2.22.2015

EUA: governo pede cautela após ameaça jihadista a shoppings




AFP - Agence France-Presse
Publicação: 22/02/2015 19:24 Atualização:

O secretário americano de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês), Jeh Johnson, pediu neste domingo prudência aos consumidores americanos, após as ameaças jihadistas lançada contra o shopping Mall of America, em Minnesota (norte), e outros estabelecimentos comerciais no Canadá e no Reino Unido.

"Quem quer que esteja pensando em ir ao Mall of America hoje (domingo) deve ser prudente", disse Johnson à emissora americana CNN.

O Mall of America é um dos maiores shoppings dos Estados Unidos. Segundo informações disponíveis em sua página, seu tamanho equivale a sete estádios de beisebol dos Yankees, ou a 258 Estátuas da Liberdade.

De acordo com o SITE, a organização islâmica shebab, braço da rede Al-Qaeda na Somália, divulgou um vídeo, convocando a realização de ataques similares ao do "Mall Westgate", em Nairóbi, Quênia, em setembro de 2013. O atentado deixou 67 mortos e mais de 175 feridos.

"A guerra apenas começou", declarou o porta-voz dos shebab, no vídeo publicado pelo americano SITE, página que monitora a atividade on-line dos islamitas. "Westgate é apenas uma gota no oceano. Os ataques continuarão", prometeu Ali Mahmud Ragi.

No final da gravação de 66 minutos, que tem versões em árabe e em inglês, um indivíduo mascarado convoca os "lobos solitários" a atacarem shoppings ocidentais, nomeadamente, nos Estados Unidos, no Canadá e no Reino Unido.

"E se acontecer um ataque no Mall of America, em Minnesota? Ou no West Edmonton Mall, do Canadá? Ou em Londres, na Oxford Street?", sugere o indivíduo.

O SITE considera o vídeo parecido com outros disseminados recentemente pelos shebab.

"Estamos em uma nova fase, na qual as organizações se apoiam cada vez mais em atores independentes para inspirá-los, uni-los às suas causas e para cometer seus próprios ataques em pequena escala. Estou muito preocupado", completou o secretário Johnson.

O objetivo dos islamitas shebab é derrubar o governo da Somália, que conta com o apoio da comunidade internacional. Vários ataques já foram cometidos pelo grupo em países vizinhos.

Cerca de 100 militares americanos se encontram estacionados no território para ajudar o governo somali em sua luta contra os islamitas.

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