HALITOSE é o termo científico para o mau hálito e é uma palavra originária do latim halitu (ar expirado) e osi (alteração). É muito importante dizer que o mau hálito é um sintoma e não uma doença. Ele revela que algo no organismo está em desequilíbrio, que deve ser indentificado e tratado.
A halitose pode isolar o seu portador do convívio social ou então fazer com que ele se retraia. Quem sofre do problema já procurou especialistas de diversas áreas, nem sempre com um resultado satisfatório.
Estatísticas realizadas em 1500 pacientes tratados em nossa Clínicaa, demostraram:
65 % dos pacientes já consultaram pelo menos 1 gastroenterologista.
37 % dos pacientes já consultaram pelo menos 1 dentista.
35 % dos pacientes já consultaram pelo menos 1 otorrinolaringologista.
15 % - Outras especialidades consultadas: homeopatas, endocrinologistas, acupunturistas, ginecologistas e clínicos gerais.
2 % - dos pacientes já consultaram anteriormente outra clínica especializada em tratamento de halitose.
Estes pacientes, entretanto, vieram até nossa clínica com a queixa de acreditarem que ainda estavam com halitose. Nos próximos parágrafos demonstraremos porque o mau hálito não é tão simples de ser detectado e tratado por profissionais que não sejam especializados nessa área, pois seu tratamento envolve, além de conhecimento específico em halitose, um conhecimento multidisciplinar.
CAUSAS:Existem mais de 60 causas para a Halitose. Aproximadamente 90% dos casos têm origem bucal, especialmente as alterações na gengiva e no periodonto e a presença de saburra lingual, sendo que se for detectado algum problema de ordem médica (ligado ou não ao mau hálito e suas causas), encaminharemos o Paciente ao especialista correspondente, para tratamento conjunto.
Uma das causas mais comuns, que é uma causa indireta, é a diminuição da produção de saliva, ocasionada principalmente por remédios que a pessoa possa estar tomando e que diminuam a salivação como efeito colateral, stress excessivo, certas doenças, etc..
Essa diminuição da quantidade de saliva favorece a formação de uma placa bacteriana (camada esbranquiçada) na parte posterior da língua, chamada de saburra lingual e no interior das amígdalas, em forma de uma pequena bolinha amarelada, chamadas cáseos amigdalianos. Elas são formadas por restos proteicos alimentares e salivares, células que se descamam da mucosa bucal e bactérias. Estas bactérias se alimentam das proteínas presentes nestas células e restos proteicos e nesse processo ocorre a liberação de enxofre, em forma de compostos sulfurados voláteis (CSVs), que são os gases que causam um hálito alterado e desagradável.
Hoje, através de aparelhos de alta tecnologia, podemos medir a concentração destes compostos derivados do enxofre presentes na boca.
Através destes aparelhos pode-se avaliar a intensidade do problema, permitindo também acompanhar a evolução do tratamento, o que é importante para o Paciente, pois ele poderá ver em números, como está o seu hálito (normal ou alterado).
Em nossa clínica utilizamos o Halimeter (foto). Ele é um importante método auxiliar para confirmar o que foi analisado e diagnosticado em consulta.
Entretanto, o uso de sofisticados aparelhos não pode substituir a checagem do hálito pelo olfato humano (chamado de teste organoléptico).
De acordo com a quinta Conferência Internacional de Odores da Respiração realizada em 2001 no Japão, o teste organoléptico é considerado o "padrão ouro" (gold standard) para testar e aferir a halitose nos pacientes e nas pesquisas feitas nesta área, ou seja, o teste organoléptico é considerado o método mais confiável e seguro para verificar se há alteração no odor do hálito.
Sempre que o profissional tiver dúvidas sobre como está o odor do hálito do Paciente, lançara mão do teste organoléptico para verificar se há alguma alteração.
É muito importante evidenciar que as patologias das vias aéreas superiores (sinusites, amigdalites, rinites, adenóides) podem gerar mau hálito principalmente por tornar o Paciente um respirador bucal, o que irá gerar um ressecamento na mucosa bucal e consequentemente aumentar a descamação de células (pedacinhos microscópicos de pele), o que irá propiciar a formação de saburra lingual e do cáseos amigdalianos.
Os cáseos amigdalianos mencionados acima, pequenas bolinhas mal cheirosas que se formam no interior das amígdalas, semelhantes a uma bolinha de queijo, são a causa mais comum de halitose proveniente das vias aéreas superiores. Entretanto, a manifestação da halitose vinda dos cáseos é através do ar expirado pela boca, pois as amígdalas se localizam na orofaringe, entre a faringe e a boca.
