Ação visa a cumprir 26 mandados de prisão e 76 de busca e apreensão
Até as 9h desta quarta-feira, 16 pessoas haviam sido encontradas
Gustavo Goulart
Giulliane Viêgas
RIO - Um tenente-coronel da Polícia Militar, além de outros PMs,
ex-policiais e agentes penitenciários são alguns dos alvos da operação
Perigo Selvagem desencadeada, na manhã desta quarta-feira, pelo Grupo de
Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério
Público, e pela própria Polícia Militar. Até as 9h, quatro PMs, quatro
ex-PMs, dois agentes penitenciários e outras seis pessoas haviam sido
encontrados. Os 16 presos são acusados de fazer parte do esquema de
segurança do contraventor Fernando Iggnácio. A ação visa a cumprir 26
mandados de prisão e 76 de busca e apreensão para desarticular uma
quadrilha envolvida na exploração de máquinas caça-níqueis.
A ação tem a participação de aproximadamente 400 homens do Ministério Público e da Polícia Militar, com o apoio de cerca de 100 veículos e de dois helicópteros.
Quatro carros do Batalhão de Choque (BPCHq) da Polícia Militar estão em frente ao prédio de Iggnácio, na Avenida Prefeito Mendes de Moraes, bem em frente à Praia de São Conrado, na Zona Sul do Rio. Um helicóptero sobrevoa o local. Com alicates, picaretas e marretas, cinco PMs entraram no edifício de luxo.
Entre os presos estão um policial do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), um do Batalhão de Policiamento de Vias Especiais (BPVE), um do 18º BPM (Jacarepaguá) e outro do 39º BPM (Belford Roxo). Uma quantidade ainda não revelada de produtos da quadrilha foi apreendida. Os presos e os material apreendido estão sendo levados para o Quartel-General da Polícia Militar, no Centro do Rio.
As denúncias são relativas a crimes de formação de quadrilha armada e corrupção ativa e passiva. Os acusados, de acordo com a denúncia feita à Justiça, atuavam em Bangu, Realengo, Marechal Hermes e Campo Grande, além de outros bairros da Zona Oeste do Rio. A acusação aponta que a quadrilha utilizava as instalações da empresa Ivegê, em Bangu, de propriedade de Fernando Iggnácio, como quartel-general.
Em entrevista à Rádio CBN, o promotor Décio Alonso, que está à frente da operação, disse que os PMs, ex-PMs e o agente penitenciário são o braço armado da quadrilha chefiada por Iggnácio. Eles faziam a segurança da empresa do contraventor, chamado por Décio de "capo do jogo do bicho".
- Eles são considerados o braço armado dessa associação criminosa. Eram alocados em pontos sensíveis, como depósitos, e na fortaleza de Bangu e faziam a proteção dos arrecadadores - disse o promotor.
Segundo Décio, em casos de arrecadações frustradas - se a pessoa não pagava o previsto pela exploração dos caça-níqueis - os policiais faziam coação. Os devedores eram amarrados e levados à presença de um dos agentes:
- A dívida era, então, renegociada. Havia a emissão de notas promissórias.
De acordo com o promotor, a quadrilha não tem ligações com traficantes de drogas nem com milicianos. Décio destacou, ainda, que a própria PM participa da operação.
- A corporação está cortando na própria carne - disse ele.
A ação tem a participação de aproximadamente 400 homens do Ministério Público e da Polícia Militar, com o apoio de cerca de 100 veículos e de dois helicópteros.
Quatro carros do Batalhão de Choque (BPCHq) da Polícia Militar estão em frente ao prédio de Iggnácio, na Avenida Prefeito Mendes de Moraes, bem em frente à Praia de São Conrado, na Zona Sul do Rio. Um helicóptero sobrevoa o local. Com alicates, picaretas e marretas, cinco PMs entraram no edifício de luxo.
Entre os presos estão um policial do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), um do Batalhão de Policiamento de Vias Especiais (BPVE), um do 18º BPM (Jacarepaguá) e outro do 39º BPM (Belford Roxo). Uma quantidade ainda não revelada de produtos da quadrilha foi apreendida. Os presos e os material apreendido estão sendo levados para o Quartel-General da Polícia Militar, no Centro do Rio.
As denúncias são relativas a crimes de formação de quadrilha armada e corrupção ativa e passiva. Os acusados, de acordo com a denúncia feita à Justiça, atuavam em Bangu, Realengo, Marechal Hermes e Campo Grande, além de outros bairros da Zona Oeste do Rio. A acusação aponta que a quadrilha utilizava as instalações da empresa Ivegê, em Bangu, de propriedade de Fernando Iggnácio, como quartel-general.
Em entrevista à Rádio CBN, o promotor Décio Alonso, que está à frente da operação, disse que os PMs, ex-PMs e o agente penitenciário são o braço armado da quadrilha chefiada por Iggnácio. Eles faziam a segurança da empresa do contraventor, chamado por Décio de "capo do jogo do bicho".
- Eles são considerados o braço armado dessa associação criminosa. Eram alocados em pontos sensíveis, como depósitos, e na fortaleza de Bangu e faziam a proteção dos arrecadadores - disse o promotor.
Segundo Décio, em casos de arrecadações frustradas - se a pessoa não pagava o previsto pela exploração dos caça-níqueis - os policiais faziam coação. Os devedores eram amarrados e levados à presença de um dos agentes:
- A dívida era, então, renegociada. Havia a emissão de notas promissórias.
De acordo com o promotor, a quadrilha não tem ligações com traficantes de drogas nem com milicianos. Décio destacou, ainda, que a própria PM participa da operação.
- A corporação está cortando na própria carne - disse ele.
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