A
síndrome da bexiga dolorosa atinge 5 vezes mais mulheres do que homens e
é mais comum a partir dos 40 anos. Saiba mais sobre a doença.
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síndrome da bexiga dolorosa atinge 5 vezes mais mulheres do que homens e
é mais comum a partir dos 40 anos. Saiba mais sobre a doença.
Thinkstock
Correr
várias vezes por dia (e por noite!) para o banheiro com uma vontade
urgente e repentina de fazer xixi. Sentir dor na bexiga, principalmente
quando está cheia, e ardor na hora de urinar. Reconhece essa rotina?
Então você pode ter a chamada síndrome da bexiga dolorosa, ou cistite
intersticial.
“Não se sabe ao certo o que leva ao desenvolvimento dessa condição,
mas ela pode ser desencadeada por infecção urinária, procedimentos
cirúrgicos da vagina ou bexiga, ou após trauma, como queda sobre o
cóccix”, diz o ginecologista Antonio Paulo Stockler, do Hospital
Universitário Antônio Pedro, no Rio de Janeiro.Se os sintomas persistirem por 6 semanas ou mais, é bom procurar um médico, que vai pedir exames para confirmar o diagnóstico e descartar a possibilidade de uma cistite infecciosa (que, ao contrário da intersticial, apresenta uma infecção).
É verdade que o estresse pode piorar o quadro?
Sim. Os sintomas podem ser agravados pelo estresse, depressão e ansiedade, embora não se saiba exatamente o motivo. Além disso, algumas atividades do dia a dia também podem piorá-la: ter relações sexuais, ficar muito tempo sentada, ingerir alimentos apimentados e algumas bebidas, como refrigerantes, vinho e café.
Como a síndrome afeta o meu dia a dia?
Por ser dolorosa e exigir muitas idas ao banheiro, uma das consequências mais comuns é prejudicar a produtividade no trabalho. Além disso, também pode limitar a vida social (quem é que quer ir para uma festa sabendo que terá que passar boa parte dela dentro do banheiro?) e atrapalhar o sono, já que a síndrome não dá trégua nem à noite. Por fim, ela também pode causar problemas na vida sexual, pois transar torna-se dolorido.
Tem cura?
Não. “O que há é o controle e a diminuição dos sintomas”, diz o nefrologista Virgílio G. Pereira Jr., do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. É comum associar o uso de remédios, como anti-histamínicos, a outros tipos de tratamentos, como a psicoterapia.
O que posso fazer para aliviar ou evitar os sintomas?
* “Evite bebidas e alimentos que aumentam a acidez da urina, como café (e outros líquidos à base de cafeína), refrigerantes, álcool e condimentos, especialmente os apimentados”, explica o médico Carlos Bezerra, chefe do Departamento de Urologia Feminina da Sociedade Brasileira de Urologia, no Rio de Janeiro.
* Técnicas de relaxamento ajudam, e muito. Não só elas mandam o estresse e a ansiedade para longe como também relaxam a musculatura, inclusive da região do períneo. Experimente meditação, massagem ou biofeedback.
* Beba bastante água - cerca de 1,5l litro por dia. Caso esteja em uma crise, no entanto, diminua esse volume, para reduzir a vontade de ir ao banheiro.
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