Mais Médicos é visto como boa oportunidade por profissionais experientes e recém-formados
Inscrita no programa Mais Médicos, a pediatra Beatriz Thomé atuou em
São Paulo, nos Estados Unidos e em vários países da África,
especializando-se no controle do vírus HIV. Já o médico recém-formado
Rafael Araújo, que também aderiu à iniciativa, sempre trabalhou no
estado do Rio de Janeiro e planeja fazer uma especialização. Com níveis
diferentes de experiência, os dois têm em comum o fato de considerarem o
programa do governo federal uma boa oportunidade de trabalho.
Beatriz viu no Mais Médicos uma opção interessante de reingresso no mercado de trabalho do país. Há seis meses no Brasil, ela passou os últimos oito anos como pesquisadora na organização International Center for AIDS Care and Treatment Programs, vinculada à Universidade de Columbia, em Nova York (EUA). Durante esse período, atuava como consultora técnica para tratamento de crianças com HIV em Moçambique e dividia o tempo entre as cidades de Maputo, Madeira e Nova York.
No momento, trabalha à distância para a universidade norte-americana, enquanto espera o início das atividades no âmbito do Mais Médico. “Estou curiosa pra conhecer o programa por dentro”, diz a médica, que é especialista em saúde pública.
Beatriz vai atuar no município de São Paulo, onde nasceu e se formou. Ela saiu do Brasil assim que terminou a residência e conta que sempre quis trabalhar no Sistema Único de Saúde (SUS). Para a pediatra, a humanização do atendimento é fundamental. “O médico tem que se aproximar do paciente, escutar. Esse é um dos pilares do SUS”.
O generalista Rafael Araújo concorda. “É preciso olhar o paciente não como doente, mas como pessoa”, afirma. Formado há dois anos, Araújo considera que o trabalho no Mais Médicos é uma boa chance de profissionais jovens como ele terem um bom emprego.
O médico vai atuar no Rio de Janeiro, município onde mora atualmente. “Mas, se precisarem de mim em outro lugar do estado, não vejo problema nenhum em ir. O Brasil precisa de atendimento para a população carente, não só para os que têm planos privados”, ressalta. Araújo está em dúvida sobre qual especialização fazer e acredita que passar um tempo no programa vai ajudá-lo a se decidir.
Seleção
O primeiro mês de seleção do Programa Mais Médicos teve a adesão de 1.618 profissionais, que vão trabalhar em 579 municípios e 18 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Esse grupo contempla 1.096 médicos que já atuam no Brasil, 358 estrangeiros e 164 brasileiros graduados no exterior. Os profissionais vão atender cerca de 6,5 milhões de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). A maioria (67,3%) das regiões onde os médicos vão trabalhar, sejam brasileiros ou estrangeiros, está em áreas de extrema pobreza e distritos de saúde indígena. Os outros (32,7%) vão atuar em periferias de capitais e regiões metropolitanas.
Beatriz viu no Mais Médicos uma opção interessante de reingresso no mercado de trabalho do país. Há seis meses no Brasil, ela passou os últimos oito anos como pesquisadora na organização International Center for AIDS Care and Treatment Programs, vinculada à Universidade de Columbia, em Nova York (EUA). Durante esse período, atuava como consultora técnica para tratamento de crianças com HIV em Moçambique e dividia o tempo entre as cidades de Maputo, Madeira e Nova York.
No momento, trabalha à distância para a universidade norte-americana, enquanto espera o início das atividades no âmbito do Mais Médico. “Estou curiosa pra conhecer o programa por dentro”, diz a médica, que é especialista em saúde pública.
Beatriz vai atuar no município de São Paulo, onde nasceu e se formou. Ela saiu do Brasil assim que terminou a residência e conta que sempre quis trabalhar no Sistema Único de Saúde (SUS). Para a pediatra, a humanização do atendimento é fundamental. “O médico tem que se aproximar do paciente, escutar. Esse é um dos pilares do SUS”.
O generalista Rafael Araújo concorda. “É preciso olhar o paciente não como doente, mas como pessoa”, afirma. Formado há dois anos, Araújo considera que o trabalho no Mais Médicos é uma boa chance de profissionais jovens como ele terem um bom emprego.
O médico vai atuar no Rio de Janeiro, município onde mora atualmente. “Mas, se precisarem de mim em outro lugar do estado, não vejo problema nenhum em ir. O Brasil precisa de atendimento para a população carente, não só para os que têm planos privados”, ressalta. Araújo está em dúvida sobre qual especialização fazer e acredita que passar um tempo no programa vai ajudá-lo a se decidir.
Seleção
O primeiro mês de seleção do Programa Mais Médicos teve a adesão de 1.618 profissionais, que vão trabalhar em 579 municípios e 18 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Esse grupo contempla 1.096 médicos que já atuam no Brasil, 358 estrangeiros e 164 brasileiros graduados no exterior. Os profissionais vão atender cerca de 6,5 milhões de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). A maioria (67,3%) das regiões onde os médicos vão trabalhar, sejam brasileiros ou estrangeiros, está em áreas de extrema pobreza e distritos de saúde indígena. Os outros (32,7%) vão atuar em periferias de capitais e regiões metropolitanas.
Profissionais se inscrevem no Mais Médicos para atender índios e quilombolas
O programa Mais Médicos, do governo federal,
contou com a adesão de profissionais com vontade de conhecer diferentes
culturas, ter novas experiências de trabalho e oferecer um melhor
atendimento aos pacientes.
É o caso da sanitarista Marta Damasco, de 50 anos. Nascida no Rio de Janeiro e moradora de Brasília, ela decidiu participar da iniciativa para atender a população do município de Cavalcante, no interior de Goiás, e, ao mesmo tempo, realizar uma pesquisa em antropologia médica sobre as comunidades quilombolas da região. “Além de poder ajudar a população do município, pretendo estudar os hábitos de vida e hábitos alimentares dos quilombolas. Acho que tenho muito a contribuir”, afirma.
A médica, que já trabalhou na periferia do Rio de Janeiro – Complexo da Maré e Morro do Borel – acredita que a humanização do atendimento é fundamental. “A população precisa de tecnologia, medicamentos, hospitais. Mas a tecnologia social é também muito importante, além de mais barata. Ao se aproximar das pessoas, conhecer os hábitos de vida delas, você pode ajudar muito mais”, diz.
