Transtorno é mais comum em mulheres e pode oferecer riscos ao coração.
Bem Estar desta terça-feira (13) explica quais os sintomas e tratamentos.
Isso acontece porque o paciente com depressão tem um desgaste de todo o organismo e tem reações inflamatórias por causa do aumento dos níveis de cortisol, hormônio do estresse.
Por causa dessa inflamação, os vasos sanguíneos sofrem uma lesão e há uma formação de placa, o que pode contribuir para o infarto ou AVC - por isso, a depressão deve ser tratada como um fator de risco para doenças coronárias. Estudos mostram ainda que o transtorno pode reduzir também o calibre dos vasos sanguíneos e causar hipertensão e, em alguns casos, trombose.
Para diagnosticar a depressão, é importante saber os sintomas. De acordo com o psiquiatra Daniel Barros, uma tristeza que não passa, insônia e falta de apetite são os sinais de alerta mais comuns e, ao primeiro indício de um deles, é importante procurar um médico. No caso da engenheira Bernadete de Araújo, a depressão começou com uma tristeza tão profunda que chegava a doer. Por causa disso, ela evitava socializar e até largou o emprego.
Segundo o psiquiatra Daniel Barros, além dessas dinâmicas em grupo, a depressão deve ser acompanhada por um psicólogo ou psiquiatra. Fora isso, o suporte familiar, o uso de medicamentos e até mesmo a atividade física, que libera endorfina, hormônio do prazer e bem-estar, podem ajudar no tratamento.
Nas mulheres, pode ocorrer enxaqueca, dor no pescoço, tontura e formigamento de um dos lados do corpo – o risco é maior em quem usa anticoncepcional, tem excesso de peso, tem hipertensão arterial, fuma ou teve gravidez de parto normal, como alertou o cardiologista Roberto Kalil.
Outro teste fácil para reconhecer a pessoa está sofrendo um AVC é pedir para ela sorrir – se um lado ficar um pouco torto, é sinal de problema como mostrou a reportagem da Marina Araújo. Depois, é só pedir para ela levantar os braços por 10 segundos – se um começar a cair, significa que um dos lados está mais fraco e isso também é um sinal de alerta.
No caso de infarto, os sintomas mais comuns são cansaço na mandíbula, falta de ar, indigestão, náuseas e vômito, dor nas costas e uma pressão na barriga que pode ser confundida com dor de estômago. Entre os fatores, além da depressão, que podem aumentar o risco, estão a genética, obesidade, colesterol alto, diabetes, tabagismo, estresse e também a menopausa, por causa do desequilíbrio hormonal.
No vídeo ao lado, o psiquiatra Daniel Barros responde perguntas enviadas pelos internautas sobre depressão em um bate-papo exclusivo para a internet. Confira!
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