2.04.2015

Pai de piloto jordano queimado pede que Estado Islâmico seja «esmagado»

Pai de piloto jordano queimado pede que Estado Islâmico seja «esmagado»

O pai de Moaz Kasasbeh, o piloto jordano assassinado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI), Safi Kasasbeh, exigiu hoje que o governo do seu país e a coligação internacional, que realiza ataques sobre posições dos radicais, «esmaguem» a organização terrorista.

«Peço ao Estado (jordano) e à coligação internacional que acabem com este grupo criminoso que não tem nada a ver nem com a humanidade, nem com o islão», disse Kasasbeh em entrevista à Al Jazeera.
 
 
Acrescentou que recebeu promessas do Estado jordano que «o sangue de Muaz não terá sido derramado em vão» e disse que a vingança pelo seu filho representa uma «vingança para a pátria».
Safi Kasasbeh classificou o piloto assassinado como «mártir» e «filho de todos os jordanos e as jordanas», e mostrou-se insatisfeito esta manhã com a execução de dois terroristas iraquianos condenados à morte na Jordânia, Sayida al Rishawi e Ziad al Karbuli, frisando que o acto de resposta do seu país é «simplório» em comparação com o sangue do seu filho.
O EI publicou terça-feira um vídeo na Internet em que mostrava como Kasasbeh foi queimado vivo. O exército jordano afirmou que o piloto morreu a dia 3 de Janeiro.
O refém jordano foi capturado pelo EI na Síria a 24 de Dezembro, depois de o seu avião cair na província de Al Raqqah, reduto dos radicais, quando participava numa operação da coligação internacional contra os jihadistas na zona.
O EI pediu a libertação de Al Rishawy como condição para manter Moaz Kasasbeh com vida e o jornalista japonês Kenji Goto, também entretanto assassinado.
Embora a Jordânia se tenha mostrado disposta a libertar a terrorista, as negociações não evoluíram, já que o EI nunca apresentou uma prova de vida do piloto, como o governo de Amã pedia.

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