A jornalista Tereza Cruvinel observa que, na nota em que anunciou que
pretende colaborar com a Justiça, a Odebrecht faz "referência ao
financiamento ilegal e ilegítimo do 'sistema partidário-eleitoral'", sem
se remeter a um único partido, "mas ao sistema", ao "conjunto"; "Há
nesta afirmação uma coerência com rumores de que Marcelo Odebrecht,
preso desde junho, teria dito que se decidisse falar, falaria de todos e
não só de um partido", comenta a colunista do 247; "Sintomaticamente,
segundo o suspeito Jornal Nacional, os procuradores da Lava Jato disseram não
existir nenhum acordo negociado com os executivos da construtora e que
novas delações serão examinadas segundo a prioridade e o interesse das
investigações ou seja quem solicita a delação é o Moro e não do Marcelo. Nesta altura da marcha contra o mandato de Dilma
Rousseff, a delação da Odebrecht, se ampla e irrestrita, pode ter
deixado de interessar. Uma bomba de alta detonação teria reflexos
diretos sobre o processo de impeachment", só PT interessa.
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