2.07.2012

Próteses PIP: Justiça de Madri condena médico e clínica a indenizarem paciente

Cirurgião e clínica estética terão de pagar 7.455 euros a paciente cujo implante se rompeu



PRÓTESE PIP: Mulheres de diferentes países estão indo à Justiça em busca de indenização por problemas como ruptura
Foto: AFP/Sebastien Nogier


PRÓTESE PIP: Mulheres de diferentes países estão indo à Justiça em busca de indenização por problemas como ruptura AFP/Sebastien Nogier
MADRI — A Justiça espanhola condenou em primeira instância um cirurgião plástico e uma clínica estética de Madri a pagarem 7.455 euros a título de indenização a uma paciente que teve diversos problemas após colocar próteses PIP, incluindo a ruptura de uma delas. A justificativa foi que ela não tinha sido devidamente informada sobre os riscos que corria antes de se decidir pela operação, informou a agência espanhola Efe. As agruras começaram em 2001, bem antes de as autoridades francesas começarem a investigar a empresa francesa Poly Implant Prothèse por vender próteses fora dos padrões adequados, o que só ocorreu em 2009.
Em 20 de abril de 2001, a espanhola, que entrou na Justiça com a ajuda da Associação de Defesa do Paciente, tinha 34 anos e se submeteu a uma cirurgia estética, na qual implantou próteses PIP. Seis meses depois, devido ao mal resultado da intervenção, voltou ao mesmo cirurgião, que fez retoques e aumentou o tamanho das próteses, também usando implantes PIP.
Sete anos mais tarde, em março de 2008, a paciente percorreu vários centros médicos devido a problemas em suas mamas, realizando diferentes exames que indicaram haver uma ruptura na prótese direita. Dois meses depois, a mulher passou por nova operação, desta vez com outro cirurgião, que substituiu os implantes PIP por outros.
A sentença considera “razoável” condenar o cirurgião plástico e a clínica onde foram feitas as intervenções com próteses PIP a devolver à paciente a quantia que ela gastou em nova intervenção, “como consequência da ruptura do implante mamário direito, risco sobre o qual não consta que ela tenha sido informada”.

O Globo

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