Exame consegue identificar com precisão de mais de 80% o subtipo do câncer e em qual estágio de desenvolvimento ele se encontra
O câncer de pulmão é considerado um dos mais letais, uma vez que sua detecção é feita em estágios tardios da doença (Hemera/Thinkstock)
O câncer de pulmão possui um dos maiores índices de mortalidade entre os vários tipos de cânceres justamente porque pode se desenvolver por anos antes que os sintomas apareçam. Quando é finalmente detectado, pode ser tarde demais. Um novo exame, que usa apenas o hálito do paciente, promete mudar esse quadro.Criado pela empresa americana Metabolomx, o teste consegue identificar a doença por meio das partículas liberadas no ar exalado pelo paciente, e ainda pode diferenciar os subtipos do câncer e indicar em qual estágio ele se encontra. O estudo foi publicado no Journal of Thoracic Oncology, periódico oficial da Associação Internacional para o Estudo do Câncer do Pulmão.
Opinião do especialista
Artur Katzoncologista chefe do Serviço de Oncologia Clínica do Centro de Oncologia do Hospital Sírio Libanês
"Não existe hoje meios viáveis financeiramente para a detecção precoce em larga escala do câncer de pulmão. Então, essa pesquisa é bastante promissora e pode vir a ajudar.
Mas ainda é preciso que algumas respostas sejam respondidas: o resultado poderá ter interferência de infecções pulmonares? Quanto vai custar e como será feita a análise de cada amostra?
De acordo com os pesquisadores, esse exame pode fornecer informações complementares aos testes já existentes hoje, como a tomografia computadorizada. Isso poderá ajudar os médicos a distinguir nódulos benignos de malignos. "Nossa pesquisa demonstrou que esse exame consegue fornecer informações que podem ajudar nas decisões sobre o tratamento, como o subtipo do câncer, seu estágio e o prognóstico", diz Peter J. Mazzone, um dos autores do estudo.
Segundo o Insituto Nacional de Câncer (Inca), em 2012 haverá 27.329 novos casos de câncer de pulmão no Brasil. Ainda segundo o Inca, é o mais comum de todos os tumores malignos, e sua incidência mundial aumenta 2% por ano. Além disso, em 90% dos casos diagnosticados, está associado ao consumo de derivados de tabaco.
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