uma escala oficial que classifica os medicamentos mediante o risco que representa para o bebê.
Esta classificação é internacional e foi normatizada pelo departamento americano para administração dos medicamentos (FDA, Food and Drug administration). É informação obrigatória que deve constar na ficha técnica de todos os remédios.
Estes riscos são classificados em cinco categorias : A, B, C, D, e X, que indicam a gravidade ou severidade do risco que o medicamento representa para o bebê.
Risco A - Não há evidência de risco em mulheres. Estudos bem controlados não revelam problemas no primeiro trimestre de gravidez e não há evidências de problemas nos segundo e terceiro trimestres.
Risco B - Não há estudos adequados em mulheres. Em experiência em animais não foram encontrados riscos, mas foram encontrados efeitos colaterais que não foram confirmado nas mulheres, especialmente durante o último trimestre de gravidez.
Risco C - Não há estudos adequados em mulheres. Em experiências animais ocorreram alguns efeitos colaterais no feto, mas o benefício do produto pode justificar o risco potencial durante a gravidez.
Risco D - Há evidências de risco em fetos humanos. Só usar se o benefício justificar o risco potencial. Em situação de risco de vida ou em caso de doenças graves para as quais não se possa utilizar drogas mais seguras, ou se estas drogas não forem eficazes.
Risco X - Estudos revelaram anormalidades no feto ou evidências de risco para o feto. Os riscos durante a gravidez são superiores aos potenciais benefícios. Não usar em hipótese alguma durante a gravidez.
- Risco X - Acenocumarol; Warfarina; Ganciclovir; Podofilina.
- Risco D - Amitriptilina; Espironolactona, Pentobarbital, Azatioprina, Estreptomicina, Primidona, Benzodiazepinas, Fenitoína, Procarbazina, Bleomicina, Fenobarbital, Propiltiouracilo, Ciclofosfamida, 5-Fluouracilo,• Propiltiouracilo, Cisplatino, Hidroclorotiazida, Tatraciclinas, Citarabina, Imipramina, Clobazam, Kanamicina,Triamterene, Clorambucil, Mebendazol, Valproato, Clorazepato, Meprobamato,vinblastina, Cortisona, Mercaptopurina, Vincristina, Daunorrubicina, Metadona, Zidovudina, Doxorrubicina, Metotrexato, Enalapril, Penicilamina.
Os medicamentos com risco D não devem ser utilizados durante a gravidez pois não há evidências de risco em fetos humanos. Só usar se o benefício justificar o risco potencial como em situação de risco de vida ou em caso de doenças graves para as quais não se possa utilizar drogas mais seguras, ou se estas drogas não forem eficazes.
O uso de medicamentos por mulheres grávidas ou que amamentam deve ser evitado, mas existe uma escala oficial que classifica os medicamentos mediante o risco que representa para o bebê.
Esta classificação é internacional e foi normatizada pelo departamento americano para administração dos medicamentos (FDA, Food and Drug administration). É informação obrigatória que deve constar na ficha técnica de todos os remédios.
Estes riscos são classificados em cinco categorias : A, B, C, D, e X, que indicam a gravidade ou severidade do risco que o medicamento representa para o bebê.
Risco A - Não há evidência de risco em mulheres. Estudos bem controlados não revelam problemas no primeiro trimestre de gravidez e não há evidências de problemas nos segundo e terceiro trimestres.
Risco B - Não há estudos adequados em mulheres. Em experiência em animais não foram encontrados riscos, mas foram encontrados efeitos colaterais que não foram confirmado nas mulheres, especialmente durante o último trimestre de gravidez.
Risco C - Não há estudos adequados em mulheres. Em experiências animais ocorreram alguns efeitos colaterais no feto, mas o benefício do produto pode justificar o risco potencial durante a gravidez.
Risco D - Há evidências de risco em fetos humanos. Só usar se o benefício justificar o risco potencial. Em situação de risco de vida ou em caso de doenças graves para as quais não se possa utilizar drogas mais seguras, ou se estas drogas não forem eficazes.
Risco X - Estudos revelaram anormalidades no feto ou evidências de risco para o feto. Os riscos durante a gravidez são superiores aos potenciais benefícios. Não usar em hipótese alguma durante a gravidez.
Rogério Hoefler
Cláudia Garcia Serpa Osorio-de-Castro
Isabela Heineck
Luciane Cruz Lopes
Miriam de Barcellos Falkenberg
Sheila Silva Monteiro Lodder Lisboa
Durante
a gravidez, a mãe e o feto formam uma unidade funcional inseparável. O
bem-estar materno é pré-requisito absoluto para o ótimo funcionamento e
desenvolvimento de ambos. Conseqüentemente, é importante, ao tratar a
mãe, considerar a máxima proteção ao feto.
Atualmente,
o conceito de barreira placentária deve ser descartado. Qualquer
fármaco administrado em dose adequada à gestante é capaz de atravessar a
placenta em alguma extensão, a menos que seja biotransformado durante a
passagem ou seu peso molecular e baixa solubilidade em lipídios limitem
a transferência transplacentária. Quando se prescreve medicamento a uma
gestante, deve-se sempre ter em mente que o feto é potencial recebedor
do mesmo.