O desejo de melhorar a saúde da população é compartilhado pelo médico Elton dos Santos. Ele optou por trabalhar no Distrito Sanitário Especial Indígena Médio Rio Purus, que fica em Labrea, no interior do Amazonas, próximo à divisa com Acre e Rondônia. Segundo o médico, a expectativa para início do trabalho é muito boa. “Acredito que vamos melhorar o atendimento. Os indígenas merecem”, afirma. No distrito, a etnia predominante é a Apurinã, com pouco mais da metade da população total.
Mas Santos já atendeu integrantes de diversas tribos indígenas. Especialista em saúde da família e psiquiatria, ele conta que entrou no programa para melhorar as condições de vida dos índios – mesmo motivo que o levou, 15 anos atrás, a sair de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, para trabalhar em municípios do interior amazonense, como Humaitá e Tapauá.
Homologação
A primeira etapa de seleção do programa Mais Médicos teve a adesão de 1.618 profissionais, que vão trabalhar em 579 municípios e 18 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Nesse grupo, há 1.096 médicos que já atuam no Brasil, 358 estrangeiros e 164 brasileiros graduados no exterior. Os profissionais vão atender cerca de 6,5 milhões de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). A maior parte (67,3%) das regiões onde os médicos vão trabalhar está em áreas de extrema pobreza e distritos de saúde indígena. Os demais (32,7%) irão atuar em periferias de capitais e regiões metropolitanas.
É o caso da sanitarista Marta Damasco, de 50 anos. Nascida no Rio de Janeiro e moradora de Brasília, ela decidiu participar da iniciativa para atender a população do município de Cavalcante, no interior de Goiás, e, ao mesmo tempo, realizar uma pesquisa em antropologia médica sobre as comunidades quilombolas da região. “Além de poder ajudar a população do município, pretendo estudar os hábitos de vida e hábitos alimentares dos quilombolas. Acho que tenho muito a contribuir”, afirma.
A médica, que já trabalhou na periferia do Rio de Janeiro – Complexo da Maré e Morro do Borel – acredita que a humanização do atendimento é fundamental. “A população precisa de tecnologia, medicamentos, hospitais. Mas a tecnologia social é também muito importante, além de mais barata. Ao se aproximar das pessoas, conhecer os hábitos de vida delas, você pode ajudar muito mais”, diz.
O desejo de melhorar a saúde da população é compartilhado pelo médico Elton dos Santos. Ele optou por trabalhar no Distrito Sanitário Especial Indígena Médio Rio Purus, que fica em Labrea, no interior do Amazonas, próximo à divisa com Acre e Rondônia. Segundo o médico, a expectativa para início do trabalho é muito boa. “Acredito que vamos melhorar o atendimento. Os indígenas merecem”, afirma. No distrito, a etnia predominante é a Apurinã, com pouco mais da metade da população total.
Mas Santos já atendeu integrantes de diversas tribos indígenas. Especialista em saúde da família e psiquiatria, ele conta que entrou no programa para melhorar as condições de vida dos índios – mesmo motivo que o levou, 15 anos atrás, a sair de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, para trabalhar em municípios do interior amazonense, como Humaitá e Tapauá.
Homologação
A primeira etapa de seleção do programa Mais Médicos teve a adesão de 1.618 profissionais, que vão trabalhar em 579 municípios e 18 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Nesse grupo, há 1.096 médicos que já atuam no Brasil, 358 estrangeiros e 164 brasileiros graduados no exterior. Os profissionais vão atender cerca de 6,5 milhões de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). A maior parte (67,3%) das regiões onde os médicos vão trabalhar está em áreas de extrema pobreza e distritos de saúde indígena. Os demais (32,7%) irão atuar em periferias de capitais e regiões metropolitanas.
Ministério da Saúde amplia recursos para o SAMU em todo o país
Os investimentos na melhoria da infraestrutura
do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) foram ampliados
em todo o país. O Ministério da Saúde dobrou os valores repassados aos
municípios para ampliação e construção de Centrais de Regulação das
Urgências, estabelecimentos responsáveis por organizar os serviços
prestados pelas unidades móveis, por meio das chamadas telefônicas
recebidas pelo 192.
Atualmente, o SAMU conta com 181 Centrais de Regulação, presentes em 2.538 municípios. Os novos valores para construção e melhoria dessas unidades variam conforme o tamanho da população. Nos municípios com mais de três milhões de habitantes, o recurso passou de R$ 175 mil para R$ 440 mil. No caso das cidades com população entre 350.001 e três milhões, a verba foi de R$ 150 mil para R$ 350 mil. Já as que abrigam menos de 350 mil moradores, o investimento subiu de R$ 100 mil para R$ 216 mil.
Além disso, os estados e municípios com unidades já habilitadas terão um incremento de 19% para manutenção do serviço, passando de R$ 744 milhões para R$ 884,2 milhões por ano. Atualmente, o Brasil possui 2.772 ambulâncias habilitadas, 197 motos, oito embarcações e cinco equipes de Aeromédicos.
Como e quando chamar
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) realiza o atendimento de urgência e emergência em qualquer lugar: residências, locais de trabalho e vias públicas.
O socorro começa com a chamada gratuita, feita para o telefone 192. A ligação é atendida por técnicos que identificam a emergência e transferem o telefonema para um médico, que faz o diagnóstico da situação e inicia o atendimento no mesmo instante, orientando o paciente, ou a pessoa que fez a chamada, sobre as primeiras ações.
De acordo com a situação do paciente, o médico pode orientar a pessoa a procurar um posto de saúde, enviar ao local uma ambulância com auxiliar de enfermagem e socorrista ou uma UTI móvel, com médico e enfermeiro. Ao mesmo tempo ele avisa sobre a emergência ao hospital público mais próximo para que a rapidez do tratamento tenha continuidade.
O serviço funciona 24 horas por dia com equipes de médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e socorristas, que atendem as ocorrências de natureza traumática, clínica, pediátrica, cirúrgica, gineco-obstétrica e de saúde mental da população. Confira infográfico.
Em todo o país, 137 milhões de pessoas são beneficiados pelo SAMU, o que representa 70% da população brasileira. Nesses municípios, assim como em vários outros espalhados pelo Brasil, há relatos de como o SAMU ajuda a salvar vidas e reduzir o sofrimento dos pacientes. Confira essas histórias abaixo e saiba como e quando acionar o SAMU.
