O sexo virtual pode atrapalhar e muito um relacionamento real. Saiba mais.
Para o escritor e psicólogo Alexandre Bez, especializado em relacionamentos pela Universidade de Miami, “é preciso dosar a visita a determinados sites de conteúdo erótico, principalmente os interativos, para que as atividades sexuais reais não sejam trocadas pela adoção fantasiosa da ação virtual de ordem sexual”.
A pesquisa mostrou que a preocupação está principalmente direcionada ao público adulto jovem, sendo mais raro ocorrer essa substituição em pessoas com mais de 50 anos. O principal dado negativo levantado foi a constatação da "incapacidade da excitação perante a possibilidade de um encontro sexual real". Outro item apontado pelo estudo é que os jovens consideram “normal” essa antecipação da perda prematura da libido 30 anos antes da idade prevista.
Segundo o estudo, esse desinteresse agride a fase inicial do sexo que começa com a excitação, a ponto de levar o indivíduo a se sentir “pressionado” ao ter que sair com uma mulher “não virtual”, trocando até os relacionamentos com amantes pelo sexo virtual.
O fato é que a fantasia, aliada às horas passadas em frente à tela do computador, fornece um prazer distorcido da atitude normal sexual. Esse comportamento, além de configurar um mau hábito, está criando uma nova categoria de "Impotentes Sexuais", não relacionada às causas tradicionais como problemas de ordem física, genital ou circulatória. O portador dessa nova síndrome sente uma "aflição psicológica de dimensões imensuráveis", em função da própria destituição do prazer, causada por encontros sexuais autênticos.
A pesquisa ainda comprovou que a principal causa da perda da libido na atualidade está relacionada à super estimulação da dopamina. Com as taxas desse neurotransmissor transbordando, geradas pela continuidade excessiva da procura de conteúdos eróticos na internet, sua função principal natural, que é a de ativar a reação corporal ao prazer sexual, é desvirtuada, constituindo-se como uma atitude psicopatológica. Essa deficiência já está recebendo a nomenclatura de "Disfunção Sexual Induzida pela Pornografia Virtual".
Ainda segundo Bez “conteúdos eróticos sempre estiveram ao nosso redor, só que, com o avanço tecnológico, você pode comandá-los e usufruir deles como bem entender, formando muitas vezes um mundo irreal e enganoso totalmente ao seu dispor".
Ajuda psicológica
Essa situação pode ser controlada com ajuda psicológica específica. O tratamento buscará reverter essa condição sexual e devolverá aos poucos a real capacidade do indivíduo de se relacionar sexualmente. Assim, essa despersonalização sexual tende a regredir, permitindo que a pessoa volte ao seu mundo real sexual, devolvendo a excitação e a perda da libido que foram destruídas pela exposição contínua e extrema ao mundo virtual.
Nenhum comentário:
Postar um comentário