Fármacos
podem ter efeitos perigosos sobre o feto em qualquer momento durante a
gravidez. É importante lembrar disso quando se cogitar a prescrição de
um medicamento para uma mulher em idade fértil ou para homens com
pretensão de se tornarem pais.
Contudo,
o medo desmedido do uso de medicamentos durante a gravidez também pode
ser perigoso, porque pode induzir a não-tratamento de doenças, perda da
adesão materna à prescrição, uso de doses insuficientes de medicamento e
resultados falhos. Isso constitui risco ao bem-estar materno e também
pode afetar o feto.
É importante conhecer antecedentes de risco e prevalência de desfechos adversos induzidos por medicamentos na gravidez.
Malformações
congênitas relevantes ocorrem em 2% a 4% de todos os nascidos vivos, e
até 15% de todas as gestações diagnosticadas resultam em perda fetal. A
causa desses desfechos adversos na gravidez é compreendida apenas em uma
minoria dos incidentes.
Durante
o primeiro trimestre, os medicamentos podem produzir malformações
congênitas (teratogênese), sendo maior o risco da terceira até a décima
primeira semana de gravidez. Durante o segundo e o terceiro trimestres,
os fármacos podem afetar o crescimento e o desenvolvimento funcional do
feto ou ter efeitos tóxicos sobre os tecidos fetais. Fármacos
administrados proximamente ou durante o parto podem apresentar efeitos
adversos sobre o trabalho de parto e o neonato. Poucos fármacos são
conclusivamente definidos como teratogênicos em humanos, mas nenhum
fármaco é totalmente seguro e livre de suspeita de problemas no início
da gravidez.
Há
evidência de que desenvolvimento intelectual, social e funcional também
possa ser adversamente afetado pela administração de medicamentos
durante a gravidez. Por isso, é crucial que também seja dada atenção a
eventos que estão além dos limites estreitos das malformações anatômicas
congênitas.
PRESCRIÇÃO DURANTE A GRAVIDEZ
O
aconselhamento de mulheres antes de uma gravidez planejada deveria ser
realizado sempre que possível, incluindo discussão sobre os riscos
associados a agentes terapêuticos específicos, plantas medicinais e
abuso de substâncias como nicotina e álcool. Suplemento de ácido fólico
deve ser empregado durante o planejamento da gravidez porque o uso
periconcepcional deste nutriente reduz o risco de defeitos do tubo
neural.
A
decisão de administrar medicamento à gestante deve ser precedida de
discussão transparente e colaborativa entre a mulher e seu médico, sobre
riscos e benefícios do procedimento.
Os
fármacos devem ser prescritos na gravidez somente quando as evidências
apontam que os benefícios esperados para a mãe suplantam o risco para o
feto. Todos os fármacos deveriam ser evitados, quando possível, durante o
primeiro trimestre.
Fármacos
que são usados extensivamente na gravidez e parecem ser usualmente
seguros deveriam ser preferidos em relação aos fármacos novos ou não
testados, optando-se sempre pela menor dose efetiva. Medicamentos bem
conhecidos com apenas um componente ativo deveriam ser normalmente
preferidos no lugar de combinações em doses fixas.
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DO USO DE MEDICAMENTOS DURANTE A GRAVIDEZ
A
categorização de risco gestacional (A, B, C, D, X) expressa o nível de
risco que os fármacos representam para o feto. Pela tendência de
simplificar demais um assunto tão complexo, eles devem sempre ser usados
em conjunto com informações explicativas. As definições para os níveis
de risco aqui adotadas são aquelas usadas pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos.
Categoria A:
estudos controlados em mulheres não demonstraram risco ao feto no
primeiro trimestre (e não há evidência de risco nos demais trimestres), e
a possibilidade de prejuízo ao feto parece remota.
Categoria B: os
estudos em reprodução animal não demonstraram risco fetal, embora não
haja estudos controlados em mulheres grávidas, ou os estudos em
reprodução animal demonstraram efeito adverso (não relacionado à
diminuição da fertilidade) que não foi confirmado em estudos controlados
em mulheres no primeiro trimestre (e não há evidência de risco nos
demais trimestres).
Categoria C: os
estudos em animais revelaram efeitos adversos sobre o feto
(teratogênico, embriocida ou outro), e não há estudos controlados em
mulheres, ou os estudos em mulheres e animais não estão disponíveis. Os
fármacos devem ser empregados somente se o benefício potencial
justificar o risco potencial ao feto.
Categoria D: há
evidência positiva de risco sobre feto humano, mas os benefícios do uso
em mulheres gestantes podem ser aceitáveis a despeito do risco (ex.: se
o fármaco é necessário em uma situação de ameaça à vida ou para uma
doença grave para a qual fármacos mais seguros não possam ser usados ou
sejam ineficazes).
Categoria X: estudos
em animais ou humanos demonstraram anormalidades fetais ou há evidência
de risco fetal baseado em experiência humana, ou ambos, e o risco de
uso do fármaco em mulheres gestantes excede claramente qualquer possível
benefício. O fármaco é contra-indicado em gestantes ou mulheres que
possam engravidar no decorrer do tratamento.
A tabela a seguir inclui os fármacos da Rename que podem apresentar risco na gravidez e indica o trimestre de risco.
A ausência de um fármaco nesta lista não implica segurança absoluta.
