"Choro de 3 a 4 vezes ao dia, não estou suportando mais..."
"... tente evitar fazer de sua separação o único tema de sua vida"
sua depressão e sua separação. Na sua
cabeça você está deprimida por que se separou.
Em geral, teorias e explicações sobre nossos comportamentos tendem a trazer um alívio; entendendo as causas consegue-se um maior controle sobre as consequências.
No seu caso, porém, isso não está acontecendo.
Muito pelo contrário: entender que você está
deprimida (consequência) por que se separou (causa)
coloca você num beco sem saída uma vez que sua
separação já aconteceu e, muito provavelmente, mesmo
que quisesse não conseguiria reatar seu casamento.
Para sair desse enrosco, num primeiro momento
seria interessante que você se perguntasse se realmente
sua depressão é consequência da separação.
Não poderia ser o contrário? Será que você não apresenta
uma depressão de base que faz com que seja mais difícil
para você superar situações de perda? Talvez encarar o
problema por esse ângulo ajude você a encontrar saídas
mais eficazes para o problema. Uma pessoa com traços
depressivos pode tomar algumas atitudes para se sentir
melhor frente a uma situação problemática: pode fazer
uma terapia, procurar ajuda medicamentosa e, com o tempo,encarar melhor os reveses da vida e aproveitar melhor os momentos agradáveis.
Como superar comportamento monotemático
Paralelamente, tente evitar fazer de sua separação o
único tema de sua vida.
Questione-se se gostaria de casar novamente; faça uma
reflexão sobre o que ganhou e o que perdeu enquanto
esteve casada; reveja suas necessidades pessoais
e faça um levantamento das atividades que gosta de praticar.
Certamente, muitas delas não requerem a companhia de
um marido, certo? Reconstrua sua individualidade, ou,
se nunca trabalhou na questão "quem sou eu" faça-o agora.
Substitua lágrimas por ações: movimente-se, gaste energia
física, passeie por lugares que você ainda não conhece ou
revisite os lugares que gosta mais. Movimento é um ótimo antidepressivo, sabia?
E, finalmente, quando estiver fora dessa situação,
retomando as rédeas de sua vida e trocando
a destrutividade de um pensamento obsessivo pelo
prazer de pequenos bons momentos construídos por
você, faça uma retrospectiva desses 5 anos de sofrimento
e pergunte-se: valeu a pena martirizar-se tanto tempo por algo que não tem solução? A resposta, certamente negativa, poderá ajudá-la a abreviar seus momentos de sofrimento quando as coisas não andarem do jeito que você quer.
Querer nem sempre é poder. E quando não se pode, melhor semear um novo sonho do que insistir no que não tem volta.
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