Governo americano investiga uso de armas químicas na Síria por conta própria
Pelo menos 1,3 mil pessoas morreram em um ataque com armas químicas feito pelo Exército nos arredores de Damasco
"O presidente pediu à comunidade de
inteligência que reúna urgentemente mais informações para verificar os
relatórios de um ataque químico na Síria", disse o porta-voz do
Departamento de Estado de EUA, Jen Psaki. A Coalizão Nacional Síria
(CNFROS) denunciou nesta quarta-feira que pelo menos 1.300 pessoas
morreram em um ataque com armas químicas feito pelo Exército nos
arredores da capital, acusações imediatamente negadas pelo regime de
Bashar al Assad. "Se os relatórios estiverem certos, estaríamos diante
de uma escalada degradante e flagrante de armas químicas pelo regime",
acrescentou Psaki.
Ao mesmo tempo, os EUA continuam pedindo que a equipe da ONU, que já está na Síria, possa investigar a nova denúncia, ideia que não foi aprovada na reunião de urgência realizada quarta-feira sobre o assunto no Conselho de Segurança do organismo. "(A equipe da ONU) é um veículo importante, por já estar na região", indicou a porta-voz, e lembrou que os Estados Unidos e outros 36 países enviaram uma carta ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pedindo essa investigação.
O secretário de Estado de EUA, John Kerry, ligou hoje para vários líderes mundiais para analisar a crise na Síria, entre eles Ban e o responsável das Relações Exteriores da União Europeia (UE), Catherine Ashton. Kerry também falou com o ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, que pediu uma resposta contundente à denúncia, assim como com os chefes diplomáticos da Turquia e do Catar e com o presidente da CNFROS, Ahmed Yarba. "(Kerry) reiterou a todos o compromisso dos Estados Unidos em chegar até a verdade dos fatos", afirmou Psaki.
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