REFERÊNCIAS
1. World Health Organization. WHO Model Formulary 2006. Geneva: World Health Organization; 2006.
2. Briggs GG, Freeman RK, Yaffe SJ. Drugs in pregnancy and lactation: a reference guide to fetal and neonatal risk. 7th. ed. Philadelphia: Lippincott, Williams & Wilkins; 2005.
3. Klasco
RK, editor. DRUGDEX System [Database on the Internet]. Greenwood
Village (Colorado): Thomson MICROMEDEX; 1974-2007. [Cited 2007 Oct 5].
Available form: http://www.periodicos.capes.gov.br.
Fármacos e Gravidez
Fármacos
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Comentário
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Acetato de hidrocortisona
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Evitar uso em grande quantidade ou por tempo prolongado devido ao risco de anomalias fetais.
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Acetato de leuprorrelina
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Contra-indicado em mulheres gestantes ou que possam vir a engravidar.
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Acetato de medroxiprogesterona
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Contra-indicado
em mulheres gestantes ou que possam vir a engravidar. Podem ocorrer
malformações genitais e cardíacas em fetos de ambos os sexos.
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Acetato de megestrol
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Contra-indicado em mulheres gestantes ou que possam vir a engravidar.
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Acetazolamida
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Evitar no primeiro trimestre da gravidez.
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Ácido acetilsalicílico
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Evitar
no terceiro trimestre devido a risco de hemorragia, atraso do início e
aumento da duração do trabalho de parto; evitar doses analgésicas nas
últimas semanas; doses elevadas podem levar ao fechamento do ducto
arterioso fetal no útero e possivelmente hipertensão pulmonar
persistente no recém-nascido e kernicterus em neonatos ictéricos.
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Ácido salicílico
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Avaliar
risco/benefício para o feto, pois estudos de aplicação excessiva em
animais demonstraram potencial teratogênico e aumento do risco de
hemorragia, devendo-se evitar o uso principalmente no terceiro trimestre
da gravidez.
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Albendazol
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Evitar
engravidar durante o tratamento ou no prazo de 1 mês após completada a
terapia. Não deve ser utilizado durante o primeiro trimestre de gravidez
no caso de infecção por nematódeos. Se houver suspeita de gravidez
durante o tratamento, recomenda-se interrupção do mesmo e consulta a um
médico.
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Amiodarona
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Evitar uso. Existem fármacos alternativos mais seguros.
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Anastrozol
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Contra-indicado em mulheres gestantes ou que possam vir a engravidar.
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Anfotericina b
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Embora
haja poucos dados sobre a segurança deste fármaco na gravidez, é
considerado o tratamento de primeira escolha nas infecções micóticas
disseminadas durante a gravidez.
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Artesunato de sódio
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Contra-indicado no primeiro trimestre da gravidez
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Asparaginase
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Riscos para o feto incluem os efeitos adversos listados para o uso em adultos.
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Atenolol
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Beta-bloqueadores durante a gravidez podem prejudicar o crescimento do feto, causar hipoglicemia e bradicardia neonatal.
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Azatioprina
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Contra-indicado
em mulheres gestantes ou que possam vir a engravidar. Pacientes
transplantadas não devem interromper o uso em caso de gravidez; o uso
durante a gravidez deve ser cuidadosamente supervisionado.
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Besilato de anlodipino
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Evitar uso durante a gravidez, porém, o risco ao feto deve ser balanceado com o risco de hipertensão materna descontrolada.
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Brometo de pancurônio
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Reduzir dose em mulheres que usam sulfato de magnésio para toxemia gestacional, uma vez que este aumenta bloqueio neuromuscular.
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Brometo de piridostigmina
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Evitar superdosagem porque gravidade da miastenia gravis flutua
consideravelmente durante a gravidez. Superdosagem pode desencadear
crise colinérgica e miastenia neonatal. No trabalho de parto, a dose
parenteral deve ser dada 1 hora antes do segundo estágio, facilitando o
trabalho de parto e protegendo o neonato no pós-parto imediato.
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Cabergolina
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Uso não recomendado para pacientes com hipertensão gestacional pelo risco de pré-eclâmpsia ou eclâmpsia.
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Calcitriol
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Possui
alto potencial teratogênico; a hipercalcemia secundária pode provocar
estenose supravalvar aórtica, dano vascular e supressão da paratireóide
no recém-nascido
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Captopril
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Uso
contra-indicado. Além de potenciais malformações no primeiro trimestre,
os IECA podem causar danos ou morte ao feto em qualquer trimestre da
gravidez.
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Carbamazepina
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Primeiro
trimestre: risco de teratogênese e defeitos no tubo neural,
recomenda-se suplemento de folato. Terceiro trimestre: risco de
deficiência de vitamina K e sangramento neonatal. A combinação com
outros anticonvulsivantes aumenta o risco de malformação. Contudo, os
benefícios do uso do anticonvulsivante justificam seu uso, sob
monitoramento criterioso, a despeito dos riscos envolvidos.
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Carbonato de cálcio
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Uso seguro durante a gravidez quando em doses recomendadas.
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Carbonato de lítio
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Uso de lítio não é recomendado durante a gravidez, especialmente no primeiro trimestre, devido ao risco de anomalia de Ebstein.
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Carboplatina
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Primeiro
trimestre: uso associado à malformação fetal. Segundo e terceiro
trimestres: pode determinar retardo no crescimento e na maturação fetal.
