O frio que mata
por Antonio Carlos Prado e Laura Daudén
por Antonio Carlos Prado e Laura Daudén
Uma inclemente onda de frio embranqueceu, entristeceu e enlutou a Europa na semana passada. Até a sexta-feira 3, estimava-se que 130 pessoas haviam morrido, a maioria delas sem abrigo adequado e totalmente desprotegidas nas ruas para onde foram empurradas nos últimos meses pela crise que colocou o continente em outra hibernação – a econômica. O inverno europeu desse ano bate recorde de temperaturas negativas, abaixo dos 30 graus, e afeta e castiga todos: centenas de cidades estão isoladas pela neve e a elas já não chegam alimentos, combustíveis e medicamentos. É claro, no entanto, que o frio se faz mais fatal na pele dos desagasalhados. Em meio à impiedade da natureza e à miséria, surgem histórias de desespero como a de um siberiano que roubou uma loja e deixou-se prender na esperança de ser trancafiado em um presídio com calefação. Na sexta-feira, os prognósticos para o clima eram assustadores: frio, muito frio, mais frio ainda.
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