3.21.2016

Chico Buarque desautoriza uso de suas letras em musical que criticou o governo

Durante apresentação musical em um teatro em  BH, os cidadãos da plateia  ficaram revoltados  com palavras de baixo calão proferidas pelo ator e diretor da peça  Claudio Botelho  contra Dilma e Lula.  Chico Buarque acertadamente, desautorizou o uso de suas músicas nesse espetáculo.

Atores durante ensaio do musical "Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos", em São Paulo (SP)
Atores durante ensaio do musical "Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos", em São Paulo (SP)(Daniel Marenco/Folhapress)
Na tarde deste domingo, 20, Chico Buarque de Hollanda, cantor e desautorizou o uso de suas canções num musical após denegrir  com  versos de improviso a imagem da  presidenta Dilma Rousseff e o ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva  a plateia reagiu com o tradicional "NAO VAI TER GOLPE"
O espetáculo Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos foi interrompido por gritos de "Não vai ter golpe"  O  público não aceitou a agressão do ator e diretor Claudio Botelho contra a presidenta Dilma e o ex-presidente Lula.,  O espetáculo acabou interrompido antes do fim.
O musical é uma história sobre um grupo de atores mambembes que, de cidade em cidade, vivem diversas histórias embaladas por canções de Buarque.
As ofensas e agressões se deram no momento  a que ele se refere  quando o seu personagem, dono de uma companhia de teatro itinerante, chega a uma cidade e não avista ninguém na praça. No texto original, ele diz: "Onde estão as pessoas dessa vila? Assistindo novela?". Em seguida, vem o momento do improviso. Na apresentação de sábado em BH, Botelho acrescentou: "Ou será que estão assistindo à prisão de um ex-presidente? Ou de uma presidente ladra que vem sendo vítima de impeachment (golpe)?"
Nesse instante, ouviram-se vaias. "Depois  essas vaias foram aumentando e todo teatro estava vaiando,  e gritando  'Não vai ter golpe'.
Botelho enfrentou outro problema com a divulgação de uma gravação da conversa que ele teve com uma das atrizes do espetáculo, Soraya Ravenle, no camarim. Ela tenta acalmar o ator, argumentando que considerava um erro o acontecido, especialmente por causa da forte comoção que a política vem provocando no país nas últimas semanas.
Ao responder à atriz, Botelho diz: "O artista no palco é um rei. Não pode ser interrompido por um nego, por um filho da p... da plateia". Diversos sites, porém, divulgam que o ator teria falado "negro", o que também gerou uma série de acusações racistas na internet. "Eu falei 'nego', que é uma gíria muito usada no Rio quando se quer falar 'cara', ou seja, sobre alguém indeterminado.
As reações fizeram  Chico Buarque a não mais liberar os direitos de sua música para os espetáculos de Botelho e sua empresa...

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