Musa de filmes eróticos se lança como escritora, lembra momentos picantes da carreira e é DJ, hoje, em festa carioca
“É muito cansativo passar horas
assinando livros (em SP foram quatro horas), apesar de gratificante.
Essas tardes de autógrafos são tão exaustivas quanto fazer uma cena
intensa de sexo”, compara Sasha Grey, ou Marina Ann Hantzis, seu nome de
batismo, em um descontraído papo na orla do Leblon, em frente ao
hotel... Marina! “Já ouvi mil piadinhas sobre isso hoje, sobre isso”,
diz ela.
Vídeo: No quarto com Sasha Grey
Mas, Sasha, é realmente tão cansativo
assim fazer filmes pornôs? Afinal, os atores ali têm prazer, ou estão
todos sempre fingindo?
“Eu sempre tive prazer!”, atesta. “E
sei de muitas atrizes que também têm. Mas, claro, às vezes, a química
entre os atores não rola, e aí é que cansa, demora... Comigo já
aconteceu várias vezes, de o ator não gostar de transar porque não sente
atração por um corpo mais magro, como o meu, por exemplo. Tem também
muitos atores que são gays não-assumidos, o que também dificulta
bastante certas cenas”.
‘Juliette Society’ conta a história
de Catherine, uma mulher que tem a sexualidade despertada em um clube
secreto, onde as pessoas se encontram para explorar suas fantasias
sexuais. Qualquer semelhança com o badalado ‘50 Tons de Cinza’ não é
mera coincidência — na capa do livro, ela é destacada como ‘a próxima El
James’, autora do best-seller. Em matéria de sexo, Sasha Grey,
registre-se, é bem mais experimentada.
“As pessoas comparam, porque a
literatura erótica faz muito sucesso e gera notícias. Mas o ‘50 Tons...’
é feito com uma estrutura mais tradicional, mais romântica que a do meu
livro. Estou já planejando um filme baseado no livro, para o ano que
vem, provavelmente”, anuncia.
SASHA IN RIO
Todo mundo tem a sua primeira vez, e
nesta que é sua estreia em território brasileiro, mal ela aterrissou na
capital carioca, pediu: “Nem quero ir ao hotel, vamos direto ao Pão de
Açúcar”. E lá foi ela, serelepe, bater perna pela cidade. A programação
para a noite era passar por boates e na Gávea e Botafogo, e hoje pela
manhã, se você correr, é capaz de esbarrar com ela na praia do Leblon.
Mas rapazes, atenção, nem se
entusiasmem, porque agora ela é comprometida: “Estou namorando. Nos
conhecemos depois que eu parei de fazer pornô. Ele tenta ser
compreensivo, dentro do possível”.
Uma noite no comando da pista de dança
Além de atriz (ela também faz filmes
não pornôs) e escritora, Sasha Grey também é guitarrista (“Meu maior
ídolo é o Jimi Hendrix”) — já teve banda, aTelecine — e DJ. Hoje, ela
vai mostrar seu repertório de house e deep house na festa moderninha do
coletivo de fotógrafos I Hate Flash, que comemora cinco anos. O evento
está marcado para as 23h30, no Espaço Franklin (Avenida Passos 36,
Centro), e Sasha Grey está programada para atacar das 2h30 às 3h30.
“Estou adorando conhecer a música brasileira”,
derrete-se ela, já abocanhando um vinil de Jorge Ben Jor. “Lá onde moro,
em Los Angeles, o Seu Jorge é muito famoso. Também me amarro no
Sepultura!”, completa.
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