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Ciclofosfamida
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Primeiro
trimestre: uso associado à malformação fetal. Segundo e terceiro
trimestres: pode determinar retardo no crescimento e na maturação fetal.
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Ciclosporina
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Uso requer supervisão especializada. Há risco de parto prematuro e baixo peso fetal.
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Cipionato de testosterona
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Potencial virilização de feto do sexo feminino
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Citarabina
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Primeiro
trimestre: uso associado à malformação fetal. Segundo e terceiro
trimestres: pode determinar retardo no crescimento e na maturação fetal.
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Citrato de clomifeno
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Uso
contra-indicado. Aumento do risco de gravidez ectópica e da incidência
de nascimentos múltiplos. O fármaco pode comprometer o desenvolvimento
fetal.
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Citrato de dietilcarbamazina
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Realizar o tratamento da mãe somente após o nascimento da criança.
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Citrato de fentanila
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Terceiro
trimestre: pode levar a depressão respiratória do neonato, síndrome de
abstinência em neonatos de mães dependentes, estase gástrica e risco de
pneumonia inalatória durante o trabalho de parto
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Citrato de tamoxifeno
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Evitar
uso devido a possíveis danos fetais. Em mulheres em idade fértil deve
ser utilizada contracepção efetiva durante o tratamento e por até 2
meses após o término do mesmo
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Cladribina
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Evitar gravidez durante e por até 6 meses após o tratamento.
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Clonazepam
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Evitar
uso no primeiro trimestre da gravidez; quando usado após este período, o
recém-nascido pode apresentar sintomas de abstinência
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Clorambucila
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Evitar uso; recomenda-se contracepção efetiva durante uso em homens ou mulheres devido a risco de malformações.
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Cloranfenicol
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Uso próximo ao termo pode resultar em desenvolvimento da síndrome cinzenta no neonato.
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Cloridrato de amiodarona
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Contra-indicado em mulheres grávidas.
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Cloridrato de amitriptilina
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Não
há relatos de teratogenia com o uso de antidepressivos, mas a dose deve
ser reduzida no final da gravidez para evitar os efeitos atropínicos no
recém-nascido.
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Cloridrato de bupivacaína
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Dose elevada durante o terceiro trimestre pode ocasionar depressão respiratória, hipotonia e bradicardia neonatal.
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Cloridrato de cetamina
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Terceiro trimestre: risco de depressão respiratória neonatal.
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Cloridrato de clomipramina
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Reduzir dose ao final da gravidez para evitar efeitos anticolinérgicos no neonato.
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Cloridrato de clorpromazina
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Neonato
pode apresentar síndrome de abstinência com tremores e vômitos. Doses
elevadas podem aumentar risco de icterícia neonatal,
hiperbilirrubinemia, estados apáticos e letargia.
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Cloridrato de dopamina
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O
uso durante o primeiro trimestre de gravidez tem sido associado à um
efeito tocolítico e estudos em animais têm demonstrado aumento da
incidência de anormalidades fetais.
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Cloridrato de doxiciclina
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No
primeiro trimestre há relato de efeito sobre o esqueleto e
desenvolvimento em estudos com animais. No segundo e terceiro trimestre,
descoloração dos dentes.
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Cloridrato de doxorrubicina
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Primeiro
trimestre: uso associado à malformação fetal. Segundo e terceiro
trimestres: pode determinar retardo no crescimento e na maturação fetal.
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Cloridrato de hidralazina
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Cautela
com o uso em hipertensão grave durante a gravidez. Risco de
trombocitopenia neonatal após o uso extensivo do fármaco. Primeiro e
segundo trimestres: evitar o uso.
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Cloridrato de idarrubicina
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Evitar
o uso, pois possui potencial carcinogênico e teratogênico. Entretanto,
os benefícios da terapia em situações de risco de vida ou severidade da
doença podem contrabalançar o potencial de risco.
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Cloridrato de lidocaína
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Uso
de doses elevadas no terceiro trimestre pode causar depressão
respiratória, hipotonia e bradicardia, no neonato, após bloqueio
paracervical ou epidural.
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Cloridrato de lidocaína + hemitartarato de epinefrina
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O
uso de vasoconstritores adrenérgicos deve ser cauteloso na grávida,
pelo pequeno risco potencial de diminuir a irrigação placentária, em
decorrência do efeito vasoconstritor em musculatura lisa uterina,
circulação placentária e veias umbilicais.
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Cloridrato de mefloquina
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Evitar gravidez durante e por 3 meses após término de tratamento
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Cloridrato de midazolam
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Deve
ser prescrito como monoterapia, na menor dose efetiva, e por um período
mais curto possível; as doses devem ser divididas a fim de evitar picos
elevados de concentração plasmática. Não é recomendado para indução de
anestesia na cesariana.
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Cloridrato de minociclina
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Não
é recomendável o uso durante a gravidez, pelo risco de causar problemas
no desenvolvimento esquelético e descoloração dos dentes.
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Cloridrato de naloxona
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A
dependência materna a opiáceos pode ser acompanhada de dependência
fetal. A naloxona atravessa a placenta, rapidamente aparecendo no sangue
fetal 2 minutos após a dose materna podendo precipitar sintomas de
retirada no feto e na mãe.
