Cólica, diarreia, vômito, febre e dor de cabeça são alguns dos males
Rio - O consumo de alimentos
fora da validade ou mal conservados pode ter consequências sérias e,
dependendo do agente causador da intoxicação, levar à morte. Em meio aos
riscos, a segurança
alimentar voltou a ser questionada após o início da Operação
Ratatouille, do Procon-RJ, que autuou 14 estabelecimentos com
irregularidades desde o início do mês. Um dos casos mais graves foi no
restaurante Celeiro, no Leblon, onde foram recolhidos 11 kg de carne
estragada.
As reações biológicas nem sempre são
graves, mas alguns casos podem evoluir e causar cólica, diarreia,
vômito, febre e dor de cabeça. Por conta da baixa imunidade, pessoas com
doenças crônicas são mais vulneráveis a estes sintomas. “Quando a
intoxicação pega alguém com diabetes ou pressão alta, por exemplo, é bem
mais grave”, explica o gastroenterologista Marcos Marcondes, que também
alertou para o risco às gestantes. “Dependendo do grau da intoxicação,
pode até afetar o bebê”.
Procure logo um médico
A orientação é procurar um médico logo que os sintomas surgirem. Se não for possível, é imprescindível se hidratar e ficar em repouso. A única ressalva é não forçar o vômito. “Se for espontâneo, tudo bem. Mas provocar pode causar complicações pulmonares”, orienta Marcos.
De acordo com o profissional, também é preciso estar atento aos alimentos consumidos em casa. Produtos embalados a vácuo são perigosos por conta da alta concentração de conservantes. Bactérias desenvolvidas nestas substâncias podem causar botulismo, tipo raro de infecção, mas de alta letalidade.
Por mais que o alimento pareça inalterado, o prazo de validade também precisa ser levado em consideração. “Comidas que não aparentem estar estragadas podem causar o mesmo dano”, salienta a médica Jacqueline Renault, da Associação Brasileira de Nutrologia. A especialista ressalta ainda que o armazenamento na geladeira deve ser cuidadoso por conta da variação de temperatura, principalmente na porta e em prateleiras inferiores, e negou que alimentos congelados não estragam. “O ritmo de crescimento das bactérias cai, mas elas não vão deixar de existir. Uma hora vai estragar”, diz.
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