10.05.2013

Polícia vai ouvir professor acusado de espalhar boato

Suposta morte de docente durante confrontos no Centro do Rio acirrou ânimos da classe

O Dia
Rio - O delegado titular da 4ª DP (Praça da República), Luiz Lima Ramos Filho, vai conversar nos próximos dias com o professor identificado pela Polícia Civil como sendo o responsável por espalhar nas redes sociais a falsa notícia de que uma professora teria morrido durante manifestações da última terça-feira. Os atos de violência aconteceram na Cinelândia, no Centro do Rio, durante a votação do plano de cargos e salários do magistério municipal.
As investigações foram solicitadas pelo prefeito Eduardo Paes, após o boato ganhar força nas redes sociais e aumentar a tensão entre os manifestantes. Segundo a Polícia Civil, a primeira conversa será informal. Contudo, conforme as explicações do docente, o delegado pode instaurar inquérito.
O professor suspeito de divulgar o boato leciona História em uma escola de São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio. É servidor do estado desde 2000 e seria filiado ao Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe).

Em nota, a Secretaria Estadual de Educação informou que “após a Polícia Civil ouvir o professor e informar qual responsabilidade será imputada a ele, vai tomar as medidas cabíveis”. A pasta ainda lamentou “qualquer tipo de incitação que possa prejudicar a ordem e envolver inocentes, principalmente, os alunos”.
Segundo a secretaria, pode ser aberto inquérito para apurar as responsabilidades e há o risco de demissão. O processo será encaminhado para a Secretaria Estadual de Planejamento.
Integrante da coordenação do Sepe, Alex Trentino lamentou a forma como a investigação está sendo conduzida: “Não podem partir do princípio de que o professor fez isso por maldade. A polícia deveria se preocupar em proteger o cidadão e entender a luta dos trabalhadores”.
SIMULADOR MOSTRA COMO FICA SALÁRIO
Servidores da Educação municipal podem conferir como vão ficar os salários a partir da nova lei que rege o plano de cargos e salários da categoria. O simulador está disponível no site www.rio.rj.gov.br. Os valores apresentados são calculados como se os pagamentos fossem feitos nos dias atuais.
Foto:  Arte: O Dia
Os professores que tiverem salários diferentes apresentados no contracheque podem entrar em contato por do e-mail pergunta@riosemprepresente.com.br.
É necessário informar cargo, jornada atual na prefeitura, o ano de ingresso e a classe de enquadramento.

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