NORDESTE
“Foram anjos na minha vida”, diz jovem atendida pelo SAMU em João Pessoa
Há dois anos, um motorista embriagado tirou a vida da amiga e do namorado da recepcionista Vanessa Adelino de Oliveira, 19 anos. O carro que a jovem dividia com outras três pessoas cruzava uma avenida em João Pessoa, Paraíba, quando o condutor de outro automóvel ultrapassou o sinal vermelho e foi na direção deles. “Minha amiga ficou presa e morreu no hospital, por conta de uma hemorragia interna. Meu namorado faleceu na mesma hora. Eu fraturei a bacia e levei sete pontos na língua. Com o motorista do nosso veículo, que era o namorado da minha amiga, não aconteceu nada”, recorda.
Vanessa ficou inconsciente logo após a batida. Segundo ela, a ligação para o SAMU foi feita por um dos frentistas que trabalhavam em um posto de gasolina próximo ao local do acidente. Após ser socorrida, a jovem ficou dois dias internada no hospital e mais dois meses se recuperando. As primeiras semanas foram as mais difíceis. “Eu não conseguia andar nem sentar. Precisava ficar deitada o tempo todo. E sentia muitas dores, pra me mexer, pra respirar, tudo doía”.
Agora, a recepcionista se diz totalmente recuperada e grata por ter tido a oportunidade de conhecer todos os socorristas que a atenderam em um encontro promovido por uma emissora de TV local. “São pessoas maravilhosas. Com alguns, eu tenho contato até hoje, se tornaram meus amigos. Eu digo que eles foram anjos na minha vida”.
O SAMU de João Pessoa realiza, em média, 214 atendimentos médicos diários (por meio de envio de equipes ou por telefone). A Central de Regulação, com sede na capital paraibana, atende ligações de 59 municípios. Conforme a situação e a localidade, eles podem encaminhar um ou mais veículos (o município possui seis motolâncias, cinco UTIs móveis e sete ambulâncias de suporte básico) a partir da Central ou de uma das cinco bases descentralizadas distribuídas em vários pontos da região. O tempo médio de chegada ao local da ocorrência varia entre 27 e 50 minutos, dependendo da região.
NORTE
Para salvar vida de motorista, SAMU faz cirurgia no local do acidente
Na manhã do dia 21 de junho de 2009, o técnico de edificações Tarcísio Pontes Medeiros, 31 anos, estava a caminho de um retiro da Igreja de São Jorge, em Manaus, Amazonas. Ele dirigia uma Kombi, com dez passageiros, quando viu um motorista ultrapassar o canteiro central e colidir contra o veículo que conduzia. A batida ocorreu em frente a um quartel do Exército. Os militares, imediatamente, ligaram para o SAMU.
Quando a equipe de socorristas chegou, Medeiros estava com a perna presa nas ferragens do veículo. “A impressão que eu tenho é que eles vieram rápido. Deve ter demorado uns quatro ou cinco minutos”, relembra o técnico de edificações. No entanto, mesmo com a velocidade da chegada, o trabalho de remoção era complicado. Para livrar Medeiros das ferragens e evitar um risco de morte iminente, a equipe do SAMU precisou realizar uma cirurgia na perna dele, no local da batida.
Hoje, quatro anos após o acidente, o técnico de edificações agradece aos socorristas por terem salvado sua vida. “Naquele momento, eles fizeram tudo o que podiam”.
A Central de Regulação do SAMU de Manaus recebe cerca de 900 ligações por dia. De acordo com informações da Secretaria de Saúde do município, nos casos em que há necessidade de deslocamento de veículos, o tempo médio de chegada é de 12 minutos. O SAMU Manaus possui nove bases terrestres e uma fluvial. A frota é composta por sete UTIs móveis, 36 ambulâncias de suporte básico e nove ambulanchas.
SUL
Família agradece atenção do SAMU com idosa
No município de Chapecó, interior de Santa Catarina, o SAMU faz, em média, 65 atendimentos diários (por meio de envio de equipes ou por telefone), com tempo médio de chegada de 35 minutos. A Central de Regulação do município recebe chamadas de 78 localidades. Para atender a essa população, Chapecó conta com 14 ambulâncias de suporte básico e três UTIs móveis. Na noite do último dia 27 de julho, a avó do mecânico Rafael Gomes, 24 anos, precisou do suporte de uma dessas unidades.
Ela era diabética e havia feito uma cirurgia para amputar um dedo do pé, a fim de evitar que uma infecção se espalhasse pelo corpo. Segundo Gomes, a operação foi bem sucedida e a idosa, de 74 anos, teve alta na manhã daquele dia. Porém, depois de chegar em casa, ela começou a se sentir mal. “Eram umas oito e meia, nove horas quase da noite, e ela não tinha conseguido urinar. Estava inchada”, conta.
A família do jovem, então, entrou em contato com o SAMU. Na ligação, eles informaram à equipe da Central Reguladora que a pressão arterial da avó estava baixa, em 8/4, e que ela precisaria colocar uma sonda para conseguir urinar. Naquele instante, o SAMU não tinha ambulância disponível e pediu uma ao Corpo de Bombeiros. De acordo com Gomes, o pedido foi rápido. “Deu nem quinze minutos eles já estavam aqui. Um médico do SAMU com a ambulância dos Bombeiros”.
Ao chegar, o médico realizou os procedimentos de urgência e a senhora foi internada e acabou falecendo. Apesar do desfecho, a família do mecânico agradeceu a forma como foi feito o atendimento. “Nós ficamos totalmente satisfeitos com o serviço do SAMU. Fomos muito bem atendidos”, diz.
CENTRO-OESTE
Servidora do SAMU aciona serviço para salvar vida da filha
No Gama, cidade-satélite do Distrito Federal, uma funcionária do próprio SAMU precisou acionar o serviço, em abril do ano passado. A servidora Luciana Lima de Jesus, 41 anos, havia se levantado de madrugada para ir ao trabalho. Já estava de uniforme, no banheiro, quase pronta para sair, quando ouviu a filha de 10 anos bater na porta. Luciana abriu e a menina praticamente desmaiou em seus braços.
Ao notar que a criança suava frio e revirava os olhos, a servidora imediatamente ligou para o SAMU. “A médica disse para eu ficar calma, que já havia mandado a ambulância para a minha casa e perguntou se eu queria continuar com ela ao telefone até que a unidade móvel chegasse. Mas eu falei que não precisava”, relata.
