Lixeiras foram incendiadas, orelhões e uma parada de ônibus foram destruídos. Os manifestantes, estimados em 300 pela PM, arrancaram as grades que protegiam o palácio na tentativa de invadir o prédio.
Comerciantes, assustados, fecharam suas lojas. Ao menos uma agência bancária foi depredada. Pedras do calçamento foram arrancadas e atiradas contra os policiais, que reagiram com bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta.
Reynaldo Vasconcelos/Futura Press/Folhapress | ||
Policiais e manifestantes entram novamente em confronto no Rio |
A pauta do sindicato dos professores tem nove pontos, entre eles reposição de 28% ao vencimento dos professores e "Fora Cabral, fora [secretário de Educação Wilson] Risolia".
Eles receberam o apoio de manifestantes que faziam um ato na frente da Câmara Municipal, em solidariedade às 13 pessoas que desde sexta (9) ocupam o plenário da casa.
Quando chegou a notícia de que os professores estavam ocupando a sede do governo, os manifestantes começaram a correr em direção às pistas do Aterro do Flamengo rumo ao Palácio Guanabara.
À frente iam adeptos da tática de protesto "black bloc", alguns deles com skates. Atordoados com a correria repentina, os policiais não conseguiram acompanhar o grupo.
Pouco antes das 21h, os professores que ocupavam o Palácio foram expulsos. Eles reclamaram da violência da polícia.
Em nota, o vice-governador afirmou que "lamentavelmente, após a reunião, parte do grupo decidiu ocupar o Palácio" e que "irredutíveis, foram retirados do local pela segurança".
Ainda de acordo com a nota, "grupos radicais desejosos do confronto" tentaram invadir o palácio. "Esses grupos não estão interessados no diálogo e na democracia. Apenas apostam no caos", afirma.
Por volta das 23h os manifestantes começaram a se dispersar. Um grupo pretendia voltar para a Câmara Municipal, onde o protesto começara. Outros tinham a intenção de se reagrupar em frente à Assembleia Legislativa, ambas no centro.
LUCAS VETTORAZZO
ITALO NOGUEIRA
Folha
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