Existem muitas causas de halitose vindas de dentro do organismo, mas que correspondem a uma pequena parcela dos casos de halitose.
Um causa comum de halitose vinda de dentro do organismo são os longos intervalos em jejum que provocam a hipoglicemia (quem já fez regime para emagrecer sabe disso).
É normal ter halitose ao acordar. Isso se dá pelo jejum da noite associado à redução do fluxo salivar que acontece normalmente durante o sono. Após ingerir o café da manhã e escovar os dentes, esse hálito alterado deve desaparecer. Se não desaparecer, existe algum problema que deve ser investigado e tratado.
Bebidas alcoólicas e diversos alimentos (principalmente os com excesso de gordura e proteína animal, além do alho, cebola, frituras, alimentos que contenham enxofre, etc.) podem causar uma alteração no aroma bucal, especialmente em pessoas que já tiveram ou têm algum problema no fígado, pela dificuldade deste em metabolizar certas substâncias presentes nesses alimentos.
É importante mencionar que o estômago não provoca o mau hálito crônico, podendo entretanto, provocar uma alteração breve e passageira no odor do hálito. Um exemplo disso é quando a pessoa é portadora de um refluxo gastro-esofágico ou ainda quando tem arrotos frequentes, mas em ambos os casos, o odor característico é ácido ou do odor do alimento que estiver no estômago, bem diferente do cheiro característico da halitose crônica, que tem odor de enxofre.
O intestino preso ou a diarréia podem, muito raramente, causar o mau hálito.
Diabetes, disfunção renal grave, carência de vitamina C e outras doenças ou disfunções mais raras também podem causar alteração no odor bucal, mas a ocorrência destas dooenças ou disfunções correspondem a uma porcentagem mínima dos casos, se compararmos com os casos de origem bucal.
TRATAMENTO DA HALITOSE:
Recomendamos a consulta de avaliação apenas para quem tem dúvida sem tem halitose. Se o Paciente tiver certeza que tem mau hálito, recomendamos que ele marque uma consulta para fazer a consulta de Avaliação e iniciar o Tratamento no mesmo dia, pois assim os resultados ocorrerão mais rapidamente, podendo ter ótimos resultados em poucos dias.
No caso de iniciar o tratamento no mesmo dia, a consulta realizada pela Clinica Halitus terá duração média de 02 a 03 horas. Para tratar a halitose é preciso olhar para o Paciente como um todo (vide texto - tratamento da halitose - uma visão holística), pois é comum existirem causas associadas. O aspecto emocional tem muita influência, pois muitas vezes pode causar uma hiposalivação (diminuição da quantidade de saliva) ou então a hipoglicemia (nível baixo de açúcar no sangue), ambas com potencial de causar o mau hálito.
No período em que ficará em nossa clínica, serão respondidas diversas perguntas e o Paciente preencherá questionários para avaliar seu nível de stress e também diversas funções do organismo tais como: função renal, hepática, digestiva, pulmonar, endocrinológica e avaliação de quaisquer problemas nas vias aéreas superiores. São feitos também alguns testes e avaliações como, por exemplo, a mensuração da concentração dos gases derivados do enxofre produzidos na boca (através do halímetro), verificação do fluxo salivar (sialometria), da pressão arterial e batimentos cardíacos, diagnóstico da presença de ronco e apnéia e da xerostomia (sensação de boca seca) ou hiposalivação (baixa produção de saliva), entre outros.
Além disso, avaliaremos criteriosamente os aspectos psicológicos relacionados com o mau hálito, especialmente as alterações comportamentais decorrentes da halitose (ou da crença em ter o problema) que o Paciente adquiriu.
A seguir é feito um exame bucal completo. Nesse exame será avaliado as condições dos dentes, gengiva, periodonto, tecidos moles (lábios, bochechas, etc.), língua, amigdalas e como está a higiene bucal do Paciente.
Com esses dados reunidos chega-se a um diagnóstico da(s) causa(s) do mau hálito, e é instituído um plano de tratamento.
Através deste, o Paciente saberá de onde vem seu problema, o que terá de ser feito para resolve-lo, o custo total do tratamento, quantas sessões serão necessárias para o seu caso, o que será feito em cada sessão, o custo total do tratamento e a forma de pagamento.