Após desligar o telefone, Luciana procurou manter a calma. “A equipe levou de 10 a 12 minutos para chegar. Mas, nesses momentos, cada minuto parece uma hora”. Assim que entrou na casa, a equipe deu oxigênio para a menina e a levou ao Hospital do Gama. Luciana seguiu a UTI móvel de carro. Mais tarde, o diagnóstico revelou uma pneumonia atípica. “Minha filha passou onze dias internada na pediatria do hospital com uma doença que pode matar em 24 horas”, relembra a servidora. Depois de um período recebendo soro, oxigênio e antibióticos, a criança se recuperou. “Hoje, aos 11 anos, ela corre, pula. Não teve nenhum tipo de sequela”, diz Luciana.
O SAMU do Distrito Federal realiza, em média, de 390 a 400 atendimentos por dia. Para isso, conta com uma Central de Regulação e 26 bases distribuídas pelo território. Nesses estabelecimentos há 18 motos, 30 ambulâncias de suporte básico, oito UTIs móveis, 10 bicicletas (bikelâncias) e dois carros (veículos de intervenção rápida) prontos para atendimento. Além disso, o serviço tem convênios para usar o helicóptero do Corpo de Bombeiros (com enfermeiros do SAMU e médicos dos Bombeiros) e da Polícia Rodoviária Federal (com médicos e enfermeiros do SAMU).
O tempo médio de chegada da ambulância é de 6,9 minutos, da moto é de 3,2 min e dos veículos de intervenção rápida é de 2 min. As bikelâncias funcionam na sexta-feira, sábado e domingo, com duas bases localizadas no Parque da Cidade e no Zoológico de Brasília.
SUDESTE
SAMU salva idoso vítima de AVC em São Paulo
No último dia 8 de março, o analista de produção Ivan Rocha, 47 anos, viu o pai levantar da cama completamente desorientado, tonto, sem conseguir falar nem enxergar direito. Rocha suspeitou se tratar de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e logo ligou para o SAMU do município de São Paulo. A descrição dos sintomas fez o atendente encaminhar de imediato uma ambulância para a residência do analista de produção. “Não demorou nem quinze minutos. Foi muito rápido”, avalia Rocha.
Foi a primeira vez que Dalmar, de 79 anos, teve um AVC. A equipe do SAMU fez os procedimentos de urgência ainda na casa dele. “Eles mediram alguns sinais. Tentaram fazê-lo acordar, mas ele não acordava”, lembra. Os socorristas, então, levaram o paciente para o hospital.
A maneira como foi feito o atendimento rendeu uma nova ligação de Rocha para o SAMU, desta vez para elogiar o serviço. De acordo com o morador do município paulista, passados cinco meses desde o derrame cerebral, a saúde do pai melhorou bastante. “Ele está bem. Ainda tem dificuldade de se locomover, mas já está quase andando”.
Em São Paulo, o SAMU realiza, em média, 1.200 atendimentos por dia. Os veículos (107 ambulâncias de suporte básico, 15 UTIs móveis e 38 motos) partem da Central de Regulação ou de uma das cem bases distribuídas pelo município. O tempo médio de chegada é de 10 minutos para emergências onde há casos de risco de morte iminente.
Atualmente, o SAMU conta com 181 Centrais de Regulação, presentes em 2.538 municípios. Os novos valores para construção e melhoria dessas unidades variam conforme o tamanho da população. Nos municípios com mais de três milhões de habitantes, o recurso passou de R$ 175 mil para R$ 440 mil. No caso das cidades com população entre 350.001 e três milhões, a verba foi de R$ 150 mil para R$ 350 mil. Já as que abrigam menos de 350 mil moradores, o investimento subiu de R$ 100 mil para R$ 216 mil.
Além disso, os estados e municípios com unidades já habilitadas terão um incremento de 19% para manutenção do serviço, passando de R$ 744 milhões para R$ 884,2 milhões por ano. Atualmente, o Brasil possui 2.772 ambulâncias habilitadas, 197 motos, oito embarcações e cinco equipes de Aeromédicos.
Como e quando chamar
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) realiza o atendimento de urgência e emergência em qualquer lugar: residências, locais de trabalho e vias públicas.
O socorro começa com a chamada gratuita, feita para o telefone 192. A ligação é atendida por técnicos que identificam a emergência e transferem o telefonema para um médico, que faz o diagnóstico da situação e inicia o atendimento no mesmo instante, orientando o paciente, ou a pessoa que fez a chamada, sobre as primeiras ações.
De acordo com a situação do paciente, o médico pode orientar a pessoa a procurar um posto de saúde, enviar ao local uma ambulância com auxiliar de enfermagem e socorrista ou uma UTI móvel, com médico e enfermeiro. Ao mesmo tempo ele avisa sobre a emergência ao hospital público mais próximo para que a rapidez do tratamento tenha continuidade.
O serviço funciona 24 horas por dia com equipes de médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e socorristas, que atendem as ocorrências de natureza traumática, clínica, pediátrica, cirúrgica, gineco-obstétrica e de saúde mental da população. Confira infográfico.
Em todo o país, 137 milhões de pessoas são beneficiados pelo SAMU, o que representa 70% da população brasileira. Nesses municípios, assim como em vários outros espalhados pelo Brasil, há relatos de como o SAMU ajuda a salvar vidas e reduzir o sofrimento dos pacientes. Confira essas histórias abaixo e saiba como e quando acionar o SAMU.
NORDESTE
“Foram anjos na minha vida”, diz jovem atendida pelo SAMU em João Pessoa
Há dois anos, um motorista embriagado tirou a vida da amiga e do namorado da recepcionista Vanessa Adelino de Oliveira, 19 anos. O carro que a jovem dividia com outras três pessoas cruzava uma avenida em João Pessoa, Paraíba, quando o condutor de outro automóvel ultrapassou o sinal vermelho e foi na direção deles. “Minha amiga ficou presa e morreu no hospital, por conta de uma hemorragia interna. Meu namorado faleceu na mesma hora. Eu fraturei a bacia e levei sete pontos na língua. Com o motorista do nosso veículo, que era o namorado da minha amiga, não aconteceu nada”, recorda.
Vanessa ficou inconsciente logo após a batida. Segundo ela, a ligação para o SAMU foi feita por um dos frentistas que trabalhavam em um posto de gasolina próximo ao local do acidente. Após ser socorrida, a jovem ficou dois dias internada no hospital e mais dois meses se recuperando. As primeiras semanas foram as mais difíceis. “Eu não conseguia andar nem sentar. Precisava ficar deitada o tempo todo. E sentia muitas dores, pra me mexer, pra respirar, tudo doía”.
