O Diretório Nacional do PMDB faz reunião dia 29 para decidir sobre o desembarque do governo Dilma
Brasília - Preocupado
em não obter os 172 votos necessários para derrubar o impeachment da
presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva decidiu centrar forças no Senado. A estratégia é
tentar barrar a continuidade do processo entre os senadores.
Aliados do Palácio do Planalto ficaram ficaram entusiasmados ontem as declarações do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que se reuniu com Lula e o senador José Sarney (PMDB-AP). Após o encontro, Renan afirmou que, sem a caracterização de crime de responsabilidade, o “nome, sinceramente, não é impeachment”.
“Quando não há caracterização do crime de responsabilidade, não é impeachment. O nome deve ser outro”, disse Renan. Questionado se poderia ser chamado de “golpe”, como os petistas tem classificado o processo, o peemedebista não respondeu.
A oposição não acredita que o governo terá forças para barrar o impeachment no Senado. Para o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), é “quase impossível” que o Senado impeça a continuidade do processo. “O que se percebe é que a posição do PMDB avança mais rápido que a do presidente do Senado”, disse o tucano.
Os tucanos apostam na divisão do PMDB em relação ao impeachment. Reconduzido reconduzido ao comando do partido, Michel Temer tem mantido conversas com líderes da oposição. O Diretório Nacional do PMDB se reúne no próximo dia 29 para definir a manutenção da aliança com o governo Dilma. Com sete ministério, o PMDB deve desembarcar do governo.
Ontem, o líder do PMDB na Câmara, deputado Leonardo Picciani (RJ), defendeu que a reunião do diretório nacional para definir o a posição da legenda em relação ao governo Dilma seja adiada para o dia 12 de abril. A expectativa é que o impeachment de Dilma na Comissão Especial seja votado até o dia 11. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), estuda fazer a votação no plenário no dia 17, um domingo. Se aprovado na Câmara, o processo segue para o Senado, que dará o aval ou não para continuidade das investigações e o afastamento de Dilma.
Dilma lança campanha da legalidade
Com um duro discurso e avisando que jamais renunciará, a presidente Dilma lançou ontem uma espécie de “campanha da legalidade” para evitar seu afastamento da presidência. O pronunciamento foi feito no Palácio do Planalto, após encontro com juristas que foram a Brasília manifestar apoio à petista e rechaçar tentativas de interrupção do atual mandato
“Eu preferia não viver esse momento, mas me sobra energia e disposição para unir a sociedade em torno de uma campanha pela legalidade", afirmou Dilma. “Não cabem meias palavras: o que está em curso é um golpe contra a democracia”.
“Tenho certeza que não vai ter golpe”, discursou Dilma, em referência ao processo de impeachment.
Michel Temer encontra Aécio Neves
O vice-presidente da República, Michel Temer, encontrou ontem com i presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG). Os dois analisaram a crise política e fizeram conjunturas sobre uma futura aliança em caso de queda da presidente Dilma. “Tivemos uma longa conversa republicana em que avaliamos os cenários que estão a nossa frente”, contou Aécio. “É muito natural que os presidentes dos dois maiores partidos do país conversem num momento como esse”. Segundo o senador, Temer está “muito sereno e consciente do seu papel nesse instante".
Juristas dão apoio à Dilma
O encontro de juristas com a presidente Dilma, ontem no Planalto, foi mais do que um ato contra o impeachment. Advogados, estudantes, magistrados e governadores protestaram contra as ações do juiz Sérgio Moro e condenaram a divulgação dos diálogos telefônicos entre Lula e autoridades do país, entre elas a presidente Dilma.
Moro chegou a ser chamado de “juiz do principado de Curitiba” pelo criminalista Alberto Toron. “O que nós vemos é o próprio juiz do processo dando a público coisas que deveriam por força de lei ser mantidas em sigilo. Quando um juiz faz isso nós temos uma franca impunidade”, disse Toron, sobre a divulgação dos áudios por Moro.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), disse que há um crescimento “dramático” de “posições de classe fascista no País”. Sob aplausos, ele comparou as forças armadas que atuaram no golpe de 1964 à ação de juízes hoje. “Ontem, as forças armadas, hoje a toga”, analisou.
Aliados do Palácio do Planalto ficaram ficaram entusiasmados ontem as declarações do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que se reuniu com Lula e o senador José Sarney (PMDB-AP). Após o encontro, Renan afirmou que, sem a caracterização de crime de responsabilidade, o “nome, sinceramente, não é impeachment”.
“Quando não há caracterização do crime de responsabilidade, não é impeachment. O nome deve ser outro”, disse Renan. Questionado se poderia ser chamado de “golpe”, como os petistas tem classificado o processo, o peemedebista não respondeu.