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Cloridrato de nortriptilina
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Reduzir dose ao final da gravidez para evitar efeitos anticolinérgicos no neonato.
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Cloridrato de ondansetrona
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Atravessa
a barreira placentária durante o primeiro trimestre de gravidez.
Segurança durante a gravidez tem sido melhor estabelecida com outros
antieméticos; anti-histamínicos e vitamina B6 parecem ser alternativas
mais seguras.
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Cloridrato de piridoxina
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Doses
acima de 200 mg/dia, por tempo prolongado, podem produzir síndrome de
dependência à piridoxina no recém-nascido e convulsão neonatal, contudo,
é considerado seguro na gravidez.
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Cloridrato de prometazina
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Evitar uso no período de 2 semanas antes do parto.
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Cloridrato de propranolol
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O uso de beta-bloqueadores pode prejudicar o crescimento do feto, causar hipoglicemia e bradicardia neonatal.
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Cloridrato de verapamil
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Pode ter efeito tocolítico.
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Cloridrato de prilocaína + felipressina
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Terceiro
trimestre: pode ocasionar depressão respiratória neonatal, hipotonia e
bradicardia, após bloqueio epidural ou paracervical; metahemoglobinemia
após bloqueio paracervical.
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Dacarbazina
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Potencialmente mutagênico e teratogênico. Utilizar contraceptivo até 6 meses após o tratamento.
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Dapsona
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Se
for usada durante o terceiro trimestre de gravidez pode causar hemólise
neonatal e meta-hemoglobinemia. Recomenda-se a ingestão de 5 mg de
ácido fólico pela gestante.
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Dexametasona
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Não deve ser usado em grande quantidade ou por tempo prolongado devido ao risco de anomalias fetais.
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Diazepam
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O
uso na gravidez induz malformações; administrado próximo ao parto,
induz hipotonia e sintomas de abstinência no recém-nascido. Primeiro e
segundo trimestres: pode aumentar o risco de aparecimento de fissura
labial palatina.
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Dicloridrato de quinina
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Primeiro
trimestre: a administração de doses altas é teratogênica e também pode
induzir o aborto. No entanto, o risco de malária é considerado maior que
o risco para o feto.
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Didanosina
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Primeiro
trimestre: aumenta o risco de acidose lática e esteatose hepática.
Terceiro trimestre: monitorar freqüentemente enzimas hepáticas e
eletrólitos.
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Difosfato de primaquina
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Terceiro
trimestre: possibilidade do feto apresentar deficiência de g6pd
(glicose-6-fosfato desidrogenase), além de hemólise e
meta-hemoglobinemia neonatal. Após o tratamento com cloroquina, deve-se
adiar o tratamento de cura radical com primaquina até o término da
gravidez.
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Dipirona sódica
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Primeiro e terceiro trimestres: possível fechamento prematuro de ducto arterial e retardo do trabalho de parto.
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Dipropionato de beclometasona
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O uso prolongado durante a gravidez está associado a maior incidência de partos prematuros e baixo peso da criança ao nascer.
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Docetaxel
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Em
geral os antineoplásicos quando dados no primeiro trimestre da gravidez
têm sido associados à malformação fetal; no segundo e terceiro
trimestre podem determinar retardo no crescimento e maturação fetal.
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Enantato de noretisterona + valerato de estradiol
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Risco de malformações fetais. Pode ocorrer aumento da incidência de gravidez ectópica.
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Espironolactona
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Estudos mostram toxicidade em animais (feminização de fetos masculinos).
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Estreptoquinase
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Cautela
em todos os trimestres da gravidez, pois há possibilidade de
descolamento prematuro da placenta nas primeiras 18 semanas;
possibilidade de hemorragia fetal, hemorragia materna durante a gravidez
e no pós-parto.
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Estriol
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Estrógenos em geral não devem ser utilizados durante a gravidez. Estudos epidemiológicos mostraram risco de malformações fetais.
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Estrogênios conjugados
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Estrógenos em geral não devem ser utilizados durante a gravidez. Estudos epidemiológicos mostraram risco de malformações fetais.
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Etinilestradiol + levonorgestrel
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Estrógenos em geral não devem ser utilizados durante a gravidez. Estudos epidemiológicos mostraram risco de malformações fetais.
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Etoposídeo
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Têm
sido relatados efeitos teratogênicos com o etoposídeo. Dependendo da
natureza da malignidade, da progressão da doença, e quanto avançada se
encontra a gravidez, a quimioterapia pode em alguns casos ser adiada até
que se complete a maturação fetal. O parto pré-termo pode ser outra
alternativa desde que se possam conciliar os riscos materno e fetal.
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Fenitoína sódica
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A
síndrome fetal da hidantoína ocorre em 10 a 30% das gestantes expostas,
podendo resultar em anomalias fetais multissistêmicas, incluindo
disfunção do SNC, anomalias craniofaciais, malformações maiores,
hipoplasia ungueal/digital, neuroblastoma, hemorragia no neonato por
ocasião do parto.