Agora, a recepcionista se diz totalmente recuperada e grata por ter tido a oportunidade de conhecer todos os socorristas que a atenderam em um encontro promovido por uma emissora de TV local. “São pessoas maravilhosas. Com alguns, eu tenho contato até hoje, se tornaram meus amigos. Eu digo que eles foram anjos na minha vida”.
O SAMU de João Pessoa realiza, em média, 214 atendimentos médicos diários (por meio de envio de equipes ou por telefone). A Central de Regulação, com sede na capital paraibana, atende ligações de 59 municípios. Conforme a situação e a localidade, eles podem encaminhar um ou mais veículos (o município possui seis motolâncias, cinco UTIs móveis e sete ambulâncias de suporte básico) a partir da Central ou de uma das cinco bases descentralizadas distribuídas em vários pontos da região. O tempo médio de chegada ao local da ocorrência varia entre 27 e 50 minutos, dependendo da região.
NORTE
Para salvar vida de motorista, SAMU faz cirurgia no local do acidente
Na manhã do dia 21 de junho de 2009, o técnico de edificações Tarcísio Pontes Medeiros, 31 anos, estava a caminho de um retiro da Igreja de São Jorge, em Manaus, Amazonas. Ele dirigia uma Kombi, com dez passageiros, quando viu um motorista ultrapassar o canteiro central e colidir contra o veículo que conduzia. A batida ocorreu em frente a um quartel do Exército. Os militares, imediatamente, ligaram para o SAMU.
Quando a equipe de socorristas chegou, Medeiros estava com a perna presa nas ferragens do veículo. “A impressão que eu tenho é que eles vieram rápido. Deve ter demorado uns quatro ou cinco minutos”, relembra o técnico de edificações. No entanto, mesmo com a velocidade da chegada, o trabalho de remoção era complicado. Para livrar Medeiros das ferragens e evitar um risco de morte iminente, a equipe do SAMU precisou realizar uma cirurgia na perna dele, no local da batida.
Hoje, quatro anos após o acidente, o técnico de edificações agradece aos socorristas por terem salvado sua vida. “Naquele momento, eles fizeram tudo o que podiam”.
A Central de Regulação do SAMU de Manaus recebe cerca de 900 ligações por dia. De acordo com informações da Secretaria de Saúde do município, nos casos em que há necessidade de deslocamento de veículos, o tempo médio de chegada é de 12 minutos. O SAMU Manaus possui nove bases terrestres e uma fluvial. A frota é composta por sete UTIs móveis, 36 ambulâncias de suporte básico e nove ambulanchas.
SUL
Família agradece atenção do SAMU com idosa
No município de Chapecó, interior de Santa Catarina, o SAMU faz, em média, 65 atendimentos diários (por meio de envio de equipes ou por telefone), com tempo médio de chegada de 35 minutos. A Central de Regulação do município recebe chamadas de 78 localidades. Para atender a essa população, Chapecó conta com 14 ambulâncias de suporte básico e três UTIs móveis. Na noite do último dia 27 de julho, a avó do mecânico Rafael Gomes, 24 anos, precisou do suporte de uma dessas unidades.
Ela era diabética e havia feito uma cirurgia para amputar um dedo do pé, a fim de evitar que uma infecção se espalhasse pelo corpo. Segundo Gomes, a operação foi bem sucedida e a idosa, de 74 anos, teve alta na manhã daquele dia. Porém, depois de chegar em casa, ela começou a se sentir mal. “Eram umas oito e meia, nove horas quase da noite, e ela não tinha conseguido urinar. Estava inchada”, conta.
A família do jovem, então, entrou em contato com o SAMU. Na ligação, eles informaram à equipe da Central Reguladora que a pressão arterial da avó estava baixa, em 8/4, e que ela precisaria colocar uma sonda para conseguir urinar. Naquele instante, o SAMU não tinha ambulância disponível e pediu uma ao Corpo de Bombeiros. De acordo com Gomes, o pedido foi rápido. “Deu nem quinze minutos eles já estavam aqui. Um médico do SAMU com a ambulância dos Bombeiros”.
Ao chegar, o médico realizou os procedimentos de urgência e a senhora foi internada e acabou falecendo. Apesar do desfecho, a família do mecânico agradeceu a forma como foi feito o atendimento. “Nós ficamos totalmente satisfeitos com o serviço do SAMU. Fomos muito bem atendidos”, diz.
CENTRO-OESTE
Servidora do SAMU aciona serviço para salvar vida da filha
No Gama, cidade-satélite do Distrito Federal, uma funcionária do próprio SAMU precisou acionar o serviço, em abril do ano passado. A servidora Luciana Lima de Jesus, 41 anos, havia se levantado de madrugada para ir ao trabalho. Já estava de uniforme, no banheiro, quase pronta para sair, quando ouviu a filha de 10 anos bater na porta. Luciana abriu e a menina praticamente desmaiou em seus braços.
Ao notar que a criança suava frio e revirava os olhos, a servidora imediatamente ligou para o SAMU. “A médica disse para eu ficar calma, que já havia mandado a ambulância para a minha casa e perguntou se eu queria continuar com ela ao telefone até que a unidade móvel chegasse. Mas eu falei que não precisava”, relata.
Após desligar o telefone, Luciana procurou manter a calma. “A equipe levou de 10 a 12 minutos para chegar. Mas, nesses momentos, cada minuto parece uma hora”. Assim que entrou na casa, a equipe deu oxigênio para a menina e a levou ao Hospital do Gama. Luciana seguiu a UTI móvel de carro. Mais tarde, o diagnóstico revelou uma pneumonia atípica. “Minha filha passou onze dias internada na pediatria do hospital com uma doença que pode matar em 24 horas”, relembra a servidora. Depois de um período recebendo soro, oxigênio e antibióticos, a criança se recuperou. “Hoje, aos 11 anos, ela corre, pula. Não teve nenhum tipo de sequela”, diz Luciana.