Na avaliação de senadores do PT, se Renan mantiver
o compromisso assumido com Lula, o cronograma do processo de
impeachment no Senado poderá ser mais lento do que o imaginado
inicialmente. Para o Palácio do Planalto, o presidente do Senado é um
dos poucos peemedebistas com força para impedir o avanço do impeachment
de Dilma. Sarney também trabalha contra o afastamento de Dilma. Amigo de
Lula, Sarney não tem boas relações com o vice-presidente Michel Temer,
que assume o cargo em caso de impeachment.
Apesar de Renan
manter publicamente um discurso pró-governo, os articuladores do
Planalto são cautelosos. Motivo: em conversas reservadas com aliados,
Renan tem confidenciado que o caso de Dilma não tem “mais jeito”. A oposição não acredita que o governo terá forças para barrar o impeachment no Senado. Para o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), é “quase impossível” que o Senado impeça a continuidade do processo. “O que se percebe é que a posição do PMDB avança mais rápido que a do presidente do Senado”, disse o tucano.
Os tucanos apostam na divisão do PMDB em relação ao impeachment. Reconduzido reconduzido ao comando do partido, Michel Temer tem mantido conversas com líderes da oposição. O Diretório Nacional do PMDB se reúne no próximo dia 29 para definir a manutenção da aliança com o governo Dilma. Com sete ministério, o PMDB deve desembarcar do governo.
Ontem, o líder do PMDB na Câmara, deputado Leonardo Picciani (RJ), defendeu que a reunião do diretório nacional para definir o a posição da legenda em relação ao governo Dilma seja adiada para o dia 12 de abril. A expectativa é que o impeachment de Dilma na Comissão Especial seja votado até o dia 11. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), estuda fazer a votação no plenário no dia 17, um domingo. Se aprovado na Câmara, o processo segue para o Senado, que dará o aval ou não para continuidade das investigações e o afastamento de Dilma.
Dilma lança campanha da legalidade
Com um duro discurso e avisando que jamais renunciará, a presidente Dilma lançou ontem uma espécie de “campanha da legalidade” para evitar seu afastamento da presidência. O pronunciamento foi feito no Palácio do Planalto, após encontro com juristas que foram a Brasília manifestar apoio à petista e rechaçar tentativas de interrupção do atual mandato
“Eu preferia não viver esse momento, mas me sobra energia e disposição para unir a sociedade em torno de uma campanha pela legalidade", afirmou Dilma. “Não cabem meias palavras: o que está em curso é um golpe contra a democracia”.
A presidente relembrou seu apreço pelo
ex-governador Leonel Brizola, em uma comparação do atual momento com a
campanha conduzida pelo político gaúcho para que o então vice-presidente
João Goulart pudesse assumir o mandato presidencial em 1961, após a
renúncia de Jânio Quadros, situação que desagradava aos militares da
época.
A presidente insistiu que não cometeu nenhum crime de
responsabilidade, hipótese prevista na Constituição para que um
presidente seja afastado do cargo.“Tenho certeza que não vai ter golpe”, discursou Dilma, em referência ao processo de impeachment.
Michel Temer encontra Aécio Neves
O vice-presidente da República, Michel Temer, encontrou ontem com i presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG). Os dois analisaram a crise política e fizeram conjunturas sobre uma futura aliança em caso de queda da presidente Dilma. “Tivemos uma longa conversa republicana em que avaliamos os cenários que estão a nossa frente”, contou Aécio. “É muito natural que os presidentes dos dois maiores partidos do país conversem num momento como esse”. Segundo o senador, Temer está “muito sereno e consciente do seu papel nesse instante".
Juristas dão apoio à Dilma
O encontro de juristas com a presidente Dilma, ontem no Planalto, foi mais do que um ato contra o impeachment. Advogados, estudantes, magistrados e governadores protestaram contra as ações do juiz Sérgio Moro e condenaram a divulgação dos diálogos telefônicos entre Lula e autoridades do país, entre elas a presidente Dilma.
Moro chegou a ser chamado de “juiz do principado de Curitiba” pelo criminalista Alberto Toron. “O que nós vemos é o próprio juiz do processo dando a público coisas que deveriam por força de lei ser mantidas em sigilo. Quando um juiz faz isso nós temos uma franca impunidade”, disse Toron, sobre a divulgação dos áudios por Moro.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), disse que há um crescimento “dramático” de “posições de classe fascista no País”. Sob aplausos, ele comparou as forças armadas que atuaram no golpe de 1964 à ação de juízes hoje. “Ontem, as forças armadas, hoje a toga”, analisou.
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