IMPORTANTE: Atendendo ao código de ética odontológico, informamos também ao Paciente todos os detalhes do tratamento, especialmente os riscos, vantagens, limites e chances de êxito, tudo isso através de um contrato que será lido integralmente pelo(a) Dentista junto ao Paciente, para que ele não tenha dúvidas.
Neste contrato damos garantias de resultados, mas ficará claro que a participação do Paciente para obter e manter os resultados é fundamental.
Os resultados são obtidos em média de 01 semana a 45 dias após o início do tratamento. Se existir suspeita de dentes e estruturas adjacentes que possam estar causando halitose como por exemplo, a má adaptação de próteses e restaurações ou problemas periodontais, serão pedidas radiografias, com custo cobrado a parte, para auxiliar o diagnóstico.
Em caso de existir a presença de tártaro supragengival, sua remoção terá custo cobrado a parte e o Paciente aprenderá a como não deixar que ele se forme novamente, através do aprendizado de uma técnica de escovação detalhada, com escovas especiais, adequadas a cada caso.
As escovas de dentes, comum e especial, a sessão de profilaxia (limpeza detalhada dos dentes) bem como todos os produtos necessários, para durar 06 meses de Tratamento, já estão incluídas no valor total do tratamento.
Se pelas radiografias for constatado que existe um comprometimento nos tecidos que envolvem os dentes (periodontite), com presença de tártaro subgengival, perdas ósseas ou bolsas periodontais, o Paciente será encaminhado para realizar o tratamento periodontal, com orçamento a parte, pois a periodontite pode, entre outras graves consequências, comprometer muito o hálito de seu portador.
4 dicas para eliminar o mau hálito
Este não é apenas um problema de falta de higiene. A mestre e doutora em patologia bucal Luciana Sassa Marochio, membro da Associação Brasileira de Halitose, explica quais as causas do popular bafo e dá dicas de como eliminá-l
Catharina Oliveira
Foto: Getty Images
P: O mau hálito está relacionado com problemas de estômago?
R: Não. Na verdade, isso é um grande mito. Luciana afirma que foi comprovado cientificamente que alterações estomacais, como a gastrite ou o refluxo, não podem ser responsabilizadas pelo mau hálito, pois temos um músculo, chamado cárdia, que fecha a entrada do estômago. Por isso, não existe a possibilidade de o conteúdo gástrico retornar ao trato digestivo superior comunicação entre o estômago e a garganta. Segundo a especialista, a associação que pode ser feita é entre halitose e jejum prolongado, já que quando o estômago passa muitas horas vazio um odor desagradável aparece.
P: Uma pessoa consegue descobrir se tem mau hálito?
R: Quem está na dúvida se sofre com o problema deve contar com a ajuda alheia de alguém honesto e de confiança. Isso porque nosso olfato se acostuma com odores constantes e, portanto, não conseguimos identificar o cheiro do
nosso próprio hálito.
P: O mau hálito é aceitável em algum momento do dia?
R: Sim. Ao acordar, o jejum provocado pelas horas de sono e a falta da produção de saliva podem causar um cheiro pouco agradável momentaneamente. Porém, Luciana afirma que, depois do café da manhã e da higiene bucal, ele deve desaparecer. Períodos de jejum prolongado ao longo do dia também comprometem o hálito.
P: Como se livrar de vez do problema?
R: A especialista afirma que existem mais de 60 causas que levam à manifestação do mau hálito. As principais estão ligadas a problemas bucais, como higienização insuficiente e doenças da gengiva. Somente um especialista pode diagnosticar cada caso. As dicas da profissional: faça diariamente uma limpeza bucal completa (o que inclui o uso do fio dental e a limpeza da língua); mantenha uma alimentação equilibrada; ingira cerca de 2 litros de água por dia; faça pequenas refeições a cada 3 horas e visite o dentista regularmente.
S.O.S. Mau Hálito
Quem nunca pensou em cometer um ataque de sinceridade extrema sob o risco de colocar a amizade em risco e avisar uma pessoa que ela sofre de mau hálito? Mas o constrangimento nos leva, no máximo, a oferecer um chiclete ou ma balinha de hortelã. Quer ajudar de forma efetiva? A Associação Brasileira de Halitose oferece um serviço em seu site (abha.org.br) que é certeiro: um e-mail, ou uma carta, com o alerta sobre o problema é enviado para a pessoa com bafo. A correspondência também inclui um texto explicativo com as origens do mau hálito e como tratá-lo. A identidade de quem solicitou o serviço é mantida em absoluto sigilo, ok?
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