O SAMU do Distrito Federal realiza, em média, de 390 a 400 atendimentos por dia. Para isso, conta com uma Central de Regulação e 26 bases distribuídas pelo território. Nesses estabelecimentos há 18 motos, 30 ambulâncias de suporte básico, oito UTIs móveis, 10 bicicletas (bikelâncias) e dois carros (veículos de intervenção rápida) prontos para atendimento. Além disso, o serviço tem convênios para usar o helicóptero do Corpo de Bombeiros (com enfermeiros do SAMU e médicos dos Bombeiros) e da Polícia Rodoviária Federal (com médicos e enfermeiros do SAMU).
O tempo médio de chegada da ambulância é de 6,9 minutos, da moto é de 3,2 min e dos veículos de intervenção rápida é de 2 min. As bikelâncias funcionam na sexta-feira, sábado e domingo, com duas bases localizadas no Parque da Cidade e no Zoológico de Brasília.
SUDESTE
SAMU salva idoso vítima de AVC em São Paulo
No último dia 8 de março, o analista de produção Ivan Rocha, 47 anos, viu o pai levantar da cama completamente desorientado, tonto, sem conseguir falar nem enxergar direito. Rocha suspeitou se tratar de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e logo ligou para o SAMU do município de São Paulo. A descrição dos sintomas fez o atendente encaminhar de imediato uma ambulância para a residência do analista de produção. “Não demorou nem quinze minutos. Foi muito rápido”, avalia Rocha.
Foi a primeira vez que Dalmar, de 79 anos, teve um AVC. A equipe do SAMU fez os procedimentos de urgência ainda na casa dele. “Eles mediram alguns sinais. Tentaram fazê-lo acordar, mas ele não acordava”, lembra. Os socorristas, então, levaram o paciente para o hospital.
A maneira como foi feito o atendimento rendeu uma nova ligação de Rocha para o SAMU, desta vez para elogiar o serviço. De acordo com o morador do município paulista, passados cinco meses desde o derrame cerebral, a saúde do pai melhorou bastante. “Ele está bem. Ainda tem dificuldade de se locomover, mas já está quase andando”.
Em São Paulo, o SAMU realiza, em média, 1.200 atendimentos por dia. Os veículos (107 ambulâncias de suporte básico, 15 UTIs móveis e 38 motos) partem da Central de Regulação ou de uma das cem bases distribuídas pelo município. O tempo médio de chegada é de 10 minutos para emergências onde há casos de risco de morte iminente.
Governo fortalece unidades de saúde para evitar filas em hospitais
Ao investir na infraestrutura dos postos de
saúde e aumentar o Piso de Atenção Básica (PAB) Fixo, o governo
fortalece o setor da rede pública que é capaz de resolver 80% dos
problemas de saúde: a atenção básica. Já o repasse de recursos para a
construção de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) contribui para
desafogar os hospitais, reduzindo o tempo de espera.
Atualmente, o Brasil é o único país do mundo com mais de 100 milhões de habitantes que possui um sistema de saúde público, universal, integral e gratuito. Garantir atendimento de qualidade para todos é um desafio que o país busca enfrentar dividindo em várias frentes a atenção às urgências. O objetivo é deixar que os hospitais realizem, fundamentalmente, os atendimentos de maior complexidade. Por isso, o governo federal tem repassado recursos para a infraestrutura de Unidades Básicas de Saúde (UBS) e UPAs.
As UBS, popularmente conhecidas como postos de saúde, são espaços onde os pacientes de todas as idades podem receber, de graça, os atendimentos médicos e odontológicos essenciais, além de ter acesso a remédios. Entre as ações desenvolvidas nessas unidades, está o atendimento pré-natal, o acompanhamento de hipertensos e diabéticos e a redução da incidência de tuberculose e hanseníase. As UBS funcionam normalmente durante o dia.
Já as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) ficam abertas 24 horas e servem como um intermediário entre os postos de saúde e os hospitais. Estão equipadas para socorrer pessoas com problemas de pressão, febre alta, fraturas, cortes e infartos, evitando que estes pacientes sejam sempre encaminhados aos prontos-socorros dos hospitais. As UPAS contam com equipamentos de raio-X, eletrocardiografia, laboratório de exames e leitos de observação – uma estrutura que as permite resolver, em média 97%, dos casos.
Além disso, as unidades trabalham de forma integrada com o SAMU. Ao ligar para o número 192, o cidadão tem acesso a uma central com profissionais de saúde que oferecem orientações de primeiros socorros e definem os cuidados adequados a cada situação. Em muitos casos, o SAMU presta o primeiro atendimento e encaminha o paciente a uma UPA.
Atualmente, o Brasil é o único país do mundo com mais de 100 milhões de habitantes que possui um sistema de saúde público, universal, integral e gratuito. Garantir atendimento de qualidade para todos é um desafio que o país busca enfrentar dividindo em várias frentes a atenção às urgências. O objetivo é deixar que os hospitais realizem, fundamentalmente, os atendimentos de maior complexidade. Por isso, o governo federal tem repassado recursos para a infraestrutura de Unidades Básicas de Saúde (UBS) e UPAs.
As UBS, popularmente conhecidas como postos de saúde, são espaços onde os pacientes de todas as idades podem receber, de graça, os atendimentos médicos e odontológicos essenciais, além de ter acesso a remédios. Entre as ações desenvolvidas nessas unidades, está o atendimento pré-natal, o acompanhamento de hipertensos e diabéticos e a redução da incidência de tuberculose e hanseníase. As UBS funcionam normalmente durante o dia.
Já as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) ficam abertas 24 horas e servem como um intermediário entre os postos de saúde e os hospitais. Estão equipadas para socorrer pessoas com problemas de pressão, febre alta, fraturas, cortes e infartos, evitando que estes pacientes sejam sempre encaminhados aos prontos-socorros dos hospitais. As UPAS contam com equipamentos de raio-X, eletrocardiografia, laboratório de exames e leitos de observação – uma estrutura que as permite resolver, em média 97%, dos casos.
Além disso, as unidades trabalham de forma integrada com o SAMU. Ao ligar para o número 192, o cidadão tem acesso a uma central com profissionais de saúde que oferecem orientações de primeiros socorros e definem os cuidados adequados a cada situação. Em muitos casos, o SAMU presta o primeiro atendimento e encaminha o paciente a uma UPA.
Mais Médicos: maior investimento em infraestrutura complementa ações do programa
Tempo de Saúde
O programa Mais Médicos, criado para distribuir
melhor a presença destes profissionais no país e melhorar a qualidade
das unidades de saúde, recebeu a adesão de 3.511 municípios no primeiro
mês de inscrições. Desses, 92% já acessaram recursos federais para
melhorar a infraestrutura dos postos de saúde, Unidades de Pronto
Atendimento (UPAs) e hospitais – esta é uma das condições estipuladas
pelo governo federal para participação no programa.
