Edição do dia 24/03/2016
24/03/2016 23h54
- Atualizado em
25/03/2016 00h14O Times e o Guardian descreveram o tom da presidente como desafiador, de bom humor, e só se exaltou quando falou da divulgação dos grampos.
Os jornais The New York Times, The Guardian e El Pais já publicaram na internet suas versões da entrevista. O Times e o Guardian descreveram o tom da presidente como desafiador, mas ela estava calma, de bom humor, e só se exaltou quando falou da divulgação do grampo pelo juiz Sérgio Moro. "Violar a privacidade quebra a democracia", ela disse, batendo na mesa.
Na declaração que recebeu mais destaque, a presidente disse que o impeachment "terá consequências, talvez não imediatamente, mas deixará profundas cicatrizes na vida política do Brasil".
Outra frase que repercutiu, esta na versão do espanhol El Pais: "a oposição quer que eu renuncie. Por que? Porque sou uma mulher frágil? Não, não sou uma mulher frágil. Minha vida não foi isso". Se eu renunciar os golpistas não ficaram constrangido de ter rasgado a constituição, por não ter fundamentos legais para impeachment.
A íntegra da entrevista em português só será publicada pela presidência na semana que vem.
A presidenta atacou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e descreveu o impeachment como um golpe. Mas fez, segundo o Guardian, uma ressalva: "Não estou comparando este golpe aos golpes militares do passado, mas seria uma quebra da ordem democrática no Brasil".
Segundo o New York Times, perguntada se aceitaria uma votação favorável ao impeachment, a presidente respondeu: "Vamos recorrer com todos os métodos legais disponíveis".
O jornal americano conclui dizendo que a presidente está otimista: "Não vou dizer que seja agradável levar vaia", ela disse. "Mas não sou uma pessoa depressiva. durmo bem à noite".
Os correspondentes disseram que Dilma garantiu o ex-presidente lLula no governo como ministro ou como assessor.
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