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Fenobarbital
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Devido
a relatos de efeitos teratogênicos, o uso durante a gravidez não é
recomendado, exceto quando as convulsões maternas ofereçam grande risco
ao feto; se houver opção pelo uso, administrar a menor dose efetiva e
avisar a gestante dos riscos sobre o feto. Último trimestre da gravidez:
risco do neonato apresentar sintomas da retirada do fármaco, ou ainda
defeitos de coagulação que determinaram hemorragias nas primeiras 24
horas de vida, incluindo hemorragia intracraniana grave secundária à
deficiência de vitamina K em conjunto com um parto traumático.
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Fluconazol
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O
uso é contra-indicado durante a gravidez, pois há registros de
anormalidade congênitas múltiplas em esquemas posológicos de longa
duração. Primeiro trimestre: risco de malformação congênita. Segundo e
terceiro trimestres: pode afetar o crescimento e desenvolvimento
funcional do feto ou ter efeitos tóxicos sobre o tecido fetal.
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Fluoreto de sódio
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Risco fetal é mínimo. Flúor atravessa barreira placentária, com níveis sangüíneos fetal e materno quase iguais no platô.
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Fluoruracila
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Contra-indicado na gravidez e em mulheres planejando gravidez.
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Fosfato de codeína
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Terceiro
trimestre: deprime respiração neonatal; efeitos de retirada em neonatos
de mães dependentes; estase gástrica e risco de pneumonia de inalação
na mãe durante o trabalho de parto.
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Fosfato sódico de prednisolona
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Crianças e mães tratadas com prednisolona durante a gravidez devem ser monitoradas pois há risco de hipoadrenalismo.
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Glibenclamida
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Primeiro
trimestre: risco de hipoglicemia neonatal. Recomenda-se substituir por
insulina durante a gravidez. Suspender o uso dois dias antes do parto.
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Gliclazida
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Primeiro
trimestre: risco de hipoglicemia neonatal. Recomenda-se substituir por
insulina durante a gravidez. Suspender o uso dois dias antes do parto.
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Heparina sódica
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Uso
por mais de um mês oferece risco materno de osteopenia, osteoporose e
trombocitopenia induzida por heparina. Sugere-se uso de cálcio
profilático e suplementação de vitamina D.
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Hidroclorotiazida
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Não é recomendado para tratamento da hipertensão na gravidez, pois pode gerar trombocitopenia neonatal.
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Hidróxido de magnésio + hidróxido de alumínio
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Evitar uso crônico de doses altas.
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Hidroxiuréia
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Mulheres em idade fértil devem utilizar métodos de contracepção efetivos.
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Ibuprofeno
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Terceiro
trimestre: com uso regular fechamento do ducto arterioso fetal no útero
e possivelmente hipertensão pulmonar persistente no recém-nascido.
Início retardado e aumento da duração do trabalho de parto.
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Ifosfamida
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Primeiro
trimestre: uso associado à malformação fetal. Segundo e terceiro
trimestres: pode determinar retardo no crescimento e na maturação fetal.
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Iodo + iodeto de potássio (sol. de lugol)
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Segundo ou terceiro trimestres: pode promover bócio e hipotireoidismo neonatal.
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Isoflurano
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Primeiro trimestre: pode ocasionar aumento do sangramento uterino. Terceiro trimestre: risco de depressão respiratória neonatal.
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Lamivudina
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Primeiro
trimestre: evitar. Segundo e terceiro trimestres: o benefício do uso é
maior que o risco. O tratamento do HIV na gravidez reduz a toxicidade ao
feto, reduz a progressão da doença na mãe e previne a transmissão
vertical.
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Levotiroxina sódica
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Monitorar a concentração plasmática materna de TSH a cada trimestre, porque a tiroxina atravessa a barreira placentária.
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Lopinavir + ritonavir
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Primeiro
trimestre: evitar. Segundo e terceiro trimestres: o benefício do uso é
maior que o risco. O tratamento do HIV na gravidez reduz a toxicidade ao
feto, reduz a progressão da doença na mãe e previne a transmissão
vertical.
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Maleato de enalapril
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Causa malformações quando administrado na gravidez, principalmente em 2º e 3º trimestres. Evitar em todos os trimestres.
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Maleato de midazolam
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Deve
ser prescrito como monoterapia, na menor dose efetiva, e por um período
mais curto possível; as doses devem ser divididas a fim de evitar picos
elevados de concentração plasmática. Não é recomendado para indução de
anestesia na cesariana.
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Maleato de timolol
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Relato de associação a bradicardia e arritmia no neonato com o uso oftálmico na mãe.
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Manitol
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Uso não recomendado, em função do influxo intravascular de fluidos nos pulmões e cérebro.
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Mebendazol
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Primeiro
trimestre: uso deve ser evitado, devido ao risco de teratogenia visto
em animais, mas não confirmado em humanos. Segundo e terceiro
trimestres: é permitido. Seu uso é contra-indicado em infecções por
cestódios e deve-se evitar o uso desse medicamento em infecções por
nematódeos no primeiro trimestre de gravidez.
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Melfalana
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Primeiro
trimestre: uso associado à malformação fetal. Segundo e terceiro
trimestres: pode determinar retardo no crescimento e na maturação fetal.
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Mercaptopurina
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Não
é recomendado o uso na gravidez. Ocorre um aumento na incidência de
aborto em mulheres que usam mercaptopurina no primeiro trimestre da
gravidez.