Instituída por medida provisória e regulamentado por portaria conjunta dos ministérios da Saúde e da Educação, a iniciativa ofertará bolsa federal de R$ 10 mil aos médicos, mais ajuda de custo. Como definido desde o lançamento do programa, os brasileiros terão prioridade no preenchimento dos postos apontados. As vagas remanescentes serão oferecidas primeiramente aos brasileiros graduados no exterior e em seguida aos estrangeiros.
Os municípios que já aderiram ao Mais Médicos correspondem a 63% do total de prefeituras no Brasil e a 92% das consideradas prioritárias para o programa, que são as localizadas no interior e na periferia das grandes cidades.
A região que teve o maior número de adesões foi a Norte (73% dos municípios), seguida do Sul (68%), Nordeste (66%), Centro-Oeste (60%) e Sudeste (55%). Entre os estados, destacam-se o Amazonas (97%), Amapá (94%), Acre (86%), Rondônia (85%), Ceará (82%), Roraima (80%), Bahia (76%), Piauí (74%), Pará (73%), Paraná (72%) e Espírito Santo (71%).
Expansão da formação médica
Os investimentos em infraestrutura para (UPAs) e Unidades Básicas de Saúde (UBS), além do aumento do PAB fixo, são ações que fazem parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Entre elas, está a expansão da formação médica. No âmbito do programa, serão criadas 11.447 novas vagas em cursos de medicina até 2017, com foco na melhor distribuição da oferta no país. Do total das novas vagas, 6.887 deverão ser abertas até o fim de 2014.
Está prevista também a ampliação dos cursos de residência, com oferta de 12.372 novas vagas até 2017, das quais quatro mil até 2015. Essa nova oferta estará direcionada às especialidades que o SUS mais precisa, como pediatria, medicina da família e comunidade, psiquiatria, neurologia, radiologia e neurocirurgia.
Instituída por medida provisória e regulamentado por portaria conjunta dos ministérios da Saúde e da Educação, a iniciativa ofertará bolsa federal de R$ 10 mil aos médicos, mais ajuda de custo. Como definido desde o lançamento do programa, os brasileiros terão prioridade no preenchimento dos postos apontados. As vagas remanescentes serão oferecidas primeiramente aos brasileiros graduados no exterior e em seguida aos estrangeiros.
Os municípios que já aderiram ao Mais Médicos correspondem a 63% do total de prefeituras no Brasil e a 92% das consideradas prioritárias para o programa, que são as localizadas no interior e na periferia das grandes cidades.
A região que teve o maior número de adesões foi a Norte (73% dos municípios), seguida do Sul (68%), Nordeste (66%), Centro-Oeste (60%) e Sudeste (55%). Entre os estados, destacam-se o Amazonas (97%), Amapá (94%), Acre (86%), Rondônia (85%), Ceará (82%), Roraima (80%), Bahia (76%), Piauí (74%), Pará (73%), Paraná (72%) e Espírito Santo (71%).
Expansão da formação médica
Os investimentos em infraestrutura para (UPAs) e Unidades Básicas de Saúde (UBS), além do aumento do PAB fixo, são ações que fazem parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Entre elas, está a expansão da formação médica. No âmbito do programa, serão criadas 11.447 novas vagas em cursos de medicina até 2017, com foco na melhor distribuição da oferta no país. Do total das novas vagas, 6.887 deverão ser abertas até o fim de 2014.
Está prevista também a ampliação dos cursos de residência, com oferta de 12.372 novas vagas até 2017, das quais quatro mil até 2015. Essa nova oferta estará direcionada às especialidades que o SUS mais precisa, como pediatria, medicina da família e comunidade, psiquiatria, neurologia, radiologia e neurocirurgia.
Investimentos federais permitem ampliação de postos de saúde no interior
Conhecidas popularmente como postos de saúde,
as Unidades Básicas de Saúde (UBS) funcionam como espaços onde os
pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) podem receber atendimento
médico para diagnóstico e tratamento dos problemas de saúde mais
corriqueiros. É também nas UBS que a população tem acesso a grande parte
dos remédios gratuitos e vacinas que precisa. Para promover um
funcionamento cada vez melhor desses locais, o Ministério da Saúde está
investindo R$ 2,4 bilhões na reforma, ampliação e construção de
aproximadamente 16 mil unidades em 3.968 municípios. Até o ano que vem,
mais de R$ 4,9 bilhões serão destinados à criação ou melhoria de 17,8
mil UBS em todo o país.
Posto Municipal de Calçoene antes da reforma
Posto Municipal de Calçoene depois da reforma
UBS Calçoene (AP)
Considerado um dos municípios prioritários no Programa Mais Médicos, Calçoene, no Amapá, recebeu R$ 80.205 do Ministério da Saúde para ampliar o Posto Municipal de Saúde do Lourenço, um distrito localizado que atrai muitos garimpeiros. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a verba foi usada para triplicar o tamanho da recepção da unidade, duplicar a dimensão da sala de curativos e montar uma farmácia, uma sala de reunião e um consultório de enfermagem. A obra foi concluída no dia 17 de julho deste ano.
Morador de Calçoene, o garimpeiro Eduardo Campos, 28 anos, aprovou as mudanças. “Está tudo mais amplo. A população toda gostou da reforma”, diz. Para ele, o atendimento e a oferta de medicamentos são “muito bons”, mas a região precisa de mais médicos. “Faltam pediatras. Se a pessoa precisa de um atendimento mais elaborado, tem de ir até a capital. E é uma viagem de oito, nove horas até lá”, reclama.
A falta de médicos especialistas é um dos problemas que o Ministério da Saúde pretende resolver no âmbito do programa Mais Médicos. Serão criadas 12.372 novas vagas de residência até 2017, das quais 4 mil até 2015. Essa nova oferta estará direcionada às especialidades que o SUS mais precisa, como pediatria, medicina da família e comunidade, psiquiatria, neurologia, radiologia e neurocirurgia.
