1.06.2015

Crescem manifestações anti-Islã e de contraprotesto na Alemanha

Ato contra 'islamização' reuniu cerca de 18 mil pessoas nesta segunda-feira.
Mobilização surgiu no país europeu em outubro do ano passado.

Da France Presse
Participantes de um movimento popular ultra conservador contra muçulmanos seguram bandeiras alemãs durante uma manifestação em Berlim. Os manifestantes fazem parte do grupo Europeus Patrióticos contra a Islamização do Ocidente (PEGIDA, na sigla em inglês) (Foto: Hannibal Hanschke/Reuters)Participantes de um movimento popular ultra conservador contra muçulmanos seguram bandeiras alemãs durante uma manifestação em Berlim. Os manifestantes fazem parte do grupo Europeus Patrióticos contra a Islamização do Ocidente (PEGIDA, na sigla em inglês) (Foto: Hannibal Hanschke/Reuters)
A manifestação contra a 'islamização' da sociedade convocada para esta segunda-feira (5) reuniu cerca de 18 mil pessoas na cidade de Dresden, no leste da Alemanha, um recorde desde o início desses protestos em outubro. Crescem também as manifestações contra esses mesmos protestos.
Foi em Dresden, capital do estado federado da Saxônia, que surgiu, em outubro, o movimento Pegida (acrônimo em alemão de 'Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente'). A última mobilização foi três dias antes do Natal e juntou pelo menos 17.500 pessoas.
Apesar das mensagens de denúncia do movimento de quase todas as tendências políticas, incluindo a chanceler Angela Merkel, os manifestantes voltaram a entoar, nesta segunda-feira, o slogan 'Nós somos o povo'. Esse grito de ordem era usado em protestos na antiga RDA, antes da Queda do Muro de Berlim.
Enquanto isso, cerca de três mil pessoas se reuniram nessa mesma cidade em um contraprotesto, sob o lema 'Venham, vamos falar, vamos atacar os problemas de verdade'.
No restante do país, o equilíbrio entre manifestantes contra 'a islamização' e os contraprotestos se inverteu.
Em Berlim, pelo menos 300 pessoas se reuniram na frente da sede da prefeitura para expressar sua rejeição 'à islamização', e outras cinco mil pessoas participaram da manifestação contra essas mobilizações.
Em Colônia (oeste), o protesto de Pegida reuniu centenas de pessoas, e milhares marcharam contra.
O movimento Pegida tem como eixo a luta contra 'a islamização' do país, diante do temor de que jihadistas envolvidos com o Estado Islâmico possam entrar no país. Também critica a imigração em geral, os veículos de comunicação e as elites políticas.
Em seu discurso de final de ano, Merkel pediu aos alemães que não participem dessas manifestações, ressaltando que são organizadas por pessoas com o 'coração' cheio de 'preconceitos' e de 'ódio'.
Uma mulher segura um cartaz com a frase 'Nazistas comem Kebab Doner clandestinamente' em protesto contra uma marcha anti-islamismo do grupo 'Europeus Patrióticos contra a Islamização do Ocidente' em Colônia, na Alemanha (Foto: Maja Hitij/DPA/AFP)Uma mulher segura um cartaz com a frase 'Nazistas comem Kebab Doner clandestinamente' em protesto contra uma marcha anti-islamismo do grupo 'Europeus Patrióticos contra a Islamização do Ocidente' em Colônia, na Alemanha (Foto: Maja Hitij/DPA/AFP)
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