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Mesilato de nelfinavir
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Primeiro
trimestre: evitar. Não há evidência de risco nos demais trimestres e a
terapia deve ser avaliada quanto aos seus benefícios. A dose recomendada
em protocolos clínicos objetivando atingir o pico plasmático é de 1.250
mg, duas vezes ao dia. Não é recomendada a dose de 750 mg, três vezes
ao dia, em mulheres grávidas, tendo em vista que as concentrações
atingidas são insuficientes.
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Mesilato de saquinavir
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Primeiro
trimestre: recomenda-se evitar. Segundo e terceiro trimestres: o
benefício do uso é maior que o risco. O tratamento do HIV na gravidez
reduz a toxicidade ao feto, reduz a progressão da doença na mãe e
previne a transmissão vertical.
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Metotrexato de sódio
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Metotrexato e outros antagonistas do ácido fólico são teratogênicos e no primeiro trimestre podem induzir aborto espontâneo.
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Metronidazol
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Segundo
e terceiro trimestres: deve ter seu uso limitado a casos
não-responsivos a agentes alternativos, devido ao potencial mutagênico
visto em experimentação animal. Primeiro trimestre: evitar. Segundo e
terceiro trimestres: avaliar o risco-benefício.
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Nevirapina
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Uso
contra-indicado, principalmente no primeiro trimestre. Baseado nos
estudos de efeitos adversos hepáticos graves, a terapia com nevirapina
não deve se iniciada em mulheres com contagem de CD4 acima de 250
células/mm3, a não ser que os benefícios sejam claramente superiores aos riscos.
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Nifedipino
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Pode inibir trabalho de parto.
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Nitrato de miconazol
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Considerado
seguro para uso durante a gravidez. Vários protocolos clínicos incluem o
tratamento local com miconazol para candidíase vaginal (ou nistatina
como alternativa), e anfotericina b para infecção micótica disseminada. É
também o medicamento de primeira escolha para infecções fúngicas
dérmicas durante a gravidez.
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Nitrofurantoína
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Terceiro trimestre: pode provocar hemólise neonatal e anemia hemolítica neonatal se usada a termo.
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Noretisterona
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Riscos claramente ultrapassam os benefícios. Contra-indicada em mulheres que estão ou possam se tornar grávidas.
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Omeprazol / omeprazol sódico
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Evitar o uso, especialmente no primeiro trimestre de gravidez. Há relatos de anormalidades congênitas em humanos.
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Óxido nitroso
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No terceiro trimestre: depressão respiratória neonatal.
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Palmitato de cloranfenicol
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Uso próximo ao termo pode resultar em desenvolvimento da síndrome cinzenta no neonato.
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Palmitato de retinol
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É
teratogênica. Uso de suplementos deve ser evitado em mulheres que podem
se tornar gestantes ou durante a gravidez. Doses acima de 10.000 ui/dia
por tempo prolongado na gravidez têm sido associadas a anormalidades
fetais no sistema nervoso central e na região craniofacial, defeitos
cardíacos e no trato urinário.
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Pamidronato dissódico
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O pamidronato atravessa a barreira placentária e determina efeitos adversos no feto.
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Pirimetamina
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Primeiro trimestre: contra-indicado. Terceiro trimestre: avaliar benefício-risco.
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Praziquantel
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Infecções por T. Solium devem ser tratadas imediatamente. O tratamento no caso de infecção por Schistosoma mansoni pode ser benéfico apesar do risco.
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Propiltiouracila
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Uso não recomendado. Segundo e terceiro trimestres: pode promover bócio e hipotiroidismo neonatal.
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Propofol
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Terceiro
trimestre: depressão respiratória neonatal no terceiro trimestre de
gravidez; não exceder 6 mg/kg/hora para dose de manutenção.
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Prova tuberculínica (derivado proteico purificado – PPD RT23)
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Gravidez pode interferir no diagnóstico.
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Ritonavir
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Primeiro trimestre: recomenda-se evitar. Segundo e terceiro trimestres: o benefício do uso é maior que o risco.
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Solução de Ringer + lactato
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Sais de sódio devem ser utilizados com precaução na pré-eclâmpsia
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Succinato de metoprolol
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O uso de beta-bloqueadores durante a gravidez pode prejudicar o crescimento do feto, causar hipoglicemia e bradicardia neonatal.
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Succinato sódico de cloranfenicol
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Uso próximo ao termo pode resultar em desenvolvimento da síndrome cinzenta no neonato.
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Succinato sódico de hidrocortisona
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Risco de retardo de crescimento intra-uterino.
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Sulfadiazina
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Não deve ser usada próxima ao trabalho de parto pelo risco de hiperbilirrubinemia do recém-nascido.
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Sulfadiazina de prata
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Terceiro trimestre: contra-indicada devido ao risco de hemólise e metemoglobinemia neonatal.
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Sulfassalazina
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Pode
levar a icterícia raramente. Risco teórico de hemólise neonatal,
principalmente em crianças com deficiência de g6pd, deve ser dado à mãe
suplemento adequado de folato.
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Sulfato de amicacina
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Riscos auditivos ao feto.
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Sulfato de bleomicina
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Primeiro
trimestre: uso associado à malformação fetal. Segundo e terceiro
trimestres: pode determinar retardo no crescimento e na maturação fetal.
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Sulfato de estreptomicina
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Segundo
e terceiro trimestre: pode causar danos no nervo auditivo ou
vestibular. Monitorar a concentração sérica de estreptomicina.
