12.14.2011

Catarata e doenças oculares

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Retina e Vítreo


A Oftalmologia é uma especialidade que mais






O avanço em pesquisas e descobertas de novos tratamentos para doenças oculares.
Especificamente, os tratamentos para doenças vítreo-retinianas que até pouco tempo eram consideradas intratáveis, evoluíram consideravelmente, como podemos verificar abaixo:
1. Cirurgia vítreo-retiniana - Equipamentos modernos com novas fontes e sistemas de iluminação, instrumentos de menor calibre (25 gauge) que permitem que a cirurgia seja realizada através de incisões auto-selantes (que não necessitam de suturas), recuperação mais rápida, menor inflamação ocular e preservação da conjuntiva.
Tratamento para DMRI (degeneração macular relacionada à idade) - Principal causa de cegueira em indivíduos acima de 50 anos de idade. O tratamento, assim como a prevenção da DMRI, ainda não atingiram níveis satisfatórios. Porém a ingestão de vitamina C, beta-caroteno, vitamina E, Zinco e Cobre mostrou-se benéfica para alguns portadores de DMRI na forma exsudativa. Já a fotocoagulação a laser provou reduzir o risco de baixa de visão acentuada em pacientes portadores de MNVSR ( membrana neovascular sub-retiniana), de localização extrafoveal ou subfoveal associada à DMRI.

Lentes Intraoculares

Antigamente, a cirurgia da catarata era realizada através de uma grande incisão e não se implantava a lente intra-ocular. O paciente era obrigado a usar óculos de alto grau, que em média era 13,0 graus.

A partir da década de 80 as lentes intra-oculares se popularizaram e permitiram a substituição do cristalino por uma lente artificial. Assim atualmente, só em alguns casos os pacientes precisam usar óculos para longe e perto, tornando a cirurgia da catarata também um procedimento refrativo.
Existem vários tipos e modelos de lentes intra-oculares. As lentes mais modernas são chamadas Lentes Intraoculares PREMIUM.
Elas se dividem em:

- Lentes Monofocais asféricas: propiciam visão para longe e após a cirurgia o paciente necessita do uso de óculos.

- Lentes Difrativas: propiciam visão para longe e para perto (em 90% dos casos o paciente não necessitará do uso de óculos ou ficará menos dependente deles).

- Lentes Tóricas: Corrigem até 5.00 graus de astigmatismo corneano pré-operatório.

O que é uma lente asférica?
Quase toda córnea tem aberrações positivas. Uma pessoa jovem tem o cristalino com um formato que compensa estas aberrações da córnea e , com isso, a visão dos jovens é muito boa. Porém, com a idade, o cristalino vai se modificando e não mais corrige a aberração corneana, piorando assim a visão e a sensibilidade ao contraste.
Com o advento das lentes asféricas, restauramos a condição óptica dos olhos de quando são jovens, e a visão é muito melhor comparada com as lentes intra-oculares esféricas.
Estudos recentes comprovam que as lentes asféricas, proporcionam melhor sensibilidade ao contraste, além de melhor visão e consequentemente, melhor qualidade de vida.
Entretanto nem todos os pacientes tem a opção de escolher entre a lente monofocal e a difrativa. Os médicos  saberão indicar o tipo e modelo de lente apropriada para cada paciente, considerando as características de cada olho, averiguadas nos exames pré-operatórios.

A Termoterapia Transpupilar (TTT) é um outro tipo de fotocoagulação a laser considerada de pulso longo, que possibilita a oclusão de neovasos sem lesar a retina subjacente, porém está limitada à um pequeno subgrupo de membranas.
O bevacizumab (Avastin®), primeira droga anti-VEGF (antigiogênica) aprovado pelo FDA, tem sido utilizado para o tratamento da DMRI por via intravítrea há cerca de 1 ano e meio com resultados bastante satisfatórios.
Embora todos os tratamentos atualmente disponíveis sejam limitados em seus resultados, eles causam impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes.
2. Retinopatia diabética (RD) - A Retinopatia Diabética é o conjunto de alterações retinianas e vítreas causadas pelo diabetes. É a segunda causa de cegueira irreversível, precedida apenas pela DMRI (degeneração macular relacionada à idade). É a principal causa de cegueira entre 25 e 75 anos de idade. Na maioria dos diabéticos a cegueira pode ser prevenida se a retinopatia for detectada precocemente e o tratamento adequado for realizado. Basicamente o tratamento da retinopatia diabética é realizado através de: bom controle clínico, medicamentos, fotocoagulação a laser e cirurgia de vitrectomia.
Todo paciente diabético deve ser submetido ao exame oftalmológico periodicamente. O controle rigoroso da glicemia reduz o risco de desenvolvimento de RD em 76% dos casos. Em pacientes que já têm RD, um controle glicêmico rigoroso reduz a progressão da retinopatia em 54% dos casos.
Nos últimos anos alguns medicamentos têm se mostrado úteis para o tratamento da RD, entre eles se destacam os corticosteróides ( a triancinolona é o mais utilizado ) e os antiangiogênicos ( o mais utilizado é o Avastin® - estes têm um efeito terapêutico benéfico tanto para o edema como para a proliferação vascular da RD ). Ambos são utilizados por via intra-vítrea.
A fotocoagulação a laser impede a perda de visão em mais de 90% dos casos quando iniciada precocemente. Este tratamento está indicado para a RD proliferativa ou RD não proliferativa com edema macular significativo.
Quando a RD já está em estágio avançado, por exemplo, com hemorragia vítrea e/ou descolamento de retina, o tratamento indicado é a cirurgia de vitrectomia. A cirurgia de vitrectomia proporciona melhora da acuidade visual em 80% dos casos; em alguns pacientes ela evita a progressão da retinopatia e na presença de isquemia retiniana significativa, o prognóstico é reservado.
3- Descolamento de Retina ( DR ) – Descolamento de retina é a separação da retina sensorial do epitélio pigmentar da retina por presença de fluido subretiniano. Pode ser Regmatogênico, ou seja, causado por líquido que vem do espaço vítreo, através de rotura retiniana; ou Tracional, no qual a retina sensorial é tracionada do epitélio pigmentar por membranas vítreo-retinianas que se contraem.
As roturas retinianas podem ser tratadas antes de ocasionar o Descolamento de Retina Regmatogênico. A preferência é pelo tratamento a laser, no intuito de circundar a rotura, fechando-a.
O tratamento para o Descolamento de Retina é a cirurgia, com objetivo de fechar as roturas, posicionar a retina sensorial e aliviar trações vítreo-retinianas.

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