Os homens continuam os mais atingidos, com 20,6%, contra 15,2% das mulheres
Agência Brasil
Segundo a pesquisa, apresentada hoje (12), os homens continuam
sendo os mais atingidos, com 20,6% dizendo já ter sido vítima, contra
15,2% das mulheres. Feita em maio, a pesquisa fez 33 perguntas a 1.000
pessoas na capital paulista.
Mesmo com os riscos frequentemente apontados para operações na
internet, a pesquisa mostra que, no ano passado, 79,8% dos usuários
usavam alguma ferramenta de prevenção e que, neste ano, o número caiu
para 65,4%. Entre os entrevistados, 66,6% disseram conhecer a nova lei
de crimes cibernéticos e 16,3% acreditam que ela será suficiente.
Perguntados sobre conteúdos ilegalmente espalhados pela rede, 65,9%
disseram que o material irregular deve ser removido imediatamente, a
pedido da vítima, e 34,1% responderam que isso deve ser feito por ordem
judicial.
De acordo com a pesquisa, 49,8% dos usuários acreditam que as
empresas usam seus dados pessoais ou os compartilham com outras empresas
sem autorização e 72,3% não confiam na forma como essas informações são
armazenadas. Mesmo assim, 87,8% disseram que os sites deveriam
armazenar os dados para o caso de serem necessárias futuras
investigações de crimes eletrônicos. Quando questionados sobre compras
na internet, 55,9% confirmaram que fazem. Entre os que não fazem, o
principal fator que interfere é o receio de fraudes (32,9%).
Uma das questões novas abordadas pela pesquisa mostrou que 48,7%
dos internautas usam seus dispositivos pessoais no ambiente de trabalho,
sendo que 29,7% levam dados ou informações da empresa em seus
aparelhos. A maioria (86,4%) disse ter medo de fraudes ou ataque de
hackers (especialistas em informática capazes de modificar programas e
redes de computadores) Mesmo assim, 59,7% dos entrevistados costumam
baixar aplicativos nos seus dispositivos.
Segundo a economista Kelly Carvalho, da Fecomercio, o crescimento
do número de pessoas que sofreram algum tipo de crime eletrônico
preocupa, porque o tema está em evidência com a discussão sobre
inovações nas formas de ataque e de ferramentas para evitar as fraudes.
“Até se tornarem vítimas, as pessoas pensam que estão protegidas e
deixam de tomar alguns cuidados e usar ferramentas de proteção. Publicar
fotos e divulgar dados pessoais, nome completo, nome da empresa onde
trabalha nas redes sociais, por exemplo, é muito perigoso, assim como
senhas de fácil acesso, fazer check-in no local onde estão.”
Kelly explicou que, apesar de todas as recomendações, as pessoas
têm se descuidado da segurança na internet justamente por não ter
sofrido nenhum tipo de crime. “Por isso, as pessoas esquecem de
atualizar seu navegador, o antivírus. Até que ela faz uma compra pela
internet e tem seu cartão clonado, ou seu dinheiro desviado no meio
dessas transações. É preciso estar atento porque os hackers estão 24
horas procurando formas de cometer crimes”, alertou.
A economista chamou a atenção para o expressivo número de pessoas
que caem no golpe dos e-mails comlinks maliciosos. Para ela, apesar de o
truque ser antigo, ainda há pessoas que acreditam e, mesmo com os
frequentes avisos, acabam clicando nos links suspeitos ou deixando dados
armazenados em sites. “Por isso, a prática desse crime vem crescendo –
pela falta de atenção das pessoas, pela falta de conhecimento de que
aquilo, de fato, é um crime", disse Kelly, ao lembrar que existem também
os que atualizam as ferramentas de prevenção, mas se esquecem de que é
preciso ter atitudes seguras.
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