2.03.2015

NOVO MÉTODO EVITA OS RISCOS DE GRAVIDEZ EM DIABÉTICAS


Novo método evita os riscos de gravidez em diabéticas


As mulheres diabéticas são consideradas pacientes de risco numa gestação. Muitas decidem engravidar e não apresentam problemas. Mas, há as que não querem correr riscos e decidem não ter filhos. 
Pensando no bem-estar da paciente diabética, um importante avanço na medicina se apresenta como uma alternativa para aquelas que não querem ter filhos evitando os riscos da gravidez

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que o câncer, o diabetes e as doenças cardiovasculares são as maiores responsáveis por mortes no mundo. Com 1,3 milhões de óbitos, o diabetes está entre as mais letais das doenças pesquisadas.

As mulheres diabéticas são consideradas pacientes de risco numa gestação. Muitas decidem engravidar e não apresentam problemas. Mas, há as que não querem correr riscos e decidem não ter filhos. Ao optar por um método de contracepção, uma cirurgia de laqueadura convencional poderia se tornar um risco por conta da cicatrização e outras complicações cirúrgicas. Mas uma moderna técnica de laqueadura sem cortes se apresenta como uma boa alternativa de contracepção permanente a todas as mulheres e, em particular, para as diabéticas, cardiopatas e outras.

O Essure é um método definitivo de contracepção feminina, com eficácia de 99,8%, que começa a ser mais conhecido no Brasil por sua eficácia e praticidade, pois não oferece os riscos de uma cirurgia convencional.

“É um procedimento rápido, ambulatorial e minimamente invasivo, praticamente indolor, dispensa anestesia, não contém medicamentos ou hormônios. A colocação não dura mais do que 10 minutos e a paciente sai do ambulatório e pode voltar normalmente para suas atividades, sem necessidade de repouso”, explica a médica ginecologista Dra. Daniella De Batista Depes.

Considerado como primeira opção entre as mulheres europeias e norte-americanas, o método é aprovado pela Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, desde 2009. No Brasil, há registros de mais de 3.000 mulheres que colocaram Essure e 750 mil no mundo.

A técnica tem sido oferecida pelo serviço de saúde municipal, por meio do Programa de Planejamento Familiar, em vários Estados como é o caso de São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Espírito Santo, Pará, Paraná, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Tocantins.

Como funciona o método

Essure é um dispositivo que consiste em um microimplante macio e flexível, de apenas quatro centímetros, em titânio e níquel (materiais que apresentam excelente compatibilidade com o organismo) que, introduzido pela vagina por um equipamento extremamente fino (histeroscópio), é colocado em cada uma das tubas uterinas.

Nas semanas que se seguem ao procedimento, o corpo e os microimplantes trabalham juntos para formar uma barreira natural que impede o espermatozoide de alcançar o óvulo. Por esse motivo, durante os três primeiros meses, a paciente deve continuar a usar outra forma de contracepção. Após este período, é realizado exame de imagem da pelve e, confirmada a oclusão, não é mais necessário o uso de outro método contraceptivo.

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