Um levantamento inédito mostra que duas em cada três pessoas que sofreram aneurisma cerebral fumavam regularmente.
A conta é do serviço de neurocirurgia do Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo, que analisou 250 casos. A unidade atende por ano uma média de mil pessoas com a doença. Os tabagistas, segundo o estudo, estão dez vezes mais propensos a apresentarem hemorragias cerebrais que são causados por aneurismas e também têm maior probabilidade de reincidência.
O cigarro pode destruir a proteína fibrosa e elástica, chamada de elastina, encontrada na parede dos vasos sanguíneos.
Com isso, facilita a ocorrência de um aneurisma, que surge quando há dilatação anormal de uma artéria do cérebro. Se houver o rompimento do vaso, o sangramento pode levar o paciente à morte.
O tratamento do aneurisma é feito por intervenção cirúrgica, utilizando-se uma técnica minimamente invasiva: o paciente é operado com um pequeno furo feito, geralmente, próximo à virilha.
É por essa incisão que entra o material cirúrgico que percorre os vasos do paciente, até o local exato do aneurisma, para preencher o espaço rompido. Em casos mais graves, o tratamento existe a abertura do crânio.
O aneurisma geralmente é assintomática. Os maiores podem causar dores de cabeça constantes.
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