Unidade de Saúde de Sorriso antes da reforma
Unidade de Saúde de Sorriso depois da reforma
UBS Sorriso (MT)
O município de Sorriso, no Mato Grosso, usou R$ 73.021,98 repassados pelo Ministério da Saúde para reformar e ampliar a Unidade de Saúde da Família José Vilto Gonçalves. De acordo com dados da prefeitura de Sorriso, foram construídas uma sala de descontaminação, uma sala de reuniões e uma área de circulação. Além disso, foram ampliados o hall de entrada e a sala de espera. A UBS recebeu outras melhorias, como pintura nova e a construção de uma calçada. A obra foi concluída em 6 de agosto de 2012.
A empregada doméstica Jacira Rosa dos Santos Silva, 60 anos, frequenta a unidade de saúde desde que o espaço foi inaugurado, há nove anos. Para ela, a ampliação tornou o ambiente mais agradável. “Está ótimo aqui agora. Não era ruim antes, mas os lugares eram pequenos. Com a reforma, ficou maior, mais confortável”, compara.
Posto Municipal de Calçoene antes da reforma
Posto Municipal de Calçoene depois da reforma
UBS Calçoene (AP)
Considerado um dos municípios prioritários no Programa Mais Médicos, Calçoene, no Amapá, recebeu R$ 80.205 do Ministério da Saúde para ampliar o Posto Municipal de Saúde do Lourenço, um distrito localizado que atrai muitos garimpeiros. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a verba foi usada para triplicar o tamanho da recepção da unidade, duplicar a dimensão da sala de curativos e montar uma farmácia, uma sala de reunião e um consultório de enfermagem. A obra foi concluída no dia 17 de julho deste ano.
Morador de Calçoene, o garimpeiro Eduardo Campos, 28 anos, aprovou as mudanças. “Está tudo mais amplo. A população toda gostou da reforma”, diz. Para ele, o atendimento e a oferta de medicamentos são “muito bons”, mas a região precisa de mais médicos. “Faltam pediatras. Se a pessoa precisa de um atendimento mais elaborado, tem de ir até a capital. E é uma viagem de oito, nove horas até lá”, reclama.
A falta de médicos especialistas é um dos problemas que o Ministério da Saúde pretende resolver no âmbito do programa Mais Médicos. Serão criadas 12.372 novas vagas de residência até 2017, das quais 4 mil até 2015. Essa nova oferta estará direcionada às especialidades que o SUS mais precisa, como pediatria, medicina da família e comunidade, psiquiatria, neurologia, radiologia e neurocirurgia.
Unidade de Saúde de Sorriso antes da reforma
Unidade de Saúde de Sorriso depois da reforma
UBS Sorriso (MT)
O município de Sorriso, no Mato Grosso, usou R$ 73.021,98 repassados pelo Ministério da Saúde para reformar e ampliar a Unidade de Saúde da Família José Vilto Gonçalves. De acordo com dados da prefeitura de Sorriso, foram construídas uma sala de descontaminação, uma sala de reuniões e uma área de circulação. Além disso, foram ampliados o hall de entrada e a sala de espera. A UBS recebeu outras melhorias, como pintura nova e a construção de uma calçada. A obra foi concluída em 6 de agosto de 2012.
A empregada doméstica Jacira Rosa dos Santos Silva, 60 anos, frequenta a unidade de saúde desde que o espaço foi inaugurado, há nove anos. Para ela, a ampliação tornou o ambiente mais agradável. “Está ótimo aqui agora. Não era ruim antes, mas os lugares eram pequenos. Com a reforma, ficou maior, mais confortável”, compara.
Governo federal aumenta recursos para infraestrutura dos serviços de saúde
Além de interiorizar e ampliar o número de
médicos no Brasil, o governo federal está melhorando a infraestrutura
dos serviços de saúde. Os investimentos vão chegar a quase R$ 15 bilhões
até 2014, sendo que R$ 7,4 bilhões já estão em execução e R$ 5,5
bilhões são recursos novos. Também estão previstos R$ 2 bilhões para 14
hospitais universitários, em parceria com o Ministério da Educação.
Do montante total de recursos novos, R$ 4,9 bilhões serão destinados à
construção, reforma ou ampliação de 17,8 mil Unidades Básicas de Saúde
(UBS). Os outros R$ 630 milhões serão investidos na construção de 225
Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
Os R$ 7,4 bilhões já executados estão sendo distribuídos entre as
unidades básicas e as de pronto atendimento. Nas UBS, são 2,4
bilhões para reforma, ampliação e construção de aproximadamente 16 mil
unidades (em 3.968 municípios), além de R$ 415 milhões que têm sido
gastos na compra de 4.991 equipamentos – como instrumentos usados pelos
profissionais de saúde e mobiliário. Em relação às UPAs, o Ministério da
Saúde está disponibilizando R$ 1,4 bilhão para obras de construção,
reforma e ampliação de 877 estabelecimentos.
Além disso, há 818 hospitais já em obras, com aplicação de R$ 3,2 bilhões, incluindo a compra de 2.459 equipamentos.
PAB Fixo
O governo federal também anunciou o aumento do Piso de Atenção Básica
(PAB) Fixo – recurso financeiro que o Ministério da Saúde envia
regularmente aos municípios para custeio de procedimentos realizados nas
unidades básicas de saúde e unidades de pronto atendimento.
Serão transferidos R$ 600 milhões a mais, totalizando R$ 3 bilhões ao
ano, para os gestores pagarem todos os procedimentos referentes à
atenção básica de saúde ambulatorial, como consultas, pequenas
cirurgias, atividades dos agentes comunitários de saúde, entre outras
ações. A medida é mais uma das iniciativas do Ministério da Saúde para
reforçar a qualidade dos serviços prestados nos municípios.
O cálculo do PAB Fixo leva em conta as características locais, como
percentual da população em extrema pobreza, densidade demográfica,
Produto Interno Bruto do município, população com plano de saúde,
quantidade de pessoas que recebem Bolsa Família, entre outras variáveis.
A partir de agora, o valor mínimo repassado pelo ministério por
habitante passará de R$ 20 para R$ 23 e o máximo poderá chegar a R$ 28.
O aumento significa, por exemplo, que uma cidade com 50 mil moradores
recebia do Ministério da Saúde, em 2010, R$ 900 mil destinados à
atenção básica e agora passará a receber R$ 1,150 milhão. Atualmente,
70% dos municípios do país recebem R$ 28 per capita/ano, 20% das cidades
levam R$ 26 per capita/ano, 7% ficam com R$ 24 per capita/ano e apenas
3% dos municípios leva R$ 23 per capita/ano.
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