8.14.2013

DESVENDE O MAU HÁLITO

Desvende o mau hálito

Descubra as causas, os sintomas, os tratamentos e aprenda a prevenir o mau hálito!

O mau hálito ou halitose é um problema que atinge boa parte da população e, normalmente, causa grande constrangimento para quem o possui e para as outras pessoas que, habitualmente, não sabem como reagir.
“É normal ter halitose durante algumas horas do dia, porém, é fundamental saber diferenciar uma halitose fisiológica de uma patológica. A halitose comum, aquela que praticamente todas as pessoas têm, acontece pela manhã. Este tipo de mau hálito não é considerado um problema sério, pois é fisiológico, ou seja, está relacionado com o metabolismo do corpo humano”, esclarece o Cirurgião-Dentista, Professor, Mestre e Doutor em Odontologia da Uniban Anhanguera (SP), Dr. Hugo Lewgoy.
O especialista observa que a halitose matinal, no entanto, deve desaparecer após a primeira refeição da manhã seguida da higienização dos dentes e gengivas (com escova interdental e escova dental com cerdas ultramacias) e também com a higienização da língua (realizada com os raspadores ou higienizadores linguais).
“Se mesmo assim o problema persistir, pode realmente ser considerado mau hálito patológico, o que requer um acompanhamento profissional. Na grande maioria dos casos, o problema tem origem na própria boca, principalmente na região localizada entre os dentes (região interdental) e também na língua devido à presença de saburra, que é um tipo de placa bacteriana lingual”, afirma Dr. Lewgoy.
Ele ainda reforça que a falta de higienização dos dentes, principalmente nas regiões interdentais, também colabora para outros problemas, como a formação de cáries, gengivites e periodontites. “Não adianta utilizar balas, chicletes ou produtos similares para disfarçar o mau hálito. O ideal é sempre procurar auxílio profissional. Esses recursos, na verdade, mascaram o problema por períodos muito curtos e, por vezes, podem até agravá-lo”, assegura o profissional.
Já as causas extraorais mais frequentes são as doenças da orofaringe, problemas bronco-pulmonares, digestivos, alcalose (aumento do pH dos fluidos do corpo), doenças hepáticas, diabetes, tabagismo e perturbações do sistema gastrointestinal dentre outras não tão comuns.
“Na maior parte das vezes o estômago tem pouca participação quando o assunto é odor. Normalmente a halitose de origem estomacal é mais comum durante rápidos momentos que podem ocorrer durante o a regurgitação ou em casos de eructação (liberação de ar contido no esôfago e estômago)”, explica Dr. Lewgoy, porém, em caso de dúvida, procure sempre orientação profissional.
Descobrindo a causa
O diagnóstico deve ser realizado pelo cirurgião-dentista através da história clínica do paciente com a aplicação de um questionário detalhado, avaliação de sinais, sintomas, constatação do mau cheiro característico e exames específicos por meio do ar expelido pela boca com aparelhos mais sofisticados como o halímetro e o cromatógrafo gasoso. Inicialmente deve-se tentar eliminar as possibilidades de causas fisiológicas e também halitose secundária a outras doenças mais graves e de baixa incidência.
“A investigação inicial inclui o exame detalhado da boca, da língua e da parte dental, em busca de sinais de higienização precária, gengivites e periodontite (doença gengival mais severa), além da saburra lingual. Após a conclusão dessa etapa, indicamos o melhor tratamento a ser realizado na clínica e orientamos como proceder no dia a dia, que inclui mudanças de hábitos, e a indicação de produtos, escovas e técnicas adequadas para higienizar a cavidade oral”, conclui Dr. Lewgoy.
Dicas do especialista
• Evite o jejum prolongado, pois ele provoca o mesmo mau hálito gerado durante o período de sono.
• Higienize a língua diariamente e com um acessório específico para tal fim (higienizador de língua plástico), pois o processo de higienização oral não se limita apenas ao hábito de escovar os dentes.
O enxaguatório bucal sem orientação pode contribuir para o aumento da halitose. A grande maioria dos enxaguatórios orais contém álcool em sua formulação, o que ajuda a aumentar a descamação das mucosas orais e pode até provocar uma diminuição do fluxo salivar, que está diretamente relacionada com a halitose.

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