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Sulfato de magnésio
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Há
relatos de síndrome do mecônio tampão, distúrbios neurocomportamentais e
depressão respiratória em neonatos cujas mães receberam sulfato de
magnésio, por via parenteral e em grandes doses, anteriormente ao parto
para tratamento de eclâmpsia.
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Sulfato de morfina
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Terceiro
trimestre: deprime respiração neonatal; efeitos de retirada em neonatos
de mães dependentes; estase gástrica e risco de pneumonia de inalação
na mãe durante o trabalho de parto. Pode prolongar trabalho de parto.
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Sulfato de quinina
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Primeiro
trimestre: a administração de doses altas é teratogênica e também pode
induzir o aborto. No entanto, o risco de malária é considerado maior que
o risco para o feto.
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Sulfato de salbutamol
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O
sulfato de salbutamol inalado é o broncodilatador de escolha para uso
na gravidez. A oxigenação insuficiente do feto devido a asma não
controlada na gestante representa riscos maiores do que qualquer efeito
advindo do fármaco. Porém o uso parenteral pode afetar o miométrio e
oferecer potenciais riscos cardiovasculares à gestante.
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Sulfato de vimblastina
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Primeiro
trimestre: uso associado à malformação fetal. Segundo e terceiro
trimestres: pode determinar retardo no crescimento e na maturação fetal.
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Teniposídeo
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Primeiro
trimestre: uso associado à malformação fetal. Segundo e terceiro
trimestres: pode determinar retardo no crescimento e na maturação fetal.
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Tioguanina
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Primeiro
trimestre: uso associado à malformação fetal. Segundo e terceiro
trimestres: pode determinar retardo no crescimento e na maturação fetal.
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Tiopental sódico
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Terceiro trimestre: depressão respiratória neonatal.
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Vacina BCG
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Primeiro trimestre: risco teórico de malformações congênitas.
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Vacina contra influenza
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Recomenda-se
administrar a partir do segundo trimestre de gravidez para evitar a
fase com maior incidência de abortos espontâneos.
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Vacina contra meningococo B e C
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Não
deve ser administrada a mulheres grávidas, a menos que se considere
necessário e justificado devido a um elevado risco epidemiológico.
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Vacina contra raiva (uso humano, cultivo celular)
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A
profilaxia pré-exposição é recomendada durante a gravidez se houver
alto risco de exposição à raiva e o acesso à profilaxia pós-exposição
for limitado. A gravidez não é considerada contra-indicação para a
profilaxia pós-exposição, uma vez que a vacinação não está associada a
malformações fetais e o benefício de prevenir a doença supera qualquer
risco eventual.
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Vacina de vírus vivos atenuados de febre amarela
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A
menos que o risco de exposição seja alto, a vacinação deve ser evitada
(risco teórico de malformações no primeiro trimestre). Caso seja
necessária viagem para área endêmica, considera-se o risco da vacina
inferior ao da infecção por febre amarela, especialmente após o sexto
mês. Se possível, adiar vacinação para o terceiro trimestre.
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Vacina de vírus vivos contra sarampo
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Primeiro
trimestre: risco teórico de malformações, contudo o benefício pode
superar o risco fetal. Mulheres devem ser alertadas para evitar
engravidar pelo menos nos 3 meses seguintes à vacinação.
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Vacina oral contra poliomielite tipos 1, 2 e 3
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Não é recomendado para gestantes a menos que haja grande risco de exposição inevitável.
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Vacina tríplice viral contra sarampo, rubéola e caxumba (SRC)
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Concepção deve ser evitada até 4 semanas após vacinação
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Valproato de sódio
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Pode
ser teratogênico e causar malformações como defeitos no tubo neural. O
uso do valproato de sódio durante a gravidez deve ser considerado
somente depois de discutidos com a mãe os riscos potenciais ao feto, e
quando a gravidade e freqüência das convulsões maternas permitirem a
retirada do medicamento sem prejuízos à paciente. A monitoração
rotineira do tubo neural e dos parâmetros de coagulação é recomendada.
Embora não haja evidências, a suplementação com ácido fólico pode ser
feita previamente à gravidez estendendo-se até que a mesma se complete.
Crianças nascidas de mães que utilizaram valproato durante a gravidez
devem ter monitorados os níveis séricos de glicose durante várias
primeiras horas de vida.
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Varfarina sódica
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Contra-indicada
para todos os trimestres de gravidez: malformações congênitas;
hemorragia fetal e neonatal; há risco de hemorragia da placenta e fetal
durante o parto.
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Zidovudina
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Primeiro
trimestre: evitar. Segundo e terceiro trimestres: o benefício do uso é
maior que o risco. O tratamento do HIV na gravidez reduz a progressão da
doença na mãe e previne a transmissão vertical.
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Zidovudina + lamivudina
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Primeiro
trimestre: evitar. Segundo e terceiro trimestres: o benefício do uso é
maior que o risco. O tratamento do HIV na gravidez reduz a progressão da
doença na mãe e previne a transmissão vertical.
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Formulário Terapêutico Nacional 2008: Rename 2006 [Link Livre para o Documento Original]
Série B. Textos Básicos de Saúde
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos
Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos
Brasília / DF – 2008
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